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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

São Paulo isenta de taxa empreendedores que utilizam e cuidam de praças



Sanção do prefeito a lei criada por Caio Miranda Carneiro (PSB) abre para o empreendedorismo as mais de cinco mil praças da cidade, onde nem 10% delas tem sido adotado por empresas – que podem pagar com serviços de zeladoria

A manutenção de praças é uma dor-de-cabeça para administrações de praticamente todos os municípios. Uma das soluções encontradas por diversas prefeituras é a adoção desses espaços públicos por empresas, e uma lei (16.868/2018) sancionada nesta quinta-feira (15) pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), ajuda a sanar esse problema e ainda fomentar o empreendedorismo. Trata-se de um projeto de autoria do vereador Caio Miranda Carneiro (PSB) que prevê a isenção de taxa de utilização para empreendedores que abrirem negócio nesses locais, com a contrapartida de cuidar da área em que estão. A população terá um instrumento de controle nas mãos, com a criação de conselhos que podem definir quais os tipos de comércios querem nessas áreas.
Para Caio Miranda, a iniciativa dá poder para pequenos comerciantes e população e revitaliza locais degradados. “São mais de cinco mil praças em São Paulo, e nem 10% desse total foi adotado por empresas. Agora, o pequeno comerciante, que não tem condições financeiras de arcar com as taxas de utilização comercial de praças, pode pagar com serviço, revitalizando áreas e podando a vegetação. Além disso, ocupamos espaços públicos e geramos movimentação de moradores para dar mais vida a esses locais”, salienta. O vereador coloca que a lei prevê ainda a instalação de novos equipamentos nas praças, dando mais opções de recreação aos moradores. “Cachorródromo, equipamentos para exercícios físicos e práticas desportivas não formais, como capoeira e meditação, ponto para ligação de água e luz, bem como para sinal de internet sem fio, espaço da melhor idade, com atividades e equipamentos específicos para idosos são algumas das novas ferramentas que também podem ser adotadas, dando inclusive poder para o vereador solicitar essas demandas por emenda”, completa.

 Antônio Joaquim da Silva, 57, taxista que faz ponto ao lado da Praça Pérola Byington, na Bela Vista, aprova a iniciativa


O taxista Antônio Joaquim da Silva, de 57 anos, trabalha com um ponto na praça Pérola Byington, região central de São Paulo. Para ele, a nova lei traz uma esperança de reocupação do local, o que considera muito bom. “É uma ótima ideia e ajuda a termos uma praça mais viva. Antes, há uns oito anos, uma empresa cuidava dela. Depois que pararam de cuidar, ela ficou com esse aspecto de abandonada. Até apararam a grama, mas ninguém da região se identifica mais com o espaço, que está quase sempre vazio. Espero que essa ideia mude a realidade da Pérola Biyngton”, disse.  
Michelle Riberio, de 26 anos, passeadora de cães e moradora do bairro, concorda com Joaquim e acrescenta que um conselho participativo na região, definindo quais tipos de comércio podem ser colocados na praça, são essenciais para o sucesso da lei. “Eu tenho interesse em participar desse conselho e gosto bastante da ideia de manutenção parcial da praça por comerciantes que a utilizem, como forma de pagar pela sua utilização. Indicaria inclusive para familiares esse tipo de empreendedorismo”, afirma.  
 
 Caio Miranda discute e analisa a possibilidade de instalação de um “Cachorródromo” na Praça Pôr do Sol, no Alto de Pinheiros

“Se empresas quiserem participar, em vez de colocarem só placas, elas podem usar comercialmente aquele local o que, obrigatoriamente, faz com que se mantenha uma organização e limpeza. Mas um vendedor de hotdog, professor de educação física ou qualquer outro empreendedor individual também pode aproveitar para ocupar uma praça, usando sua própria mão de obra pra cuidar do espaço. Todos os moradores, comerciantes e a cidade de São Paulo só têm a ganhar”, completa Caio Miranda.  

Foodtrucks regularizados
A lei também regulamenta os foodtrucks em praças, ao prever área específica para uso de comércio e serviços. "Com a nova regra, esse tipo de comércio tem mais força para conseguir licença de utilização nos espaços públicos, com a contrapartida do cuidado e zeladoria do local explorado comercialmente”, explica Caio Miranda.



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