A ESET América Latina explica como usar os aplicativos de controle
parental para cuidar de crianças e discute qual é o limite entre o controle do
uso da tecnologia e a invasão de privacidade
Existem muitas maneiras de saber o que uma criança
está fazendo online: os aplicativos de geolocalização estão disponíveis como
uma ferramenta para cuidar dos pequenos enquanto navegam na internet. Há também
aplicativos que regulam o conteúdo que pode ser acessado, outros com acesso ao
microfone para ouvir o som de onde estão ou até mesmo gravar tudo o que
acontece na tela do aparelho, por meio de captura em vídeo.
Embora essas ferramentas pareçam ser a grande
solução para os problemas que todos os pais de um nativo digital podem ter, nem
todos os aplicativos de controle parental funcionam da mesma maneira, nem têm
as mesmas características. Portanto, a ESET América Latina recomenda
analisá-los e utilizá-los de acordo com as necessidades de cada família.
Muitos controles que, a princípio, parecem ser
úteis para os pais, acabam sendo invasivos, o que causa uma reação negativa. A
criança, em vez de se sentir protegida e feliz, sente-se invadida e procura
fugir desses controles.
"A ESET acredita que a chave não está no controle
que é implementado, mas no diálogo e no acompanhamento das crianças no mundo
digital, assim como faríamos no mundo físico. Trata-se de ensiná-los, por meio
do diálogo e com o apoio de ferramentas digitais, quais são os perigos e riscos
na internet, quais são suas responsabilidades, o que deve e não deve ser feito
e quais são as formas de se proteger ", afirma Cecilia
Pastorino, especialista em segurança de TI da ESET América Latina.
As aplicações de controle parental são muito úteis
quando as crianças são mais novas, quando começam a utilizar o computador ou
têm o primeiro celular. No entanto, ao entrar no início da adolescência, essas
ferramentas são cada vez mais difíceis de manter ou implementar. Portanto, a
chave é liberar os controles e transferir as responsabilidades lentamente, à
medida que crescem e entendem como se comportar online.
O objetivo deve ser que a criança entre na
adolescência totalmente capacitada e entenda os riscos que existem na internet
e como se proteger e, acima de tudo, com a confiança e tranquilidade de poder
falar com seus pais se algo os preocupa ou os incomoda. Para conseguir isso, o
diálogo e o acompanhamento devem começar bem antes dessa idade, no momento em
que a criança começa a frequentar o ambiente digital.
A chave para tornar o controle parental uma
ferramenta útil para pais e filhos é ela ser uma forma de cuidado e não um
controle imposto. Uma vez escolhido o aplicativo que atende às necessidades da
família, é melhor instalá-lo e configurá-lo junto com a criança. Antes, você
deve estabelecer quais são as regras básicas para o ambiente online e quais são
as responsabilidades da criança, explicar que a aplicação do controle dos pais
é uma forma de cuidado no mundo digital e que eles o instalarão juntos.
Algumas das principais funcionalidades que são
muito úteis para o controle parental e que ajudam a proteger as crianças sem
invadir sua privacidade são:
- Controle de aplicativos: os filtros baseados em idade existem para gerenciar aplicativos que as crianças podem acessar e usar.
- Controle de acesso à Web: bloqueia sites inapropriados de acordo com a idade, individualmente ou por categorias.
- Limite de tempo para diversão e jogos: define um número máximo de horas para as crianças brincarem com seus dispositivos. Ele também gerencia o tempo de uso, por exemplo, bloqueando o acesso a jogos e aplicativos durante o horário escolar ou na hora de dormir.
- Geolocalização: permite verificar a localização atual do dispositivo a qualquer momento.
- Relatórios: O objetivo dos relatórios é conhecer o comportamento geral da criança na internet, a fim de encontrar o melhor momento para liberar cada um dos controles. Eles incluem métricas que nos informam sobre o uso que a criança dá ao equipamento, como o tempo que gasta em determinados aplicativos, intervalos de tempo, entre outros.
Por fim, esses relatórios também são muito úteis
para saber quais são os aplicativos que a maioria das crianças usa ou que mais
gostam. Conhecer seus interesses é um bom ponto de partida para começar a falar
sobre o cuidado digital.
É importante entender que talvez as crianças
conheçam melhor como um aplicativo funciona ou tenham mais habilidades ao usar
o dispositivo móvel, mas são os adultos que mais sabem sobre os riscos e
perigos que podem estar à espera deles.
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