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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Oncologista do Hospital 9 de Julho explica quando suspeitar do câncer de endométrio no organismo


 Um dos cânceres mais comuns em mulheres após os 55 anos, a doença apresenta grandes chances de cura. Dra. Michelle Samora, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, alerta para sintomas


Você sabia que, embora silencioso, o câncer de endométrio dá sinais que podem ser identificados? Ele ocorre em 95%* dos casos de cânceres de útero e, em geral, atinge mulheres acima de 55 – 60 anos. Sangramento vaginal, dor pélvica e na relação sexual são alguns dos sintomas. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados mais de 6 mil casos da doença para 2018 no Brasil.

O desenvolvimento do câncer de endométrio causa, em 90% das pacientes, sangramento vaginal. A Dra. Michelle alerta que o mais importante é que a paciente fique atenta aos sinais e entenda que nenhum sangramento deve ser ignorado. Entre os fatores de risco para o câncer de endométrio destacam-se: a menopausa tardia, a primeira menstruação precoce, nunca ter tido filhos, uso de reposição hormonal, obesidade, diabetes e síndrome do ovário policístico.

É importante prestar atenção aos sinais do corpo e procurar ajuda médica, em qualquer idade, em caso dos seguintes sintomas que listamos a seguir. Confira:
                  
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                            Sangramento vaginal: é o principal sintoma de câncer de endométrio. Na pós-menopausa pode ter outras causas, como atrofia (afilamento) do endométrio ou uso de reposição hormonal. Entre 50 e 59 anos, 9% das pacientes com sangramento vaginal são diagnosticadas com câncer de endométrio. Acima dos 80 anos, o sangramento vaginal é causado pelo câncer de endométrio em 60% das pacientes. Qualquer sangramento vaginal, em qualquer idade, deve ser um sinal de alerta e necessita de avaliação médica. Segundo a Dra. Michelle, a chance de se tratar de câncer de endométrio aumenta com o avançar da idade.

        
       
                            Dispareunia (Dor durante a relação): a doença também provoca incômodos durante as relações sexuais, o que causa desconforto físico e retração do desejo sexual. Este sintoma pode estar presente em fases avançadas da doença.

        
                            Dor pélvica: as cólicas também podem ser um sintoma. Este sintoma pode estar presente em fases avançadas da doença. Nenhuma dor deve ser ignorada.

        

A Dra. Michelle enfatiza que é uma doença com até 80% de chance de cura, dependendo do caso. As opções de tratamento do câncer de endométrio dependem do tipo e estágio da doença. A maioria das mulheres é diagnosticada em fases iniciais, com 85% das pacientes diagnosticadas em estágio I ou II. O tratamento nesta fase da doença, geralmente envolve a retirada cirúrgica do útero, ovário e  tuba uterina.

Hoje já sabemos que a cirurgia minimamente invasiva, por videolaparoscopia ou robótica, é segura e com excelentes resultados oncológicos. “O mais importante é que a paciente fique atenta aos sinais, entenda que nenhum sangramento deve ser ignorado e que o acompanhamento ao ginecologista, mesmo depois da menopausa, deve ser regular”, finaliza a especialista. 







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