Alguns dizem que o ano começou agora, mas do ponto
de vista da economia real não é verdade, já que 2018 deu-se início há exatos 50
dias. Mas sob o viés do brasileiro, há um forte conceito cultural de que o ano
se inicia na segunda-feira (19), após o fim do carnaval, já que uma grande
maioria emenda a festa até o final de semana seguinte.
O ano de 2016 encerrou economicamente mais forte
que o esperado, mas isto não deve fazer diferença para algumas centenas de
milhares de negócios que estavam em crise no final de 2017 e entraram 2018 na
mesma situação. Para evitar contratempos, Flávio Ítavo destaca abaixo três dicas infalíveis. Confira.
1 - Planeje o fluxo de caixa. Não
importa quão ruim ele possa estar neste momento ou quantos protestos estão em
andamento. O negócio não sairá da crise quando souber tudo sobre o fluxo de
caixa, mas permitirá controlá-lo e fazer escolhas certas. A solução é planejar
um fluxo de caixa e investir tempo, todos os dias, direcionando e priorizando
as escolhas para aquilo que é mais urgente e fundamental. Também é preciso ser
assertivo, pois tudo o que pode ser postergado sem danos a curtíssimo prazo,
deve ser realizado.
2 - Alinhe sua comunicação. O “peso”
da má comunicação na maioria das crises muitas vezes só está lá pela falta de
inabilidade no ato de comunicar. Flávio defende que a comunicação deve ser
feita de forma global e pode ser direcionada entre fornecedores, clientes,
funcionários e bancos. Para cada um destes grupos deve haver uma linha de
comunicação clara, concisa e coerente. O especialista explica que uma solução
pode ser conversada de uma maneira com os funcionários, mas de forma diferente
com os bancos, por exemplo. Esses desalinhamentos, quando existentes, tendem a
diminuir a credibilidade das empresas que, via de regra, já estão com sua
credibilidade parcialmente afetada.
3 – Ajuste a gestão. A crise
diminui o tempo de resposta da gestão. Antes um problema poderia ser analisado,
preparado, acordado, reanalisado e finalmente surgia uma proposta de solução.
Porém, durante uma crise, a disponibilidade de tempo para oferecer soluções é
dramaticamente reduzida. “Se antes você fazia uma reunião mensal com a
diretoria, o prazo agora deve ser semanal ou menor. Se as reuniões tinham
duração de algumas horas, agora elas devem ser feitas em pé, em 15 minutos”,
aponta Flávio Ítavo. O especialista defende que reuniões diárias devem ser
rápidas e reunir todos que fazem parte do nível de liderança. Dessa as soluções
do dia-a-dia passam a ser acompanhadas e os fatos começam a acontecer.
E por último, o especialista defende uma ação que
costuma trazer bons resultados em crises graves, como reduzir os níveis
hierárquicos. Achatar a pirâmide hierárquica costuma “acelerar” a tomada de
decisões e faz com que as decisões top down sejam implantadas facilmente.
Flávio Ítavo | flavioitavo.com.br | flavio_itavo@uol.com.br
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