Os exercícios para o cérebro promovem as ligações
entre os neurônios e ajudam a desenvolver a atenção e a concentração em pessoas
de todas as idades
Inquietude
e desatenção são sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH), mas é preciso tomar cuidado com diagnósticos precipitados, que podem
ter graves consequências para crianças e até para adultos. Mas se seu filho
convive com isso, a ginástica para o cérebro pode ser uma grande aliada.
Antes
de mais nada, é preciso conhecer o transtorno e conseguir identificar os
sintomas. Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na
região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. Esta região é
responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir
comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória,
autocontrole, organização e planejamento.
Para
os especialistas, as alterações nesta região estão relacionadas ao
funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores
(principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as
células nervosas (neurônios).
Essa
troca de informações entre os neurônios pode ser fortalecida quando acontece a
estimulação de determinadas habilidades cognitivas, ou seja, por meio da
ginástica cerebral.
Com
isso, há o aumento do número das redes neuronais e, consequentemente, uma
melhora no desempenho cerebral. Você fica mais criativo, recorda-se de
situações com mais facilidade, além de conseguir manter-se focado por mais
tempo.
No
Brasil, existe uma rede de 300 escolas especializadas em ginástica cerebral
espalhadas por todos os estados. Para Rodolfo Martins, educador do SUPERA São
José dos Campos (SP), a estimulação cognitiva ou ginástica cerebral, já fez a
diferença em muitos casos de alunos com esse diagnóstico.
“Antes
de tudo, o aluno precisa ter um acompanhamento médico. Mas, determinadas
atividades, como os cálculos com o ábaco, por exemplo, exigem concentração do
aluno. E isso faz com que, aos poucos, essa habilidade seja desenvolvida”, diz
o educador.
Com
um acompanhamento individual, o educador consegue identificar os principais
desafios de cada aluno, respeitando o ritmo de aprendizado e evolução.
“Para
cada aula, seguimos um roteiro com atividades diversificadas, estimulantes e
desafiadoras. Mas, alguns alunos têm um ritmo diferente, portanto, trabalhamos
de maneira individual. Por isso, quando um aluno está com dificuldades em se
concentrar no ábaco, intercalamos com as atividades das apostilas e utilizamos
jogos, até que ele se acostume com o grau de dificuldade e possa prosseguir”,
completa.
O
SUPERA não é voltado para pacientes com diagnóstico de doenças degenerativas,
mas eles também podem fazer o curso. Nestes casos, recomenda-se que o aluno
tenha acompanhamento de um médico ou terapeuta. Atualmente, existem
alunos que encontraram no SUPERA mais uma ajuda no processo de reabilitação.
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