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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Maio Cinza alerta para importância do diagnóstico precoce do câncer cerebral


Em jovens com idade até 15 anos, tumor no cérebro é a segunda principal causa de câncer


O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do biênio 2018/2019 sejam diagnosticados 11.320 novos casos de tumores cerebrais ou no sistema nervoso central no Brasil. Esses números correspondem a um risco estimado de 5,62 casos novos a cada 100 mil homens e 5,17 para cada 100 mil mulheres. Ainda segundo o instituto, 4% das mortes por câncer estão associadas ao câncer cerebral. Em jovens com idade inferior a 15 anos, os tumores do cérebro são a segunda principal causa de câncer.

Para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer cerebral, o mês de maio é considerado o “Maio Cinza – mês de conscientização e combate ao câncer cerebral”. A neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua em Blumenau (SC), alerta para a importância de se procurar um especialista ao perceber sintomas como náuseas, vômitos, visão turva, convulsões e problemas de equilíbrio.

A médica também explica que o câncer cerebral pode demorar para ser descoberto, já que seus sintomas podem ser pouco específicos. “Os sintomas iniciais serão relacionados ao local do cérebro onde o câncer está e também podem ser sintomas mais específicos, como falta de força ou fraqueza em um braço ou perna, dificuldade para falar e alterações da visão”, relata.

Quanto mais cedo for o diagnóstico, melhores são as chances de cura e de evitar sequelas. Segundo a especialista, as cirurgias neurológicas e cerebrais evoluíram de forma expressiva, especialmente nas últimas décadas. Atualmente, é possível uma pessoa passar por uma cirurgia neurológica e em poucos dias voltar ao trabalho.

Especialista em cirurgia cerebral minimamente invasiva pela Universidade do Estado de Ohio (EUA), Danielle explica que há métodos como uso de robôs, vídeo, cirurgia aberta, pela pálpebra ou pelo nariz, diminuindo o risco de criar novas sequelas durante o procedimento e eliminando cicatrizes visíveis. No entanto, é a localização do tumor que definirá o tipo de cirurgia adequada. Já o tratamento dependerá do tipo de câncer, benigno ou maligno, podendo variar apenas de cirurgia, até radioterapia e quimioterapia.







Danielle de Lara - Médica Neurocirurgiã em atividade na cidade de Blumenau (SC). Atua principalmente na área de cirurgia endoscópica endonasal e cirurgia de hipófise. Dois anos de Research Fellowship no departamento de "Minimally Invasive Skull Base Surgery" em "The Ohio State University Medical Center", Ohio, EUA. Graduada em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau. Possui formação em Neurocirurgia pelo serviço de Cirurgia Neurológica do Hospital Santa Isabel.


MAIO AMARELO - 74% das indenizações pagas pelo DPVAT em 2017 foram para motociclistas


 Seguradora Líder, que administra o seguro DPVAT, divulgou números de indenizações em 2017; os reembolsos diminuíram em 9%, mas montante de vítimas fatais cresceu 24%



O seguro DPVAT assegura a toda a população brasileira o direito de receber indenizações no caso de acidentes de trânsito, como reembolso de despesas médicas e hospitalares, invalidez permanente e morte. A Seguradora Líder, que administra o DPVAT, divulgou recentemente que entre janeiro e novembro de 2017, houve um decréscimo de 9% de indenizações em relação ao mesmo período de 2016. Na cobertura por Invalidez Permanente, total ou parcial, foram registradas 263.923 mil ocorrências, que representam 74% da totalidade – montante 15% inferior ao registrado no mesmo intervalo de tempo do ano anterior. Por outro lado, o número de vítimas fatais cresceu 24% em comparação com o mesmo período de 2016, correspondendo a 37.492 mil indenizações. O Boletim Estatístico na íntegra está disponível no link

A maior incidência de reembolsos pagos manteve o mesmo perfil identificado em anos anteriores: a maioria das vítimas é do sexo masculino, com idades entre 18 e 34 anos. Esse público representa 49% do total, o que corresponde a cerca de 172 mil indenizações. O levantamento aponta ainda que os acidentes com motocicletas foram responsáveis por 74% das indenizações pagas pelo Seguro DPVAT. A região Nordeste segue com o maior número de casos de acidentes envolvendo este tipo de veículo, que responde por 63% das mortes no trânsito na região. 

A Perkons, empresa especializada em gestão de trânsito, ouviu especialistas para compreender quais são as causas dos sinistros que abrangem os motociclistas. Celso Mariano, especialista em educação para o trânsito, enumera três fatores que explicam os números expressivos. O primeiro é o aumento da frota. Com a ascensão da classe C, durante um período da economia brasileira, parte da população teve condições de adquirir uma motocicleta. 

“Essa parcela, que ascendeu economicamente, viu a oportunidade de deixar o transporte público, que é precário no Brasil. E a tendência é de que o primeiro veículo seja a moto, muito mais barata em comparação ao automóvel. E esse grupo é composto por homens jovens, com idade até 35 anos. Os próprios números divulgados pela Seguradora Líder mostram que esse público se destaca no quadro de vítimas de acidentes com motocicletas. Na região nordeste, a situação é ainda mais crítica. Os jegues foram substituídos por motos e parte do pastoreio passou a ser feito com esse veículo,  o que justifica o alto índice de acidentes naquela região”, conta Mariano.

O segundo fator se refere à falha na formação. Conforme Mariano, o processo para adquirir a habilitação é fraco. Os condutores aprendem apenas a se equilibrar e acelerar em um circuito fechado, sem acumular experiência dirigindo nas vias públicas. “Quando recebem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), os motociclistas podem colocar uma caixa de pizza, por exemplo, no veículo, e pilotarem com mais peso, o que interfere no equilíbrio e facilita a ocorrência de sinistros”, explica Celso Mariano.

Por fim, a fiscalização brasileira é ineficaz, o que estimula parte dos condutores a burlarem a lei e dirigirem sem habilitação.  “Não temos uma fiscalização intensificada para fiscalizar os motoristas que pilotam sem a CNH. A falta de habilitação possui ainda uma correlação com a faixa econômica dos motociclistas. São cidadãos de baixa renda, que compram a moto e não têm condição de pagar pela habilitação. Isso é muito característico nas pequenas cidades no nordeste”, afirma o especialista.

Na opinião de Eduardo Biavati, mestre em sociologia e consultor em educação para segurança no trânsito, as estatísticas envolvendo os condutores de motocicleta são reflexo ainda de outros fatores, além da fiscalização precária e da formação ineficiente. “No Brasil, não há políticas públicas voltadas para os motociclistas e falta sinalização. As vias públicas brasileiras não foram preparadas para receber tantas motocicletas, mas, esses condutores, poucos capacitados e sem equipamentos de segurança adequados, passaram a trafegar por elas. Some a esse cenário a omissão dos órgãos públicos, inclusive na educação dos condutores, e temos a realidade atual”, enfatiza o consultor.

Mudança de rota
Para Biavati, uma alternativa para diminuir os sinistros envolvendo motociclistas, são ações casadas, por parte dos órgãos públicos, de intensificação da fiscalização e campanhas educativas. “As duas precisam ser simultâneas, como vemos no exterior. Desde que dilatou o número de motociclistas, há 20 anos, não houve nenhuma política pública em âmbito nacional para modificar a triste realidade que se desenhou. São os acidentes envolvendo motociclistas que nos mantém no patamar mais alto da mortalidade no trânsito”, finaliza.


Falta de planejamento afeta aposentadoria do brasileiro


O brasileiro não planeja a aposentadoria. Essa foi a constatação de uma pesquisa, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indica que oito em cada 10 brasileiros (80%) admitem que não estão se preparando para a hora de se aposentar. Apenas 20% dos não-aposentados entrevistados afirmara que têm se preparado para ter um futuro mais tranquilo. O principal motivo para este alto índice, é a questão cultural de não criar o hábito de se programar financeiramente a longo prazo. 

Os dados da pesquisa confirmam que, culturalmente, o brasileiro deixa para resolver seus assuntos financeiros na última hora. Infelizmente, quando falamos em aposentadoria esta atitude pode trazer prejuízos financeiros que muitas vezes podem ser irreversíveis. O ideal é que as pessoas comecem a pensar na aposentadoria, o mais cedo possível. 

Ainda de acordo com o estudo do SPC, entre os que não se preparam para a aposentadoria, 47% afirmam que não sobra dinheiro no orçamento e 22% que estão desempregados. Outros 19% já começaram a guardar dinheiro com esse objetivo, porém não conseguiram continuar devido a problemas financeiros e1 2% têm outros planos e prioridades. 

Importante ressaltar que, apesar das dificuldades, o brasileiro não deve desistir de uma aposentadoria por conta do tempo que falta. O tempo vai passar de qualquer forma.

A contribuição mensal para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é fundamental para que o cidadão tenha acesso aos benefícios previdenciários, inclusive a aposentadoria. Os especialistas recomendam que o trabalhador, mesmo o informal, não deixe de contribuir para o sistema previdenciário. É importante que o cidadão esteja vinculado ao sistema previdenciário, ou seja, que contribua com a Previdência Social. Este é o primeiro passo. Esse conselho serve não só para os jovens que entram no mercado de trabalho, mas também para as pessoas de mais idade que, muitas vezes, deixaram de recolher por algum motivo e precisam recolher para ter direito ao benefício da aposentadoria seja ela por idade ou por tempo de contribuição. Até mesmo as donas de casa podem se aposentar, mas para isso é necessário contribuir. 

O segundo passo é saber quanto pagar. Isto porque muitos pagam um valor maior achando que vão se aposentar melhor e, por desconhecerem a legislação e os redutores acabam aposentando com um valor a quem do esperado. Por esta razão, é fundamental que o segurado faça um planejamento de aposentadoria. Assim, saberá exatamente quanto deve pagar e qual o momento para se aposentar buscando o benefício mais vantajoso. 

Outro fator que alerta o brasileiro para a necessidade de um planejamento para a aposentadoria é a discussão criada pela reforma da Previdência. A proposta da equipe econômica do presidente Michel Temer era de estipular uma idade mínima - 65 anos para homens e 62 para as mulheres - para dar entrada no pedido de aposentadoria, além de um tempo mínimo de 15 anos de contribuição para o INSS. E apesar de não ter sido aprovada pelo Congresso Nacional, a possibilidade regras mais rígidas acelerou o processo de aposentadoria de milhares de brasileiros. 

Isso porque, com medo dos efeitos da possível alteração das regras previdenciárias, muitos brasileiros se precipitaram e correram para as agências do INSS para garantir um benefício. Infelizmente, uma aposentadoria pedida de forma errada e sem o auxílio correto, causa prejuízos financeiros. Por esta razão, mesmo diante de um cenário de mudanças a recomendação é cautela.  

Acredito que uma reforma é necessária, contudo, com discussão, sem terrorismo, e com lei justas que não retirem direitos sociais. Os principais pontos para serem discutidos correspondem as dívidas das maiores empresas do país com o INSS e a DRU, que permite que o Governo utilize o dinheiro da Previdência para outros fins. 






Thiago Luchin - especialista em planejamento previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados



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