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terça-feira, 17 de abril de 2018

Dermatite Atópica é o tema da Semana Mundial de Alergia


Doença é hereditária e está associada à rinite e asma
#semanamundialdealergia2018


“Dermatite Atópica: Uma Coceira que Causa Erupções na Pele” é o tema deste ano para a Semana Mundial de Alergia, entre os dias 22 e 28 de abril, organizada pela World Allergy Organization (WAO).

A DA (dermatite atópica) tem origem genética e é considerada crônica, caracterizada por pele seca, que coça bastante, deixando a pele vermelha e muitas vezes formando feridas, devido à essa coçadura intensa. A DA se caracteriza por um processo inflamatório da pele com períodos de melhora alternando com períodos de piora, com intervalos que vão de meses ou anos entre uma crise e outra, mas quando mais grave pode manter coceira e feridas continuamente. É mais comum na infância, com início após os três meses de idade.

No bebê as lesões predominam na face (bochechas), pescoço, couro cabeludo e ocasionalmente no resto do corpo. Em crianças maiores, adolescentes e adultos a DA atinge as dobras dos braços e pernas, face (em pálpebras) e pescoço.


Dados da Dermatite Atópica:
 
  • A dermatite atópica afeta até 20% das crianças e cerca de 3% dos adultos. 
  • 60% dos casos de DA ocorrem no primeiro ano de vida. 
  • A DA assume forma leve em 80% das crianças acometidas e em 70% dos casos há melhora gradual até o final da infância. 
  • Levantamentos apontam que metade das pessoas com dermatite atópica das formas mais severas sofre com ansiedade ou depressão. 
  • 55% apresentam problemas para dormir, muitos por causa da coceira.

“A pele atópica tem menor produção de gorduras naturais, por isso, é mais seca, áspera, provocando coceira e facilitando a infecção por bactérias e fungos. Apesar do aspecto, não é uma doença contagiosa, mas está associada com rinite e asma, conhecidas como doenças alérgicas, explica a Dra. Márcia Carvalho Mallozi, Coordenadora do Departamento Científico de Dermatite Atópica da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Além do fator hereditário, a DA pode ser desencadeada também por alimentos e aeroalérgenos tais como ácaros, e outros agentes perfumes, suor. Aspectos emocionais podem agravar a DA.


Tratamento: O objetivo é o controle da doença com o alívio dos sintomas, o tratamento da DA engloba a melhora e controle permanente das condições da pele para evitar as crises.  A necessidade de medicamentos varia para cada pessoa, seja criança ou adulto, de acordo com o tipo e intensidade das lesões na pele.

Recomenda-se um banho por dia (não mais), rápido e com água morna. Hidratante e sabonete orientados pelo médico são outras indicações. A imunoterapia, também conhecida como vacina de alergia, está indicada em alguns casos, a critério do médico especialista em Alergia. Além disso, é essencial tratar as doenças associadas.

A Dra. Márcia apresenta algumas dicas que podem auxiliar o tratamento e controle da DA. São elas:

- Manter a hidratação da pele contínua mesmo que esteja bem, no período fora de crise.

- Não tomar remédios por conta própria e não passar produtos na pele, sem orientação médica.

- Usar roupas leves. Evitar roupas apertadas e de cor escura no verão. Preferir tecidos de algodão e malhas. Evitar tecidos sintéticos, lycra ou jeans.

- Banhos de sol devem ser, de preferência, nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer. Ao sair da piscina ou praia, tirar a roupa molhada e tomar um banho rápido, com aplicação de creme hidratante em seguida. Usar protetor solar sempre que se expuser ao sol.
 





ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Twitter: @asbai_alergia
Facebook: Asbai Alergia
www.asbai.org.br

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