Endocrinologista do Hospital Santa Paula fala sobre os principais
sintomas e tratamentos
No dia 25 de maio é lembrado o Dia Internacional da Tireoide, uma glândula
em formato de borboleta que fica na parte da frente do pescoço e é responsável
por produzir hormônios que regulam o organismo e controlar o processo
metabólico.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia, aproximadamente 10% das mulheres acima de 40 anos e 20% das
acima de 60 anos manifestam alguma complicação na glândula. Nos homens, é mais
comum desenvolver hipotireoidismo a partir dos 65 anos, mas vale reforçar que
pessoas de todas as idades estão sujeitas a desenvolver doenças ligadas à
tireoide.
O mau funcionamento da glândula pode causar
problemas em órgãos importantes como coração, cérebro, fígado e rins. Dentre as
doenças da tiroide estão o hipertireoidismo, hipotireoidismo e o câncer de
tireoide.
A endocrinologista do Hospital Santa Paula,
Claudia Liboni, explica cada uma dessas doenças:
Hipertireoidismo: se desenvolve quando há uma produção excessiva dos hormônios da
tireoide - T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). A causa mais comum é a chamada
Doença de Graves, que faz com que o sistema imunológico produza anticorpos que
estimulam a glândula. O excesso de iodo presente em alguns medicamentos também
pode acarretar no hipertireoidismo.
Os principais sintomas, no
caso da Doença de Graves, são aumento dos batimentos cardíacos, suor excessivo,
tremor de extremidades, perda de peso (mesmo, às vezes, com aumento de
apetite), intestino solto, alterações menstruais, fraqueza, queda de cabelo,
insônia e ansiedade. Estes podem ser sinais do excesso de hormônios da
tireoide. Além disso, a doença pode afetar também globo ocular, levando ao
aparecimento de olhos saltados, que doem quando movimentados, ficam vermelhos,
lacrimejando e com desconforto quando expostos à luz.
O tratamento pode ser feito com medicamentos
como o metimazol ou o propiltiouracil (PTU), para abaixar os níveis dos
hormônios tiroidianos, iodo radioativo ingerido em
líquido ou em cápsulas e captado pelas células tiroidianas, que serão
destruídas, ou cirurgia para remover a glândula
que produz excessivamente os hormônios.
Hipotireoidismo: se desenvolve quando há uma queda na produção dos hormônios da
tireoide T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Muitas vezes, o hipotireoidismo
é causado por uma inflamação conhecida como “Tireoidite de Hashimoto”,
relacionada à falta ou ao excesso de iodo na dieta. A doença também ocorre após
cirurgia de retirada da tireoide, após tratamento com iodo radioativo ou com
radioterapia na região do pescoço.
De acordo com o Instituto da Tireoide, uma em
cada 10 mulheres com mais de 65 anos apresenta sinais de hipotireoidismo.
São eles: depressão, cansaço, diminuição dos batimentos cardíacos, intestino
preso, menstruação irregular, falhas de memória, dores musculares, pele seca,
queda de cabelo, ganho de peso (por retenção de líquidos) e aumento de
colesterol no sangue.
O hipotireoidismo é tratado com reposição
hormonal, feita por meio de medicação oral diária.
Câncer de tireoide: o histórico de radiação na região do pescoço e de casos deste tipo de
câncer na família são fatores de risco para que se desenvolva o tumor.
A grande maioria dos nódulos de tireoide é
benigna, mas quando são muito grandes ou estão associados ao aumento
dos gânglios linfáticos e/ou à rouquidão,
aumenta-se a suspeita de um tumor maligno na tireoide.
O tratamento deste tipo de câncer é cirúrgico,
pela retirada total da glândula e, em alguns casos, com complementação
terapêutica com o iodo radioativo.
“Para diagnosticar as alterações hormonais da
tireoide, exames de sangue devem ser feitos a partir dos sintomas clínicos ou
de rotina em pacientes de risco. Já nos casos de aumento do volume do pescoço
ou aparecimento de nódulos, o exame mais indicado é um ultrassom de tireoide.
Surgindo alguma alteração, um especialista deve ser procurado”, afirma a Dra.
Claudia.
Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, nº 2468 - Vila Olímpia - (11)
3040-8000
Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - https://www.endocrino.org.br/
American Thyroid
Association - https://www.thyroid.org/https://www.thyroid.org/
Instituto da
Tireoide - http://www.indatir.org.br/
Instituto
Nacional de Câncer - http://www2.inca.gov.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário