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segunda-feira, 9 de junho de 2014


Alimentos X Bagagem: saiba quais produtos podem ser transportados
 em viagens durante a Copa do Mundo

Sindicato dos Fiscais Agropecuários realiza ações nos aeroportos das 12 cidades-sede da Copa do Mundo 2014.
Só em Brasília, 950 toneladas de produtos já foram apreendidas neste ano.

No período da Copa do Mundo, muitos brasileiros aproveitarão para viajar. Como viagem combina com presentes, os fiscais federais agropecuários alertam as pessoas para as regras sobre o que é permitido e seguro transportar em suas bagagens durante viagens internacionais. A campanha “Bagagem 100% legal” é uma iniciativa do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical).

A ação tem como objetivo esclarecer os perigos ao turista e a população sobre a entrada de produtos fora dos padrões de segurança sanitária do país. Durante a Copa, serão realizadas ações educativas nos principais aeroportos do país. Na próxima terça-feira (10), munidos de material educativo, os fiscais orientarão os passageiros sobre quais produtos podem ser transportados em viagens para fora do país.

O presidente do Sindicato, Wilson Roberto de Sá, lembra que, sem controle, pragas e doenças podem adentrar o país, ameaçar a agropecuária nacional e a saúde pública do brasileiro. “Temos o hábito de trazer, ou presentear amigos e família, com comidas típicas dos lugares que conhecemos. Porém, muitas pessoas desconhecem o perigo da entrada de determinados produtos no Brasil”, explica Wilson.

Em Brasília, no primeiro quadrimestre deste ano foram apreendidas 950 toneladas de produtos agropecuários. Wilson destaca que temos apenas 450 fiscais federais agropecuários atuando no Sistema Vigiagro, o que, além dos aeroportos, inclui portos, postos de fronteira e adunas especiais. “Entre os desafios enfrentados pelos colegas são a carência de pessoal e o frágil respaldo legal, por conta de legislações antigas, destaca. Isso sem contar a falta de informação dos viajantes e dos passageiros internacionais”, exemplifica.

Vale lembrar que o Ministério da Agricultura responde apenas qualitativamente sobre a permissão ou não do ingresso de determinados produtos. As questões relacionadas à quantidade de cada item devem ser elucidadas com a Receita Federal. Entre os produtos permitidos estão azeites, produtos de origem vegetal industrializados, embalados a vácuo, enlatados, em salmoura e outros conservantes; chocolates, bebidas em geral (chás, sucos e refrigerantes); erva mate elaborada e embalada; pó para sorvetes e sobremesas, embalado; féculas embaladas, margarina e pasta de cacau; café solúvel; café torrado e moído; glicose e açúcar refinado embalado, dentre outros.

Outros países da América do Sul possuem um sistema de defesa e de vigilância agropecuários bem rígidos. O Chile pode ser considerado um exemplo de país com regras bem ostensivas nos pontos de ingresso, utilizando até cães farejadores no processo. Estados Unidos, Austrália e Japão também são bem rigorosos neste controle.


Saiba mais:


Entenda melhor o que pode ser transportado de um país a outro, porém com a autorização prévia ou certificação sanitária expedida pelo Ministério da Agricultura: 

- Frutas e hortaliças frescas;
- Insetos, caracóis, bactérias e fungos;
- Flores, plantas ou partes delas;
- Bulbos, sementes, mudas e estacas;
- Animais de companhia (cães e gatos);
- Aves domésticas e silvestres;
- Espécies exóticas, peixes e pássaros ornamentais e abelhas;
- Carne de qualquer espécie animal, in natura ou industrializada (embutidos, presunto, salgados, enlatados);
- Leite e produtos lácteos;
- Produtos Apícolas (mel, cera, própolis);
- Ovos e derivados;
- Sêmen, embriões, produtos biológicos, veterinários (soro, vacinas);
- Alimentos para animais;
- Terras;
- Madeiras não tratadas;
- Agrotóxicos;
- Material biológico para pesquisa científica, entre outros.

 

Serviço: Campanha Bagagem Legal
Quando: a partir do dia 10/06
Cidades participantes: Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Natal (RN).

Veja sete orientações para curtir a Copa sem problemas financeiros



Depois de passar por diversos países, chegou a vez de o Brasil sediar a Copa do Mundo. A ocasião já está mexendo significativamente com a economia do país e, por isso, os brasileiros devem se planejar para esse megaevento, que tem início daqui há menos de um mês.
Nesse período, a população estará focada nos jogos, em ritmo de comemoração, o que significa aumento de gastos, desde compra de eletrônicos – como uma TV nova, por exemplo – até alimentação. Segundo o educador financeiro DSOP Reinaldo Domingos, autor do best seller Terapia Financeira, é preciso ficar atento para que um único período não desequilibre toda uma vida financeira.
Evitando que, o que era para ser diversão, se torne o ponto de desequilíbrio da vida das pessoas, contribuindo para o aumento dos índices de endividamento e inadimplência do país. "Para evitar complicações com o dinheiro, o primeiro passo é saber da real situação financeira em que se encontra. Se você não tem controle da sua condição financeira, como poderá se comprometer com algum gasto?”, comenta Domingos.
Grande parte da população não é educada financeiramente e, por esse motivo, tem dificuldade em organizar as finanças. Então, após tomar ciência da condição financeira, há outros pontos a serem levados em consideração. É preciso ponderar, pois, caso contrário, se for tomado pela animação do momento, acabará comprando mais do que pode e precisa. “Copa é momento de alegria e festa, mas não pode ser sinônimo de endividamento”, ressalta o educador.
Caso não haja essa preocupação agora, as consequências poderão ser negativas e duradouras, comprometendo o orçamento financeiro pessoal/familiar durante meses. Além disso, não se pode esquecer que, daqui dois anos, o país será palco de mais um grande evento esportivo: as Olimpíadas. Portanto, esse é um ótimo momento para já começar a se educar financeiramente, mudando os hábitos com relação ao uso e à administração do dinheiro.

Veja algumas orientações do autor do livro Terapia Financeira: 

  1. Caso não tenha conseguido ingressos para assistir os jogos da Copa, não cometa loucuras, pagando exorbitâncias para cambistas. Além de ser um crime, há o risco de ser falsificado e dos valores descontrolarem as contas da família;
  2. Pense duas vezes antes de viajar para outra cidade, principalmente se essa for sede de algum jogo, pesquise com antecedência passagens e estadia. Os preços já estão exorbitantes e ficarão ainda maiores para quem deixar para a última hora;
  3. Estabeleça valores a serem gastos no período, separando uma quantia que não trará grande impacto no orçamento dos próximos meses;
  4. Uma boa pedida é se planejar com antecedência para assistir aos jogos com amigos. É preciso levantar o que será servido: bebidas e comidas, quanto será investido de dinheiro e, então, dividir com todos. Esse é um evento coletivo, não só para os jogadores, mas também para os que assistem e curtem;
  5. Não é por causa da Copa que precisa trocar todos os eletrônicos (TV, computador, celular, som, etc.). Acalme-se e nada de ansiedade, talvez, este momento não seja uma boa hora para isso. Mas, se realmente achar necessário, pesquise na internet e em diversas lojas em busca do melhor preço; 
  6. Comprar produtos relacionados ao evento é interessante, todavia é imprescindível controle, nem tudo é necessário, e muitos consumidores gastam muito dinheiro em coisas sem significado nenhum. É importante ter em mente que o descontrole financeiro geralmente ocorre nos pequenos gastos;

Não se esqueça, depois da Copa, o Brasil ganhando ou não, a vida continua, assim não se comprometa profissionalmente e muito menos financeiramente no período, evite que a ressaca seja grande.

Especialistas alertam para riscos de transmissão de doenças durante a Copa Do Mundo

 

Doenças virais como a gripe o sarampo e a dengue, além da vinda de novas doenças de outros países preocupam

 

Entre 12 de junho e 13 de julho, o Brasil deve receber mais de 600 mil turistas de diversos países para a Copa do Mundo, aumentando assim a circulação de vírus no país. A gripe é uma das principais preocupações nessa época, já que o vírus influenza está mais presente no outono e inverno. Como o evento vai acontecer exatamente na estação mais fria do ano no Brasil, especialistas já demonstram preocupação com o aumento de casos dessa e outras doenças. 

O bioquímico e responsável técnico do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski, explica que o vírus da gripe pode ser transmitido em ambientes aglomerados, como os estádios de futebol, por meio de espirros e objetos contaminados. “Há, ainda, a possibilidade de o turista trazer consigo novos tipos de vírus, que podem se disseminar entre a população não vacinada”. O sarampo está entre as doenças que podem ser ‘trazidas’ pelos turistas - desde 2000, o Brasil estava livre da doença, mas como ela ainda não foi totalmente erradicada em alguns países da Europa, Ásia e África, há a chance de ser disseminada aqui. “O problema do sarampo é que a taxa de surto do vírus é muito alta, por isso, quem nunca foi vacinado ou não se lembra (exceto gestantes), deve procurar um posto de vacinação”, afirma.

Segundo o especialista, a melhor forma de afastar o risco da gripe e do sarampo é tomar a vacina, que imuniza contra os vírus, mas atitudes simples também podem prevenir a contaminação. “Manter os ambientes bem ventilados, fazer a lavagem e a assepsia correta das mãos, além de buscar tratamento médico logo no início dos sintomas são tão importantes quanto a imunização”, adverte.

Há também, o risco de surtos de dengue. Nos primeiros quatro meses do ano, os casos da doença no país já superaram os de 2013. Foram 3.050 de janeiro a abril, contra 2.617 em todo o ano passado.  Devido ao calor e as chuvas que atingem o nordeste brasileiro nessa época do ano, três cidades, Natal, Fortaleza e Recife, são as com maior risco de epidemia de dengue durante a Copa do Mundo.

Nova doença

Outro temor dos especialistas é que entre no Brasil uma doença totalmente nova: a febre chikungunya.Os mosquitos Aedes aegypti e A. albopictus – os mesmos que transmitem a dengue – são eficazes em transmitir a doença que já existe na África, Ásia e Europa, e recentemente chegou à América.

De acordo Kozlowski, a Copa potencializa o risco da febre desembarcar no país. “O vírus responsável por essa doença já está instalado em algumas ilhas do Caribe e chegou recentemente à Guiana Francesa. Como temos uma quantidade grande do mosquito no Brasil, pode acontecer, sim, da doença chegar aqui através dos turistas.”

A febre chikungunya tem sintomas semelhantes aos da dengue, mas causa dores articulares fortes quase imediatamente, principalmente nas mãos e nos pés. Essas dores podem continuar incomodando por um tempo mais longo, por semanas ou meses. Para o especialista, a possibilidade de o vírus chegar aqui preocupa porque pode confundir o diagnóstico. “Se uma pessoa tiver chikungunya e os agentes de saúde acharem que é dengue, ou vice-versa, a doença pode evoluir para um quadro mais grave de forma mais rápida”, exemplifica. Por isso, ele propõe uma vigilância cerrada para evitar que o vírus chikungunya se instale aqui. “A principal recomendação continua sendo a de evitar acúmulo de água em locais que possam favorecer a proliferação do mosquito que transmite tanto a dengue, quanto a chikungunya".

PRODUTOS MAIS CONSUMIDOS DURANTE A COPA DO MUNDO TÊM ELEVADA CARGA TRIBUTÁRIA

Percentual de tributos incidentes sobre alimentos e acessórios esportivos varia de 15 a 76% conforme estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT

O torcedor brasileiro que já está se programando para acompanhar todos os lances da Copa do Mundo de Futebol deve se preparar também para arcar com a elevada carga de impostos que estão embutidos nos preços dos produtos e serviços mais consumidos nesta época, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT.

No caso das bebidas, que não podem faltar para animar a confraternização, a carga tributária chega a 76,66% na caipirinha; 55,60% na garrafa ou lata de cerveja; 45,47% na lata de refrigerante e 36,21% no suco. Já os aperitivos também possuem uma “salgada” tributação, que corresponde a 37,30% do preço do salgadinho, 36% do amendoim e 16,5% sobre o preço de queijos em geral.

Caso o torcedor opte pelo churrasco para reunir amigos e familiares na torcida, o Leão também estará convidado: isso porque a carga tributária da carne bovina chega a 23,99%; 26,80% no frango e 34,29% no carvão. E se preferir acompanhar o evento em bares ou restaurantes, 32,31% da conta será de impostos sobre o serviço do estabelecimento.

O presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, observa que "a alta de impostos também é percebida nos itens alusivos ao evento esportivo, como é o caso da bola de futebol, com 46,49% e a camisa do time, que tem 34,67% do preço revertido aos cofres públicos”.

 
 
Produto
Carga tributária
Restaurante
32,31%
Amendoim
36,54%
Apito
34,48%
Bola de futebol
46,49%
Cachaça
81,87%
Cachorro quente
15,28%
Caipirinha
76,66%
Caixas de som amplificadas
45,81%
Câmera fotográfica
44,75%
Carne bovina para churrasco
23,99%
Carvão vegetal
34,29%
Cerveja (lata)
55,60%
Cerveja garrafa
55,60%
Chope
62,20%
Confete/ Serpentina
43,83%
Copos
37,88%
Carne de Frango para churrasco
26,80%
Fogos de artifício
61,56%
Hospedagem em hotel
29,56%
Ingressos (tickets)
40,85%
Nozes
36,45%
Passagem aérea
22,32%
Queijos
16,59%
Refresco em pó
36,30%
Refrigerante (lata)
46,47%
Refrigerante garrafa
44,55%
Camisa do time
34,67%
Salgadinhos
37,30%
Suco pronto
36,21%
Televisor
44,94%

Fonte: IBPT

SP inicia vacinação contra gripe para policiais, professores e carteiros

 

Até o momento 8,6 milhões de paulistas já foram imunizados; campanha segue até 20 de junho em todos os postos de saúde do estado

 

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo inicia nesta segunda-feira, 09 de junho, a campanha de vacinação contra a gripe para policiais militares, civis e técnicos científicos, professores e funcionários da educação da rede pública e particular do ensino fundamental, além dos carteiros. Cerca de 450 mil pessoas serão beneficiadas com a medida.

A partir de hoje, o novo público-alvo poderá receber a vacina contra o vírus Influenza, causador da gripe, em qualquer posto de saúde do Estado. O objetivo é imunizar estes públicos, principalmente os policiais, antes da Copa do Mundo FIFA 2014. 

Desde o último dia 22 de abril foram vacinados 8,6 milhões de pessoas no Estado, segundo balanço da pasta, baseado nos dados informados pelos municípios paulistas. Com a ampliação do público-alvo, a meta de imunização passa de 9,2 milhões para 9,6 milhões. A campanha segue até o dia 20 de junho.

Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, a vacina, produzida pelo Instituto Butantan, também protege a população contra outros dois tipos do vírus influenza:  influenza A H3N2 e B.

Também devem receber a vacina os idosos com 60 anos ou mais, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), crianças entre seis meses e menos de cinco anos de idade, indígenas, pacientes diagnosticados com doenças crônicas e profissionais de saúde do Estado.

A campanha mobiliza 37,3 mil profissionais da saúde, estaduais e municipais. A estrutura da vacinação ainda inclui 3 mil veículos, 21 ônibus e quatro barcos.

“Essa ampliação é muito importante já que, no caso dos policiais, eles terão contato direto com um grande número de pessoas durante a Copa do Mundo. Já em relação aos professores de ensino fundamental, a importância se deve a relação mais direta que esses profissionais têm com as crianças”, afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.

Para receberem a vacina, basta que os policiais, professores e carteiros apresentem no posto de saúde suas identificações funcionais.

Fortes emoções, como assistir aos jogos da Copa do Mundo, exigem cuidados com o coração

Segundo pesquisa, número de emergências aumenta durante esses eventos de grande porte

 
Com a proximidade da Copa do Mundo no Brasil, a população fica ansiosa, com grande expectativa para os jogos ou até mesmo angustiada por conta do andamento das partidas. Essas situações demandam esforços extras do coração,  podendo trazer complicações às pessoas com problemas cardíacos. De acordo com uma pesquisa alemã, durante a Copa do Mundo em 2006, a média de problemas cardiovasculares da população foi 2,7 vezes maior que em outras épocas do ano, tendo maior incidência em homens, que chegou a 3,2 vezes em homens até duas horas depois da partida.
Segundo o cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Américo Tângari Junior, em momentos ou situações de fortes emoções, o coração pode manifestar sinais de que algo está errado. “Diante de grandes abalos ou calorosas sensações, a pressão e a frequência cardíaca aumentam, o que pode levar ao comprometimento do coração, gerando desconfortos ou até mesmo um infarto”, destaca. Para pessoas que não tem diagnóstico de doenças cardiovasculares, como hipertensão ou obstrução da coronária, as complicações podem ser ainda piores, uma vez que o coração não foi preparado para determinadas situações.
 Sintomas como dor no tórax, palpitações, taquicardias, sudorese, cefaléias, falta de ar ou pressão alta durante ou logo após os jogos são alguns sinais que podem indicar alguma anormalidade com o torcedor. “É importante que as pessoas que já tenham casos de doenças cardiovasculares na família realizem um check up preventivo, com o intuito de evitar surpresas durante a Copa do Mundo. Realizar avaliações médicas periódicas, praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável são algumas outras dicas para uma vida mais saudável”, finaliza o especialista.



Jogos da Copa contarão com aparato judiciário diferenciado dentro dos estádios


 

Os torcedores que vão acompanhar os jogos da Copa do Mundo 2014 nos estádios de futebol brasileiros contarão com a presença do juizado do torcedor dentro das doze arenas. O atendimento tem foco na obtenção de solução rápida e conciliada para as demandas nas esferas criminais e de competência das varas de infância e juventude que ocorram dentro dos estádios. A estrutura, adaptada especialmente para os jogos do mundial, inclui a presença de servidores com domínio de, pelo menos, mais um idioma além do português.

Das doze cidades sede, sete já tiveram equipe do juizado do torcedor nas partidas pela Copa das Confederações. Na oportunidade, os atendimentos se restringiram a temas criminais de menor potencial ofensivo, como lesão corporal leve ou provocação de tumulto. Na Copa do Mundo, os torcedores poderão recorrer à vara de infância e juventude também dentro do estádio.

“Em nenhum lugar do mundo, o aparato de Justiça funcionou dentro das praças de esporte durante a Copa do Mundo, por ser um evento privado”, destaca o conselheiro Paulo Teixeira, presidente do Fórum da Copa, do Conselho Nacional da Justiça (CNJ). O colegiado foi criado para acompanhar a organização dos tribunais de Justiça para o período do mundial. “A ideia é que, após a Copa, não apenas nos doze estados, mas, em todo o país, os estádios adotem como prioridade a criação do juizado do torcedor”, pontua Teixeira.

A presença dos juizados do torcedor dentro dos estádios atende à determinação do Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671/03). De acordo com a lei, os juizados especiais também têm competência para julgar temas cíveis. Entretanto, por conta do esquema de controle e de segurança no acesso, definido para o mundial de futebol, questões como condições de alimentos vendidos no interior do estádio serão atendidas por magistrados instalados em plantões judiciários nas proximidades dos estádios. Eventuais problemas de acesso ao estádio decorrentes de incorreções ou irregularidades em ingressos também serão atendidos nos plantões judiciários.

Clima de paz – O incentivo para a atuação dos juizados nos estádios já apresentou resultados na Arena da Amazônia, em Manaus (AM). A primeira atuação da equipe ocorreu, em 30 de abril, no jogo pela Copa do Brasil. “Esta é uma experiência piloto que pretendemos ampliar, inclusive para grandes eventos como o Festival Folclórico de Parintins. Verificamos que a presença do juizado no estádio tem um efeito pedagógico e preventivo junto à população”, explicou o juiz coordenador do juizado do torcedor, do Tribunal de Justiça de Amazonas (TJAM), Rogério Vieira.

Em São Paulo, a primeira atuação do juizado do torcedor na Arena Corinthians ocorreu no dia 18 de maio, data de inauguração do estádio que receberá o jogo de abertura da Copa, em 12 de junho. Entretanto, o estado tem cuidado de casos envolvendo torcedores desde 1995. “O Estatuto do Torcedor, em 2003, ampliou essa atuação aos temas da vara de infância e juventude e do código civil”, explicou o desembargador Sérgio Antônio Ribas, da Comissão para Assuntos Relativos à Copa do Mundo do Tribunal de Justiça paulista. Com estrutura para realizar rápidas audiências, a atuação dos juizados é no sentido da busca de acordo, evitando a abertura de processos.

Estrangeiros – Os juizados do torcedor contam com juiz, defensor público, promotor e servidores dedicados para o atendimento ao público. Para a Copa do Mundo, a formação da equipe inclui funcionários bilíngues para atender casos que envolvam estrangeiros. Os consulados de países cujas seleções atuarão no estádio também foram acionados para dar apoio ao atendimento.

“No caso do estrangeiro, ele poderá optar pela assistência direta de um diplomata de seu país”, explicou o juiz Ailton Alfredo, coordenador do Juizado Especial do Torcedor de Pernambuco, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Tanto estrangeiros quanto brasileiros estarão sujeitos às penas previstas na lei brasileira caso cometam infrações ou crimes dentro dos estádios.

A depender da gravidade da conduta do torcedor, uma das punições em caso de delito é o impedimento de comparecer ao estádio e suas imediações ou a qualquer local em que se realize evento esportivo, pelo prazo de três meses a três anos. “Na Copa do Mundo, isto significa não poder acompanhar nenhum outro jogo, independentemente da compra do ingresso”, pontua o magistrado pernambucano.
Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias

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