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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O agro “salvou a lavoura”



O setor agropecuário deu um alento à economia, mais uma vez, ao derrubar a inflação em 2017 – efeito da queda acentuada no preço dos alimentos. O brasileiro está gastando menos para se alimentar graças ao compromisso do produtor rural em aumentar sua produtividade e assim oferecer alimento de qualidade e barato para a população. Para este ano, a perspectiva é que a inflação continue baixa - também auxiliada pelo agro.

Em 2017, a economia brasileira registrou o menor índice inflacionário dos últimos 20 anos. Medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação fechou 2017 com alta de 2,95% - atrás apenas dos 1,65% registrados em 1998, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Índice que ficou até mesmo abaixo da meta do Banco Central, de 3% a 6%, e que teve como contribuição determinante a queda dos preços do grupo Alimento e Bebidas, que recuou nada menos do que 1,87%.

A queda dos números para a alimentação em domicílio foi maior ainda, alcançando 4,85%. Resultado de uma safra recorde em 2017, com 240,6 milhões de toneladas, resultado 29,5% maior que o de 2016 – o que corresponde a 54,8 milhões de toneladas. Além do crescimento de 13,4% do setor, maior alta em mais de 20 anos.

A última vez que foi registrada essa diminuição de preços dos alimentos foi em 2006, de 0,13%, o resultado mais baixo da série histórica do IBGE até então, iniciada em 1994. Esta deflação é resultado do compromisso e da seriedade do setor agro, que no ano passado quebrou recordes de safra utilizando tecnologia para aumentar a produtividade e poupar recursos naturais.

Um alívio no bolso do consumidor comprovado por dados como o menor preço de alimentos importantes como as frutas, que no ano passado ficaram até 16,52% mais baratas. É a demonstração de que a produção agropecuária não apenas ameniza déficits na Balança Comercial brasileira, mas também dentro de casa, literalmente.

Uma força já conhecida por quem faz parte do setor, mas que mais uma vez reverbera fora da porteira, influi diretamente na qualidade (e quantidade) da alimentação do brasileiro. Não apenas produzimos comida de qualidade, com saudabilidade e sustentabilidade como nos orienta o governador Geraldo Alckmin, mas também ajudamos a recuperação econômica brasileira.

Mais um ótimo motivo para comemorarmos é o já tradicional auxílio na Balança Comercial. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), as 23 principais commodities exportadas pelo País em 2017 responderam por 77% do aumento das exportações de 2016 para 2017 e representaram 52% do total exportado.

Já as exportações de não-commodities experimentaram crescimento inferior ao das commodities atingindo 8,8%, em valor. O bom desempenho das commodities é explicado tanto pelo aumento de 13,8% nos preços quanto pelos 10,5% relativos à expansão em volume, entre 2016 e 2017.

O setor agropecuário aumentou suas importações de bens de capital em 2017 em 39,7%, neste caso, puxado pela safra recorde. E o otimismo deve continuar neste ano, com o IBGE creditando à safra agrícola a responsabilidade de segurar mais uma vez a inflação. A previsão é que a produção brasileira alcance 224,3 milhões de toneladas em 2018 - a segunda maior da história.

Mais um bom resultado de um trabalho permanente e compromissado do nosso produtor rural – que alimenta a população e a retomada econômica brasileira.







Arnaldo Jardim - secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e deputado federal PPS/SP (licenciado)





 

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