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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Vamos falar da tal orelha de abano?



Motivo de bullying entre as crianças e preocupação entre os pais, qual o momento de operar?


Dumbo! Orelha de burro! Orelhão! As orelhas proeminentes e de aspecto abanado geram grandes incômodos para as crianças. Nessas horas, o sofrimento dos filhos reflete-se diretamente nos pais, quando a atenção é voltada negativamente, ao gerar motivo para brincadeiras e olhares maldosos. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), as orelhas de abano atingem de 2% a 5% da população. Um número considerado pequeno entre os demais casos para cirurgias corretoras, mas que se torna relevante quando é sinônimo de bullying.

De acordo com o cirurgião plástico Roger Vieira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da American Society of Plastic Surgeons (ASPS), “o que caracteriza uma criança ou adulto com orelha de abano está, muitas vezes, em pequenas alterações anatômicas, da orelha que é vista como normal, ou mais comum. Ela pode se apresentar de várias maneiras e em diferentes graus”. As orelhas com aspecto de abano, em geral, são mais projetadas para frente que o normal, conferindo à face e à cabeça uma aparência aumentada. Sob o ponto de vista médico, podem ser diagnosticadas quando as orelhas  formam um ângulo maior de 30-35° em relação à cabeça.

 Isso acontece de acordo com o aumento da concha cartilaginosa da orelha associado a um apagamento da dobra natural chamada de anti-hélix.


Mas, e aí? Vale a pena operar?

As orelhas de abano podem ser corrigidas com uma cirurgia plástica chamada otoplastia, mas é preciso cuidado para determinar se o procedimento é ou não necessário e, mais do que isso, qual o momento adequado para submeter a criança ao procedimento.  “A idade é um dos principais fatores a serem analisados. Geralmente, a correção pode ser indicada a partir dos seis anos porque, depois, o crescimento da orelha já não será tão significativo”, conta o cirurgião. Mas, de acordo com Roger, a vontade da criança deve sempre prevalecer. “Por diversas vezes, são os pais que almejam a cirurgia por não aceitarem as condições diferentes do filho. Temos que enfatizar que existem crianças cuja personalidade é tão marcante que não se deixam abater por essa ditadura da beleza e não fazem questão de operar”.


Entenda a otoplastia

A otoplastia é uma cirurgia plástica que tem como finalidade restabelecer a anatomia das orelhas e o posicionamento ideal em relação ao crânio. As incisões são feitas na face posterior das orelhas e, por isso, o paciente não fica com cicatrizes aparentes. A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, no bloco cirúrgico, dura em média, de uma a duas horas e a anestesia é geral para crianças, podendo ser apenas local, para adolescentes e adultos. Alta médica geralmente programada para o mesmo dia.

É importante observar, dentro de 20 a 30 dias após o nascimento dos pequenos, se há algo diferente que possa caracterizar orelhas de abano. Nesse período, os pediatras costumam sugerir o uso de faixas de contenção mas, na maioria dos casos, não são consideradas muito eficazes, já que, após esse período de 30 dias após o nascimento, a orelha da criança vai ficando mais firme. “Em todos os casos, a consulta com o cirurgião plástico de sua confiança é sempre o mais indicado, e claro, ouvir o que o seu filho tem a dizer. Eles são sempre a parte que importa”, finaliza Roger.



Dr. Roger Vieira - Médico especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e MEC. Membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (American Society of Plastic Surgeons - ASPS)




O que é o Vírus Sincicial Respiratório



Vírus transmitido pelo ar é o responsável pela bronquiolite e afeta cada vez mais crianças em época de baixa estação.


A bronquiolite viral é uma doença que tem atingindo cada vez mais crianças de até dois anos. Ela é uma inflamação dos menores tubos que, dentro dos pulmões, levam o ar aos alvéolos, onde ocorre a troca de oxigênio por gás carbônico.

Transmitida pelo ar, por meio do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), seu maior índice ocorre em épocas de baixa temperatura, nas estações de outono e inverno. Isso ocorre porque nessa época é normal que fiquemos mais aglomerados em ambiente fechado, sem circulação de ar, gerando maior proliferação do virus.

Para um adulto o VSR nada mais é do que um resfriado, mas no organismo de bebês e crianças, esse vírus ocasiona insuficiência respiratória, ou seja, dificuldade para respirar.

 “O fator preocupante da doença é que ela começa de maneira leve, muitos pais pensam que é apenas uma gripe, até evoluir para um quadro mais grave, onde a criança às vezes precisa da ajuda de aparelhos respiratórios.”, explica Fayad Khodr, pediatra da Clinica Fares Osasco.

Com o aumento de casos de bebês e crianças infectados pelo vírus, os responsáveis devem redobrar os cuidados, pois a contaminação acontece principalmente por beijo e toque com as mãos. Também é possível contrair por meio de objetos compartilhados, como utensílios de cozinha, toalhas ou brinquedos.

O VSR é um dos principais responsáveis pelas infecções respiratórias em crianças menores de dois anos, sendo o causador de até 75% dos casos de bronquiolites.  Não existe um tratamento especifico para a doença, cada caso deve ser analisado pelo pediatra, que indicará o uso de medicamento ou algo complementar.

É fundamental para a prevenção que os responsáveis deixem a casa ventilada, lavem sempre as mãos e higienize-as com álcool gel. Se algum morador da residência estiver gripado, é indicado o uso de mascara no contato com a criança e evitar lugares com aglomeração de pessoas. 

Ainda segundo o pediatra, crianças que apresentem vômitos, respiração com mais de 60 inspirações e expirações e pele azulada devem ter atenção redobrada. 

“O alerta que sempre faço é que os responsáveis devem estar sempre atentos. Qualquer suspeita deve ser diagnosticada por um pediatra, pois às vezes o tratamento é tranquilo, outras vezes não. Existem muitos casos em que a criança é internada, e isso gera muito estresse para os responsáveis e para a criança. Por isso, a prevenção é fundamental antes da evolução de um quadro mais grave.”, conclui.
    
Entendam quais são os sintomas e causas:  

Sintomas: 

Os sintomas da bronquiolite  são muito semelhantes aos de um resfriado. Começa com corisa, falta de apetite, mudança no comportamento, fazendo a criança ficar um pouco mais quieta que o habitual até evoluir para chiado no peito e tosse.  
Pele levemente azulada, devido à falta de oxigênio, tosse, febre, respiração rápida ( taquipneia) e retrações intercostais,  que é o afundamento dos músculos ao redor das costelas à medida em que a criança tenta respirar. 
O porquê apenas crianças contraem:
A bronquiolite atinge crianças de até dois anos por conta do seu aparelho respiratório, que não é totalmente desenvolvido, assim como seu sistema imunológico, porém outros fatores também podem colaborar, entre eles:
Falta de amamentação
Nascimento prematuro
Alguma condição subjacente no coração ou nos pulmões
Sistema imunológico enfraquecido ou ainda não totalmente desenvolvido
Exposição à fumaça do cigarro





Cuidado com as doenças respiratórias!



Inverno é época de rinite, asma e bronquite; veja as 10 dicas para se prevenir desses problemas

 

Todo começo de inverno é assim: as temperaturas caem, o ar fica mais seco e crescem os níveis de poluição no ambiente. Com a volta do frio (que há muito não aparecia), é a hora de pegar aqueles agasalhos guardados desde o último inverno. Mofo, frio e baixa umidade: junção perfeita para aquelas famosas “ites”. Não à toa, a estação é a recordista das rinites, sinusites, faringites, laringites e todos os problemas respiratórios – principalmente asma e bronquite. Por meio de pesquisas não oficiais, estima-se que as doenças respiratórias cresçam cerca de 40% nesta época do ano.

Realizado em 2015, um levantamento do Ibope mostrou que 44% dos brasileiros apresentam alguma doença respiratória, sendo asma e bronquite crônica na maior parte dos casos. No país, cerca de 20 milhões de pessoas convivem de forma persistente com asma, enquanto a rinite afeta aproximadamente 26% das crianças e 30% dos adolescentes. A asma é a quarta maior causa de hospitalização, resultando em cerca de 400 mil internações por ano em todo o país (Datasus, 2001). Anualmente mais de 250 mil pessoas morrem em decorrência da doença ao redor do mundo, com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo o coordenador técnico do Brasil Sem Alergia, o médico Marcello Bossois, todos estão sujeitos a problemas respiratórios durante o inverno, mas os alérgicos – que já representam 35% da população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde – têm que estar mais atentos aos sinais destas doenças. “O alérgico já tem um sistema imunológico desregulado, aumentando as possibilidades de maiores complicações respiratórias”, comenta. As crianças, gestantes, os idosos e as pessoas com doenças crônicas também preocupam, pois são vulneráveis a infecções secundárias graves, como no caso da pneumonia crônica.

Os sintomas de uma alergia respiratória podem variar, mas os mais comuns são coriza, espirros, dor de garganta e chiado no peito. Se o quadro for mais intenso, sinais gastrointestinais, como diarreia, também podem estar associados à doença. Apesar de estarem mais relacionados a processos dermatológicos, coceira e vermelhidão na pele também podem, em determinados casos, explicar um quadro de alergia respiratória.

10 dicas para prevenir as alergias respiratórias:

- Forrar colchões e travesseiros com material impermeável;

- Umidificar as narinas constantemente com soro fisiológico;

- Praticar atividade física;

- Beber bastante água;

- Evitar locais fechados e com pouca ventilação por longos períodos;

- Lavar agasalhos e cobertores antes de usá-los;

- Retirar de casa tudo que acumula mofo e poeira (bichos de pelúcia, jornais velhos e cortinas de pano);

- Utilizar produtos de limpeza biodegradáveis;

- Vacinar-se contra a gripe;

- Eliminar cigarro, principalmente dentro de casa.




Brasil Sem Alergia 





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