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terça-feira, 22 de maio de 2018

24 de Maio: No Dia Nacional do Café Conheça a Diferença entre Café Tradicional e Café Especial


O café tem uma importância fundamental na economia do Brasil e está presente em praticamente todas as casas. O país é o segundo maior consumidor da bebida no mundo e, em 2016, foram produzidas mais de 50 milhões de sacas, de acordo com os dados da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café).
Desse montante, quase 70% é exportado e o restante fica para consumo interno. Deste percentual que fica para o consumo interno, apenas 9% são de cafés especiais e os outros 91% são de cafés tradicionais.

Isso significa que a maior parte dos cafés de qualidade estão sendo consumidos nos outros países enquanto os consumidores brasileiros ficam com o que foi rejeitado lá fora.

De acordo com a ABIC, o consumo de cafés especiais no Brasil cresceu de 10 a 15% em 2017. Por isso, é importante saber as diferenças existentes entre o café especial e o tradicional.


O Café Tradicional



Segundo a ABIC, café tradicional “é o café do dia a dia com qualidade recomendável e custo acessível. Certificado pela ABIC.”

Geralmente, esses cafés combinam os grãos da espécie arábica (rica em sabor e óleos aromáticos) e conilon (tem um trato mais rude e são considerados de qualidade inferior). Essa mistura diminui a complexidade e acidez do produto. Ainda, o custo do café tradicional é reduzido, pois o café conilon é considerado um café de qualidade inferior e, consequentemente, é mais barato.

Além disso, o café tradicional possui sabor intenso e amargo. Geralmente, são disponibilizados no mercado em embalagens tipo almofada ou fechadas no sistema de vácuo.

É aquele café preto, com uma torra muito acentuada, comumente chamado de café forte do Brasil e que já vem moído, bem fino. Ele é produzido em grande escala e, devido a matéria prima utilizada, ele acaba tendo uma qualidade inferior.



Alguns possuem selos de comprovação, por exemplo, o selo de pureza da própria ABIC, que foi criado no final dos anos 80 e garante que a amostra seja composta apenas por grãos de café. Em outras palavras, possui comprovação de que um determinado café (podendo ser ele tradicional), não possui misturas de outros alimentos (milho, soja, etc.), mas apenas o que vem da lavoura cafeeira: o próprio grão de café (perfeito e imperfeito) e uma baixa porcentagem de impurezas (galhos da árvore do café, cascas do grão, etc.).

De acordo com Sérgio Miranda, Degustador e Classificador de cafés e um dos fundadores da marca Coffee & Joy, os grãos defeituosos, verdes (que não chegaram no ponto certo de maturação), ardidos ou pretos, irão interferir e prejudicar no sabor e aroma do café.

O que se denomina de café tradicional, portanto, é aquele grão excessivamente torrado com moagem muito fina, café preto e amargo. Composto por grãos defeituosos e possíveis impurezas da lavoura cafeeira. Está disponível no supermercado, podendo ser composto por um blend de café arábica e robusta (conilon), o que prejudica muito no sabor da bebida final.


Os Cafés Especiais




Na definição da ABIC, “são cafés de alta qualidade que cumprem uma série de requisitos para serem classificados como tal.”

São grãos de café perfeitos, torrados com muita ciência para expressar todo potencial de qualidade sensorial (flavor) do grão. Todo esse trabalho é realizado por profissionais treinados.

Ainda, a moagem faz toda a diferença na hora do preparo, por isso eles são moídos adequadamente de acordo com padrões bem estabelecidos. Além destas características, os cafés especiais incluem cafés certificados como “conscientes”, por exemplo, o café orgânico e o fair trade. Os cafés de origem que, além dos atributos físicos, como aroma e sabor, também incorporam preocupações de ordem ambiental e social.

Sérgio Miranda, Degustador e Classificador de cafés e um dos fundadores da marca Coffee & Joy explica que “além de tudo isso, cafés especiais são produtos finíssimos, de qualidade muito acima da média, valorizado de acordo com a sua escassez, qualidade do grãos e atributos sensoriais. É um produto diferenciado, quase livre de defeitos.”

E, emenda, “este tipo de café é classificado como be­bida mole e/ou estrita­mente mole, que atinja no mínimo 80 pontos na classificação da SCAA, que é a Associação Americana de Cafés Especiais.”

O resultado disso tudo para quem degusta um café especial é complexidade de sensações, com sabores e aromas distintos, proporcionando uma experiência única ao ser consumido.

Café especial recebe atenção diferenciada desde o plantio (variedade, tipo de solo, altitude, temperatura, clima) até a etapa da torra. A seleção de grãos é rigorosa e o ponto da torra é mais preciso. São realizados testes de perfis de torra, para construir uma curva de torra que evidencie todas características boas e naturalmente identificáveis dos grãos, para que a própria origem dele possa remeter a notas frutadas, achocolatadas e até florais, com acidez agradável de frutas cítricas ou vermelhas, ou até mesmo uma acidez málica (maçã).




O café é uma fruta e, assim como qualquer outra fruta, o seu adequado e excelente tratamento trará benefícios na sua xícara. A fruta bem cuidada poderá, ainda, trazer vários benefícios para a sua saúde.

Muito mais do que está na xícara, o café especial sempre estará conectado com a sua origem, com a história de quem o produziu e com a consciência sustentável da sua produção.

Mas não é só notas sensoriais, vai muito além da bebida de qualidade. Ele representa todo o esforço e trabalho de uma cadeia de produção, que começa na lavoura e termina com um excelente grão na casa do consumidor. Tudo isso envolve diversos profissionais que estão preocupados em entregar um nível de qualidade altíssimo na xícara.
Veja este breve resumo com as diferenças entre o café especial e o café tradicional:




E o que você ganha consumindo cafés especiais?

O café especial, além de possuir muito mais sabor, aroma e ter benefícios para saúde, ajuda na cadeia sustentável de produção de cafés.

Sérgio Miranda, Degustador e Classificador de cafés e um dos fundadores da marca Coffee & Joy, ensina que “quando você consome grãos de qualidade, você não estará adquirindo somente um café, você estará incentivando a história e evolução do produtor responsável pelos grãos que você escolher para consumir. Mais do que isso, você está garantindo a persistência dele em sempre produzir cafés de excelente qualidade.”

E finaliza “o compromisso de empresas que, assim como o Coffee & Joy, trabalha com cafés especiais, é de sempre procurar produtores responsáveis e sérios, que não tiram o olhar da sustentabilidade ambiental e social, para fornecer os grãos com características sensoriais variadas e com o mais alto nível de qualidade, fazendo do café não só um simples hábito diário, mas um momento de puro prazer.”






Facebook: /coffeeandjoy
Instagram: @coffee_and_joy

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