Campanha dos Conselhos de Farmácia busca
desestimular que a população busque informações sobre medicamentos na internet
ou indicações de leigos
A orientação da campanha promovida pelos Conselhos de Farmácia do país é não usar medicamentos sem orientação profissional e consultar sempre o farmacêutico. A iniciativa visa, também, colaborar com a meta da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) em seu desafio global, de reduzir em 50% os danos graves e evitáveis provocados pelo mau uso dos medicamentos nos próximos cinco anos. Segundo a OPAS/OMS, os erros de medicação causam pelo menos uma morte todos os dias e prejudicam aproximadamente 1,3 milhões de pessoas, anualmente, apenas nos Estados Unidos. Os números são semelhantes nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil.
Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Marcos Machado, é importante que as pessoas se conscientizem que o consumo de medicamentos sem orientação pode causar sérios problemas à saúde. "É importante que a população saiba que toda a farmácia tem um farmacêutico, um profissional de saúde plenamente capacitado para orientar as pessoas, esclarecer dúvidas e com isso utilizar os medicamentos com segurança e obter sucesso em seus tratamentos", reitera Marcos Machado.
Já o presidente do Conselho Federal de Farmácia,
Walter Jorge, destaca que os farmacêuticos têm papel estratégico e fundamental
na prevenção da automedicação. Por isso, desde 2012, os conselhos têm
trabalhado por um contato cada vez maior dos farmacêuticos com a população.
Mudanças na regulamentação profissional e na legislação ampliaram a prática do
cuidado à saúde nas farmácias, que são obrigadas a contar com o farmacêutico
durante todo o seu período de funcionamento. "Estamos à disposição para
contribuir", frisa, destacando, também, a recente liberação pela Anvisa,
da aplicação de vacinas nesses estabelecimentos.
Prevenir erros relacionados ao uso de medicamentos, além de salvar vidas, evita uma enorme e desnecessária pressão sobre os orçamentos de saúde. Levantamento recente feito pelo farmacêutico Gabriel Freitas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), indica que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta R$ 60 bilhões por ano para tratar consequências negativas do uso de medicamentos no Brasil. A cada real gasto no fornecimento, o governo gasta cinco reais para tratar morbidades relacionadas a medicamentos. E metade dos casos seriam evitados com uma supervisão mais cuidadosa e efetiva do uso destes, segundo o pesquisador.
A campanha está sendo realizada por meio de anúncios
em jornais e revistas impressos, banners para internet e outdoors, spot para
rádio e um filme de 30 segundos para TV, salas de cinema e redes sociais.
Incluiu, ainda, uma ação intitulada "Farmacêuticos Fakes",
na qual pessoas comuns e populares nas redes sociais postaram em seus perfis
pedidos de informações sobre medicamentos. O resultado será divulgado em vídeo,
mostrando a enorme quantidade de dicas dadas por amigos e familiares pelas
redes sociais e a importância de evitar a automedicação.
CAMPANHA PELO DIA 20 DE JANEIRO – DIA DO FARMACÊUTICO
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