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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

10 dicas para fomentar a equidade de gênero


Em uma sociedade pluricultural, a discussão sobre inclusão da diversidade e a promoção da equidade de gênero dentro dos espaços sociais são cada vez mais frequentes e necessárias, inclusive no mercado de trabalho. A diversidade de gênero dentro de uma organização traz equilíbrio e gera benefícios em termos de clima e orgulho de pertencimento. Apesar das mulheres conquistarem cada vez mais espaço dentro do mercado, ainda enfrentam desigualdades no cotidiano. Dados do IBGE apontam que, em 2016, as mulheres ocuparam 44% das vagas do mercado formal de trabalho, porém o salário médio feminino correspondia a apenas 77,2% do masculino. A pesquis a mostrou também que a participação feminina cai conforme o aumento de nível hierárquico, ou seja, as mulheres ganham espaço, mas ainda não estão equiparadas nas posições de direção e gerência (representam 37%). Já quando se trata de comitês executivos de empresas, tal percentual é ainda mais reduzido, apenas 10%.

A representatividade feminina na Nielsen Brasil supera significativamente a do mercado brasileiro como um todo (51,2% de participação feminina dentro da empresa) e também está acima do nível nacional quando falamos em cargos gerenciais e diretivos, contando com 46% de mulheres na direção e 61% como gerentes. Além disso, hoje, elas representam 55% dos principais talentos da empresa, críticos de retenção. De acordo com a pesquisa interna, Nielsen Women in Leadership, as mulheres líderes da Nielsen estão dispostas a assumir altos cargos de liderança e um terço das funcionárias confiam fortemente que podem alcançar suas aspirações de carreira dentro da empresa. Não foi relatado nenhum tipo de preconceito de gênero no que se refere à ascensão a novos cargos ou movimento entre áreas, mostrando-se proporcional entre homens e mulheres. O bônus de compensação e pagamento de ações também refletem paridade. Também é identificado um nível semelhante de desempenho entre as mulheres e os homens, o que vem garantindo que o avanço feminino dentro da empresa seja equivalente à sua representação.

A pesquisa interna mostrou que os obstáculos que impactam a representatividade de mulheres em cargos de alto nível no mercado de trabalho estão ligados, principalmente, a uma insensibilidade e preconceito inconsciente, além da dupla jornada de trabalho, que muitas delas enfrentam, já que 40% das mulheres incluídas no mercado de trabalho também são chefes de família. Essa dupla carga de trabalho faz com que as mulheres trabalhem, em média, três horas a mais do que os homens durante a semana, resultando em um maior esgotamento físico e mental. Assim, antes de assumir um papel de liderança sênior, as mulheres dentro do mercado de trabalho avaliam o estilo e os comportamentos dos outros líderes. Piadas inadequadas que estereotipam o humor ou emoções das mulheres, chamadas noturnas com frequência para discutir assuntos de baixa urgência ou a naturalização de trabalhar durante o fim de semana são algumas das atitudes que fazem com que as mulheres titubeiem em aceitar um cargo de liderança.

Mas, por que a representação feminina é importante dentro do ambiente de trabalho?  Olhando o ranking de comportamentos eficazes de um líder no enfrentamento de desafios futuros, o estudo Women Matter, realizado em 2017 pela Mckinsey Survey, mostra que as mulheres tendem a usar cinco das nove atitudes de maneira mais efetiva do que os homens. O estudo revela também que três dos quatro comportamentos mais importantes para uma boa performance corporativa são mais aplicados pelas mulheres, mostrando que o equilíbrio de gênero traz benefícios para os resultados da empresa. O principal comportamento do ranking, o estímulo intelectual, é utilizado igualmente entre os homens e as mulheres.

A adoção de projetos que visam a inclusão e o equilíbrio de gênero facilitou e culminou em resultados acima do mercado. Um exemplo é o grupo de associados WIN (Women in Nielsen), que busca promover equidade de gêneros na empresa, estimulando o aumento do número de mulheres em cargos de liderança. Durante os seus três anos de atuação, o grupo foi o responsável por organizar com frequência treinamentos para conscientização dos colaboradores e também fazer a Nielsen se tornar uma Empresa Cidadã, aumentando a licença maternidade das mulheres de 4 para 6 meses, e a licença paternidade de cinco para vinte dias úteis. Além disso, o grupo promove conversas sobre a dupla jornada de trabalho com funcionários de ambos os gêneros, a fim de incentivar a divisão de tarefas em casa.


Dicas Nielsen: 10 maneiras de promover a representação feminina em funções seniores

·         Modele abertamente como você gerencia o trabalho e o tempo fora dele;
·         Mostre respeito e atenção;

·         Não faça brincadeiras inadequadas, mesmo com boa intenção;

·         Você diria isso para um homem? Se não, não diga;

·         Preste atenção quando a pessoa estiver falando;

·         Pense antes de fazer solicitações desnecessárias fora do horário de trabalho;
·         Tenha consciência de não excluir mulheres de decisões/discussões de negócios;

·         Mentore e forneça acesso igual para as mulheres;

·         Interrompa a pessoa que interrompe as mulheres;

·         Procure oportunidades para valorizar o trabalho das mulheres de sua equipe;

·         Reconheça a realização e não o sacrifício;

·         Não decida e não assuma o que as pessoas querem ou podem fazer;

·         Diversifique talentos e tomadores de decisão;

·         Ofereça coaching e apoio para incentivar e preparar mulheres para cargos de alto nível;

·         Construa confiança nas mulheres de maneira ativa;





Thalita Ribeiro - diretora de recursos humanos da Nielsen Brasil.




Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2016;
Mckinsey Survey Women Matter, 2017;
Nielsen Global Study Women in Leadership Study, October 2018;
Programa Diversidade & Inclusão Nielsen Brasil, Setembro 2018.


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

RH, assuma de vez sua posição estratégica ou ficará para trás!

O especialista Marcelo Souza, CEO do Grupo Soulan fala o pontencial estratégico da área de RH dentro das empresas 

 

Há bastante tempo temos ouvido falar sobre o papel estratégico da área de Recursos Humanos. Mas, afinal, o que isso representa realmente? Será que faz sentido o RH se posicionar de forma estratégica? Ram Charan, um dos principais gurus de liderança, é defensor de uma tríade para as tomadas de decisão: o CEO, o CFO e o CHRO. Na opinião dele, para uma tomada de decisão completa é necessário unir essas três figuras  importantíssimas dentro da organização, pois apenas com essa junção as decisões empresariais podem dar bons resultados.

O empresário Abílio Diniz também alerta que “empresa é gente e processos”, ou seja, sempre que se tem um problema em uma organização, ele certamente está relacionado a pessoas ou pelos processos. Então, se queremos melhorar nossos resultados, precisamos focar nestes dois pilares, buscando entender o que está acontecendo em algum ponto dessa equação.  

Mas como fazer isso de forma prática? Por que atualmente ainda existem empresas que não consideram o RH em suas tomadas de decisão? E como os líderes, gestores, equipe de RH e até outros colaboradores devem se posicionar para, enfim, serem considerados em decisões mais estratégicas?

Com base em minha experiência, decidi dar algumas dicas que podem servir como respostas a essas dúvidas.

A primeira delas e que vai fazer toda diferença no posicionamento que o RH deve assumir para se tornar realmente estratégico é ter o entendimento total do cenário. Normalmente, as empresas têm uma visão mercadológica, conhecem muito sobre seus produtos e concorrentes, mas quem conhece as pessoas, a mão de obra que vai executar a estratégia, quem é que pode entender como melhorar sua capacitação ou mesmo onde estão as fontes de busca desses profissionais? Simples: o RH. Apenas quando temos uma compreensão real do cenário é que conseguimos tomar as melhores decisões. Então, quanto mais buscarmos o entendimento do negócio e do cenário, trazendo esses dados para a discussão, melhor e mais estratégico será o nosso posicionamento.

Outra dica refere-se ao conceito Ágile, que ultimamente tem sido muito propagado nesse setor. Temos ouvido que todos os processos têm que ser ágeis e todos precisam dessa habilidade. Só que temos que parar e entender que agilidade é diferente de pressa. Pressa e velocidade têm muito mais a ver com a capacidade de entrega e com o conforto em executar alguma tarefa. Quanto mais eu conheço aquela tarefa e quanto mais capacitado sou para executá-la, mais rápido vou realizá-la. Já a agilidade tem a ver com adaptação. Tem a ver com entender novas necessidades e conseguir mudar as equipes para que possam desenvolver novos processos, atendendo a novas necessidades. A agilidade refere-se à adaptabilidade. Então ficamos pensando em tornar e criar processos ágeis só para entregar mais rápido e, no fim, não estamos entregando com a qualidade necessária, porque é preciso passar pelo processo de adaptação. Entender essa diferença é fundamental para tornar os processos de RH mais ágeis.

Um outro ponto é a humanização. Estamos vivendo em uma era de processos mecanizados, liderados por machine learning ou inteligência artificial, o que tem levado a interação humana a ficar cada vez menor. De outro lado, muito se fala sobre liderança humanizada e a humanização dos processos e dos relacionamentos. Nesse tema, o que temos que evitar é a confusão entre humanização e sentimentalismo. Humanização significa ter uma visão humana dentro de processos cada vez mais robotizados. Significa tratar os profissionais como humanos, dando feedbacks rápidos, mesmo quando eles forem duros, fornecendo indicadores do que precisa ser melhorado, tratando as pessoas com respeito e consideração e não deixando que as máquinas façam todo o processo. Esse é um grande papel que o RH pode exercer, principalmente treinando e capacitando as lideranças para atuar dessa forma com suas equipes.

O quarto ponto, que considero chave, principalmente nos dias de hoje, em que se fala muito sobre o engajamento de equipes. Estamos vendo vários debates sobre a Geração Z convivendo com a Millenium, com a Y, com a X etc. Nesse cenário, para alcançar maior engajamento de todos, é preciso ter uma cultura bem definida e compreendida, porém o que vemos em algumas organizações são culturas organizacionais definidas por 10, 15, 20 valores, exigindo que os profissionais tenham todas essas competências de forma igual. A grande questão é que falamos tanto em diversidade, mas como vamos praticá-la se exigimos as mesmas competências de todos? Então a cultura tem que estar firme, sólida e entendida por todos os colaboradores, para nortear o caminho da empresa e as tomadas de decisões. Cada profissional vai trazer uma pitada diferente de tempero para essa cultura, e é a soma de todos que vai fazer com que a tal cultura seja única. Caberá ao RH conseguir identificar quais são os temperos que estão faltando dentro da cultura para agregar o que falta e fazer com que a diversidade realmente aconteça de forma positiva para a organização.

O último ponto é o real entendimento de que quem move as empresas são os seus líderes. Nenhum profissional fica engajado pelo CNPJ. O que engaja a equipe, o profissional, é o CPF, ou seja, é o líder, o profissional que transmite para suas equipes visão, missão e valores – a cultura da organização. É ele que consegue engajar seus liderados, que está no dia a dia com os clientes e fornecedores. É função do RH capacitar e treinar essa liderança para que ela possa ser promotora e defensora das políticas da organização, aumentando e difundindo a cultura da empresa dentro de cada área e para todos os colaboradores.

Quando isso estiver enraizado e a equipe de RH conseguir seguir todos esses pontos importantes, os resultados começarão a surgir de forma natural.

 

 Marcelo Souza – É CEO do Grupo Soulan e Country Manager da Thomas International Brasil


sábado, 30 de outubro de 2021

Brasil na COP 26 e a aliança com o Reino Unido

 

A COP 26 - - Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas -, que acontece a partir do próximo domingo (31/10), em Glasgow, Escócia, será sem dúvida um marco global no que se refere à adoção de medidas mais ambiciosas (e tão necessárias) dos líderes globais em relação ao clima. Além de sua importância fundamental para o futuro de todo o planeta, o encontro terá especial relevância para o Brasil, que precisa assumir durante a COP 26 um papel de liderança na viabilização de soluções efetivas para os impactos e as ameaças da mudança do clima, essenciais à retomada verde da economia.

 

Para viabilizar esse protagonismo global, é importante ressaltar que o Brasil conta com aliados de peso dentro e fora do país. É o caso da Britcham – Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil, uma associação centenária que congrega empresas e entidades britânicas e brasileiras com o interesse comum de promover relações bilaterais entre o Brasil e o Reino Unido. A Britcham, pautada no consenso científico, apoia a adoção de medidas céleres de mitigação e adaptação e espera que o País não só reconheça o atual quadro de emergência climática, mas paute suas decisões a partir deste fato, dentro de uma estrutura de governança sólida, que assegure ampla transparência e participação popular.

 

A partir dessa premissa, a Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil tem promovido iniciativas de sustentabilidade e meio ambiente para engajar seus associados e parceiros, buscando fomentar a discussão e o compartilhamento de melhores práticas no tema. Entre as várias iniciativas nessa direção, um exemplo dessa atuação acontece em São Paulo, onde associados Britcham estão envolvidos com o Acordo Ambiental São Paulo, um acordo voluntário que tem como objetivo incentivar empresas, associações e municípios a assumirem compromissos voluntários de redução de emissão de gases de efeito estufa, a fim de conter o aquecimento global abaixo de 1,5º. 

 

Acreditamos que promover o diálogo para tratar sobre melhorias e soluções para o meio ambiente é essencial para unirmos forças e superarmos os desafios existentes. Dentre nossas ações, realizamos também uma reunião com associados em todo o Brasil sobre o Programa Race to Zero, campanha global que tem mobilizado empresas, cidades, governos, pessoas e instituições, com objetivo de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050. O programa visa intensificar ações de descarbonização, atração de investimentos para negócios sustentáveis e para a criação de oportunidades de negócios voltadas a economia verde. 

Temos 40% das florestas tropicais do mundo, número que nos leva à oportunidade de - conforme a gestora global Schroders – crescimento de nossa economia em 6% a 7% ao ano se o Brasil atingir seu potencial de certificação de 1,5 bilhão de créditos de carbono ao ano. Vendido ao preço atual europeu de US$ 60, esse valor seria de US$ 90 bilhões de exportações. Para se ter uma ideia temos mais de 50% do carbono do mundo e, conservando nossas florestas, geraríamos milhões de créditos de carbono.

 

Esse é um tema que será destaque na COP26, na qual se buscará regulamentar a execução do artigo 6º do Acordo de Paris, notadamente seu Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável deste mercado de carbono. É crucial que o Brasil envide seus melhores esforços durante as negociações para viabilizar, de modo cooperativo, a efetiva implementação deste dispositivo, encorajando, inclusive, a adoção de ajustes correspondentes que evitem a dupla contagem de emissões ou créditos transacionados e, assim, confiram maior credibilidade ao mecanismo a ser empregado.

 

Essas ações serão fundamentais para fortalecer a postura de toda a sociedade por um planeta mais sustentável. Por isso a COP 26 é aguardada com grande expectativa em todo o mundo e será fundamental para que se consolide uma realidade cada vez mais presente no nosso dia a dia: o crescente número de ações em prol da sustentabilidade e a consciência de que é preciso agir sem demora, para evitar que a situação se agrave e comprometa o futuro. 

 

Nesse sentido, é essencial, entre outras medidas, o combate efetivo ao desmatamento ilegal, sobretudo na região da Amazônia Legal. A perda do patrimônio florestal do país, além de afetar a credibilidade do Brasil nas negociações internacionais, repercute negativamente no mercado nacional e internacional, afetando negócios e investimentos. Assim, para ser bem-sucedido e se beneficiar das vantagens competitivas do Brasil quanto à promoção de soluções baseadas na natureza, qualquer plano de recuperação econômica deve contemplar, além de medidas de comando e controle relativas ao desmatamento, incentivos para a exploração sustentável da biodiversidade, com o desenvolvimento de uma bioeconomia inclusiva, que beneficie o próprio país e respeite povos indígenas e comunidades tradicionais. 

 

Essa retomada, além dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, deve considerar a atual emergência climática global, já reconhecida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). Em relatório lançado em agosto, cientistas do IPCC alertaram para o fato de que as mudanças no clima provocadas por ações antrópicas já influenciam eventos extremos por todo o planeta, causando graves impactos ambientais, sociais e econômicos. Caso não sejam tomadas medidas efetivas para uma redução imediata, rápida e em larga escala na emissão de gases de efeito estufa, não será possível limitar o aquecimento global em 1,5°C ou mesmo em 2°C acima dos níveis pré-industriais, como pretendido pelo Acordo de Paris. 

 

A Britcham reconhece os desafios inerentes a uma retomada econômica sustentável no contexto de uma crise climática que requer ações imediatas. Mas, ao mesmo tempo, acredita nas oportunidades que o Brasil tem à sua frente para não apenas promover uma economia inovadora e pujante, com ganhos socioambientais, mas também para reassumir um papel de liderança climática global. Para isso, é preciso que todos façam sua parte, incluindo o debate de assuntos prioritários que serão discutidos na conferência do clima da ONU. 

 

A boa notícia é que, como observamos aqui na Câmara Britânica, onde realizamos uma série de webinars e reuniões com especialistas sobre o tema, há entusiasmo e envolvimento de Secretários de Estado, Governadores, Ministros, entre outras partes interessadas, em temas envolvendo discussões setoriais sobre petróleo e gás, mudanças climáticas, mercado de carbono, sustentabilidade, entre outros. 

 

Assim, a Britcham está segura de que, tanto para o enfrentamento de desafios quanto para a viabilização de oportunidades, o Brasil terá o Reino Unido como um aliado estratégico, com o qual divide o interesse comum de assegurar às gerações do presente e do futuro o direito à estabilidade climática. O desafio global é enorme e exige envolvimento de todos. A COP 26 dará novo impulso a essa postura proativa e propositiva, e é fundamental que aproveitemos as lições do evento para trabalhar de maneira cada vez mais ativa em favor de soluções que nos ajudem a ter um mundo melhor.

 

A Britcham, confiante na longa e duradoura parceria entre os dois países, faz votos para que o Brasil, junto com o anfitrião do evento, assuma o papel de liderança que lhe cabe neste que é o tema vital para a sobrevivência da Terra.  

 

 

Ana Paula Vitelli - presidente da Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil.


terça-feira, 28 de julho de 2020

Os 7 passos para desenvolver uma mentalidade empreendedora anti-crise

A pandemia provocada pelo novo coronavírus tem deixado sequelas na saúde e também na economia mundial. Com o aumento acelerado do desemprego, e tentando nadar contra a maré, muitas pessoas apostaram no empreendedorismo para garantir sua sobrevivência. O tão sonhado desejo dos brasileiros em se tornar dono do próprio negócio, e ter autonomia e independência, ganhou ainda mais força no cenário atual.

Segundo pesquisas do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), 60% das empresas fecham nos cinco primeiros anos de funcionamento e não é difícil entender o motivo dessa triste realidade. Muitas pessoas acreditam que ter experiência no segmento que deseja atuar já é suficiente para obter o sucesso, mas as estatísticas comprovam o contrário.

O desafio de empreender esbarra em dois tipos de competências: técnicas e comportamentais. As técnicas estão diretamente relacionadas com a área de atuação, gestão e mercado. A boa notícia é que essas são mais fáceis de aprender quando você adquire conhecimento e capacitação. As habilidades comportamentais exigem um processo intenso de autoconhecimento e resiliência para o seu desenvolvimento. E é exatamente nesse ponto que você precisa intensificar seu foco.

O desenvolvimento dessa mentalidade empreendedora de sucesso pode ser alcançado a partir do momento que você foca, única e exclusivamente, no que precisa fazer para seu negócio prosperar.  O real motivo para abrir um negócio não deveria ser o lucro e, sim, um desejo genuíno de mudar a vida do outro quando ele adquire seus produtos e serviços. O lucro é apenas uma consequência do excelente trabalho que você desenvolve e o quanto você ajuda as pessoas a resolverem seus problemas.

Mas como tirar o cifrão do olho e colocar no bolso? Aqui vão algumas dicas valiosas de quem chegou lá e pode encurtar o seu caminho.

- Propósito. Muito tem se falado em propósito nos últimos anos, mas pouco tem se praticado. Encontre o seu desejo de mudança. Geralmente o que mais te incomoda pode se tornar uma missão de vida através do seu trabalho. Pense em como, e pelo quê, você gostaria de ser lembrado. Se você ainda está nesse plano é porque tem algo extraordinário para fazer. Então faça seus dias valerem a pena! Uma missão de vida realizada traz felicidade, satisfação e autoconhecimento;


- Relacionamento. O empreendedor precisa entender que o trabalho é construído junto com seus pares e ter pessoas certas ao seu lado, que agregam na sua jornada, é um dos focos mais importantes do negócio. Aprenda a entender as pessoas e como elas se engajam. Faça elas se sentirem pertencentes e importantes. Contribua com elas e elas contribuirão com você.


- Direcionar objetivos e metas. Esse tópico também já virou clichê. Só estabelecer metas claras não é o suficiente. Quando você pensa no seu objetivo te dá borboletas no estômago? Se a resposta for não, ele não é desafiador o suficiente. Se apaixone! Já reparou que quando está apaixonada se torna resiliente e se mantém firme quando as coisas começarem a dar errado? Atingir os seus objetivos não é uma linha reta, é cheia de altos e baixos. Continuar olhando para a sua meta vai te manter em direção a ela.


- Autoconhecimento. Entender como você pensa e toma decisões te permite encontrar formas eficientes para lidar com diferentes situações do negócio, desde como fazer networking até como controlar seu emocional para ajudar no processo criativo. O autoconhecimento também pode ser ancorado com apoio profissional de um coaching ou um mentor;

A sua alta performance nos negócios está diretamente relacionada com sua auto performance. E auto quer dizer eu. Você só alcançará melhores resultados na vida profissional quando desenvolver novas habilidades e competências no âmbito pessoal. Invista mais tempo cuidando do seu CPF do que do seu CNPJ, afinal é isso que vai fazer a diferença nos seus resultados.


- Rotina produtiva X tempo ocupado. É preciso estabelecer uma rotina direcionada e constante para ser produtiva e fortalecer a mentalidade empreendedora. Escolha executar tarefas que te aproximem dos resultados que você demais. As demais, delegue para outra pessoa ou elimine.

No atual momento, vários conteúdos gratuitos estão sendo disponibilizados na internet e gerando obesidade mental, conteúdo não colocado em prática. Escolha lives que te proporcionam o conhecimento necessário para dar o próximo passo, defina o que é prioridade aprender agora e aja. Conhecimento sem ação não gera sabedoria. O empreendedor que conhece sua meta saberá buscar conhecimento direcionado e focado que agregue valor ao seu negócio.


- Comunicação assertiva. A comunicação sem fronteiras tem os dois lados da moeda. Tanto pode tornar a empresa reconhecida mundialmente, como denegrir sua imagem. Dessa maneira, parte do sucesso é oriunda da forma como ocorre essa comunicação com o outro. Faça uma comunicação baseada em fatos que realmente aconteceram, porque todo o restante é interpretação. A forma como você interpreta um acontecimento pode gerar distorções na comunicação.

Construir relacionamentos saudáveis é uma das bases principais para gerar reciprocidade e rede de apoio. Portanto, só conseguimos escalar nossos negócios se tivermos muitas pessoas envolvidas, que falam da empresa e nos indicam. Assuma a responsabilidade pela comunicação com clientes e funcionários e busque evoluir nas suas limitações. Quando você terceiriza a responsabilidade para outras pessoas perde a excelente oportunidade de se desenvolver. Aquilo que não te desafia não te transforma.


- Liderança. Muitas pessoas acreditam que a liderança é nata, geralmente atribuída aos bons comunicadores. No entanto, a comunicação é apenas uma, das diversas habilidades e competências atribuídas a um bom líder. Por isso, o primeiro passo é aprender a liderar a si mesmo, ter seus próprios resultados e extrair de si o seu máximo. Então, qual pessoa que esteja disposta pode desenvolver uma postura inspiradora?

Diante desses fatos, é preciso construir uma mentalidade empreendedora para ter sucesso no negócio, conectando-se a um propósito que traga satisfação e contribuição, além do lucro. Em busca de sua missão, o empreendedor precisa seguir metas direcionadas, integradas a um conjunto de habilidades em áreas estratégicas e uma rede de apoio tanto dentro quanto fora da empresa. A constante busca pelo autoconhecimento também gera alta performance nos resultados do negócio.

Por fim, o empreendedor precisa agarrar seus desafios e dificuldades e lembrar que eles fazem parte do crescimento profissional. Afinal, a história mostra que os maiores empreendedores do mundo quebraram pelo menos três vezes. Se você não quer fazer parte dessas estatísticas por que não aprender com os erros dos outros e tornar seu caminho rumo ao sucesso mais curto?

 


Wanessa Fonseca - mãe, escritora, professora e consultora de desenvolvimento humano e de negócios. Fundadora da UP Results, que ajuda empresários a construirem resultados acima da média. CEO da Innermetrix Goiás focada em Gestão Inteligente de Pessoas, levando indivíduos, times e empresas a alcançarem o dobro da performance com a metade do esforço. Entusiasta da inovação, tecnologia, neurociências e psicologia positiva. Treinadora comportamental formada pelo IFT - Massaru Ogata, Master Coach, Practicioner em Programação Neuro Linguística e Mentora de empreendedores.
Foi executiva de finanças em grandes empresas durante 15 anos até ter sua vida transformada pelo autoconhecimento e se apaixonar pelo desenvolvimento humano, tornando essa sua missão de vida.


terça-feira, 29 de novembro de 2016

Seis dicas para estimular sua Inteligência Emocional em 2017



Inteligência Emocional é um conceito que traduz a capacidade de um indivíduo de reconhecer e gerir as próprias emoções para, assim, reconhecer e interagir mais facilmente com as emoções dos outros e lidar com as demandas e adversidades diárias. 

Alguém com alta Inteligência Emocional é capaz de identificar suas próprias emoções, sejam elas positivas ou não, ampliando sua autopercepção e entendendo melhor como elas funcionam. Não significa que o indivíduo não terá emoções negativas. Ele as terá, mas saberá reconhecê-las e, em algum momento, superá-las e tirar algum entendimento mais amplo sobre si mesmo.

Outra característica de alta Inteligência Emocional é a autoestima e o sentimento de autovalor. Quem possui uma boa visão de si é capaz de se encorajar perante os desafios da vida. Este diálogo interno positivo se reflete na interação com os que lhe rodeiam. Quando temos uma relação saudável conosco, fica muito mais fácil tratar a todos com respeito, aceitação das diferenças e empatia. Mas se nossa cobrança interna é grande, isso irá se refletir em nossos diálogos com o mundo. A relação humana reflete a relação que temos conosco mesmos. 

O que pouca gente sabe é que é plenamente possível desenvolver a inteligência emocional no dia a dia. É um grande desafio, mas qualquer pessoa que esteja disposta a olhar para si e aceitar suas dificuldades emocionais está apta a desenvolver a Inteligência Emocional. Por isso, listei seis dicas para te ajudar a desenvolver sua Inteligência Emocional em 2017:


Não tenha medo de olhar para si. Pessoas emocionalmente inteligentes conseguem superar o medo de admitir emoções sejam elas negativas ou não. Não se muda o que não é aceito, e sem admitir que temos uma questão a ser melhorada, não há como modificá-la.


Questione-se periodicamente quais são as suas necessidades emocionais. Quem não está atento as suas emoções não consegue perceber quais necessidades reais não estão sendo atendidas quando surge alguma emoção negativa. Todos os seres humanos possuem as mesmas necessidades emocionais de respeito, aceitação, reconhecimento, etc. A questão é que muitas vezes não há o reconhecimento destas necessidades e entramos no piloto automático das emoções. Reconhecer suas necessidades emocionais o trará mais consciência do real motivo de suas emoções e lhe ajudará a comunicá-las de maneira mais assertiva. Eu me sinto humilhada quando você me chama de chata porque tenho uma profunda necessidade de respeito. 


Assuma a responsabilidade pelo que lhe acontece. Condenar o chefe, os pais, o marido ou até o papagaio pelo que sentimos é uma armadilha. Os outros podem agir da forma que quiserem, mas quem está no controle de nossas emoções somos nós, não adianta negar nem fugir disso. Se algo lhe tirou do sério, admita sua responsabilidade no processo e que você tem questões internas que precisam ser resolvidas e que olhar para isso com gentileza é a melhor forma de superá-las. Nós somos o resultado de nossas escolhas e ter isso claro lhe trará firmeza e o comando e controle de sua própria vida. 


Busque a empatia em seus relacionamentos: Reconhecer seus sentimentos e aceitá-los lhe ajudará a reconhecer e respeitar sentimentos nos outros. E também reconhecer suas necessidades emocionais. E esse é o primeiro grande passo para desenvolver relacionamentos saudáveis e verdadeiros. 


Reconheça seus fracassos. Eles são seus maiores mestres – Não existe erro, apenas aprendizado. Todos os seus fracassos moldaram a sua experiência e aprendizado até aqui. Reconhecer o conhecimento adquirido e resgatar a melhor lição de cada um deles é característica de pessoas com altas habilidades emocionais.


Pare de se julgar. Quando há muito julgamento por si, detonando um péssimo diálogo interno, a possibilidade de julgarmos e rotular outras pessoas torna-se grande. E isso influencia diretamente as relações interpessoais, já que se apoiar em rótulos cria um muro entre pessoas, gerando defesa, desconfiança e medo. Pare agora de se julgar e condenar-se. Respeite suas limitações e reconheça suas qualidades mais prementes. È reconhecendo o que você possui de bom que irá ter energia e disposição para aceitar aquelas competências emocionais que ainda precisa desenvolver. Mas você precisa parar de se condenar e de comparar-se com outras pessoas para isso.

A Inteligência Emocional nos convida a reconhecer emoções, admiti-las e não fugir delas. Quando praticamos esse diálogo interno positivo, nos encorajando nas situações difíceis e resgatando essa força interna, isso também será transmitido para os que estão ao nosso redor.
Que tal transformar seu 2017 com a Inteligência Emocional?




SEMADAR MARQUES - especialista em Empatia, Liderança Colaborativa, Propósito de Vida e Inteligência Emocional. Através de suas palestras, conferências e workshops sobre esses temas, Semadar busca inspirar as pessoas a irem atrás do que lhes faz plenamente felizes. www.semadarmarques.com.br    




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