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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

BOA SAÚDE BUCAL ELEVA A AUTOESTIMA NA TERCEIRA IDADE



Dentista aponta os cuidados e os problemas mais comuns nesta fase da vida e fala sobre o aumento na procura por implantes dentários

De acordo com o IBGE, o número de idosos com 80 anos ou mais pode passar de 19 milhões em 2060, um crescimento de mais de 27 vezes em relação a 1980, quando o Brasil tinha pouco mais de 500 mil pessoas nesta faixa etária. Hoje, o país contabiliza quase 3,5 milhões de pessoas com mais de 80 anos.  Ao mesmo tempo em que os brasileiros estão vivendo mais, há também uma mudança de comportamento. Hoje, os idosos são mais ativos, preocupam-se com a aparência e sonham em abrir mão das dentaduras. Resultado desta tendência foi a criação, em 2001, de uma especialidade dedicada à reabilitação bucal de idosos, a Odontogeriatria. Existe uma idade limite para implantes dentários? Quais cuidados devem ser adotados? Quais são as alternativas para quem chega nessa idade sem os dentes? O dentista, Fernando Ferraz, da clínica Ferraz Odonto, esclarece essas e outras dúvidas.

Implantes dentários e autoestima

Não comer direito e evitar o sorriso são situações comuns entre muitos idosos. O acesso às próteses dentárias dá a eles a possibilidade de se relacionar com outras pessoas sem timidez, melhorar a mastigação, ter uma alimentação mais variada e até mesmo sorrir com espontaneidade como se tivessem dentes naturais. No Brasil, segundo a ABIMO (Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar) 2,5 milhões de brasileiros já se renderam aos implantes dentários em opção às próteses. Até 2020, o número de implantes deve chegar a cinco milhões.

Curiosidades

Idade limite: Ferraz afirma que nenhum idoso tem idade demais para o implante dentário, desde que o paciente tenha ossos adequados para sustentá-lo e que se encontre em boas condições de saúde geral. O especialista não recomenda o procedimento para idosos com anemia, diabetes e hipertensão descontroladas. Pacientes renais crônicos, com hepatite, fumantes ou que possuam osteoporose avançada precisam ser avaliados com bastante critério junto com seus médicos. “O ideal é não deixar o implante para a última hora, pois quanto mais tempo sem dente, menor será a oferta de osso para a colocação de implantes.”

O procedimento: O implante dentário é uma estrutura de titânio posicionada por meio de uma cirurgia no osso maxilar ou mandibular, que fica abaixo da gengiva, para substituir a raiz do dente. Sobre o parafuso osseointegrado, o cirurgião dentista fixa a coroa que funcionará como o dente. “Na maioria dos casos, a integração total do implante ao osso (osseointegração) leva cerca de seis meses para os dentes de cima e quatro para os de baixo”, explica Ferraz. “Também é possível trabalhar com carga imediata em alguns casos. Algumas marcas, dependendo do seu travamento inicial, podem ser ativadas em um ou dois meses.”

Recuperação: Após a cirurgia, o dentista dá as seguintes orientações: “Aplicar compressa gelada ou bolsa com gelo no local até o segundo dia; evitar esforços, exercícios físicos e repousar bastante. Evitar alimentos duros; tomar sorvete; não beber nada quente ou ácido nos primeiros três dias; evitar abaixar a cabeça ou tomar sol; ter cuidado ao enxaguar a boca nas primeiras 24 horas. Ficar atento à forma correta de fazer a higienização; tomar a medicação prescrita; não deitar do lado operado”, conclui, ressaltando ainda que cigarro e álcool devem ser evitados.

O custo: O preço pode variar, já que depende da quantidade de dentes, condições da boca, origem dos materiais (se nacionais ou importados), além de outros fatores como os honorários do cirurgião dentista. O valor médio varia entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, mas é na consulta que o dentista responsável faz a avaliação e dá o preço final.

Dentição saudável por toda a vida

De acordo com o profissional, os dentes podem durar toda a vida, desde que se pratique uma boa higiene bucal. “Muita gente ainda cultiva a falsa ideia de que quando ficar idoso perderá os dentes, como se fosse um processo natural ou algo hereditário. Não é bem assim”, explica ao afirmar que se a pessoa tem o hábito de fazer consultas periódicas a um dentista, escovar os dentes sempre após as refeições com um creme dental com flúor e usar fio dental pelo menos uma vez ao dia, terá grandes chances de chegar aos 90 anos com dentes e gengivas saudáveis.

Doenças dentais mais comuns em idosos

Na terceira idade os problemas mais corriqueiros são a Xerostomia – que é a diminuição da saliva (boca seca), bem frequente em quem toma muitos medicamentos, problemas nas pontes/próteses totais, doenças periodontais, lesões da mucosa bucal (candidíases, leucoplasias, entre outras) e câncer bucal.

O especialista aponta ainda outro problema: “Com o envelhecimento, há chances de que a gengiva comece a retrair e isso faz com que os dentes pareçam mais longos. Esse processo começará a expor a raiz do dente, podendo causar um risco maior de cáries, a chamada “cárie de raiz”, criar uma hipersensibilidade da dentina e ainda levar a perda dental”, aponta.

Fazer visitas periódicas ao dentista é fundamental para tirar todas as dúvidas sobre os procedimentos. E apenas ele é quem poderá indicar o tratamento mais adequado. 




Dr. Fernando Ferraz - Graduado pela Unicid, é especialista em Implantes na FerrazOdonto e YouTuber do canal Como vai esse Sorriso?




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