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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Pesquisa da SBOC aponta que brasileiro ainda não adota comportamento preventivo em relação ao câncer de próstata



Levantamento da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica mostra que apenas 1 em cada 5 homens realiza exames para identificar precocemente a doença


Apesar de campanhas massivas de informação como a celebração do Novembro Azul, o brasileiro ainda não adota ações efetivas de combate ao câncer de próstata. Esta é a uma das conclusões identificadas na primeira pesquisa proprietária da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o “Panorama sobre Conhecimento, Hábitos e Estilo de Vida dos Brasileiros em relação ao Câncer”, na qual foram ouvidas mais de 1,5 mil pessoas, sendo 723 entrevistados do sexo masculino.

De acordo com a pesquisa, o câncer de próstata é a variedade da doença que tem maior incidência na população masculina – um a cada 4 homens (24%) já foi ou conhece alguém que foi diagnosticado. Por conta do grande contato e pelas diversas campanhas de prevenção, 67% sabem que deveriam fazer exames de próstata e 42%, que deveriam passar por exames de PSA. No entanto, na hora de colocar na prática essa atitude preventiva, os números despencam. Apenas 22% dos brasileiros fazem exame de próstata e 20% de PSA. “Este é um dado bastante preocupante, em especial, porque as taxas de conversão, ou seja número de brasileiros que sabe que deveria fazer exames e não os faz, é extremamente alta”, afirma o Dr. Volney Soares, oncologista clínico e Diretor da SBOC.

Entre os estados com melhores índices de informação a respeito da necessidade de se fazer exames de próstata, apresentam as melhores notas os estados do Acre (93%), Distrito Federal (86%) e Paraná (82%). No contraponto, Mato Grosso (33%), Rondônia (40%) e Maranhão (47%) registraram os piores índices.

Já no caso do PSA, paraibanos e alagoanos demonstraram os melhores níveis de reconhecimento (empatados com 57%), enquanto dois estados do Centro-Oeste brasileiro tiveram os piores índices: Mato Grosso, com apenas 7% de reconhecimento da necessidade de fazer este tipo de exame, e Mato Grosso do Sul (21%).

Além de os dados referentes à prevenção do câncer de próstata não serem positivos, o estudo mostrou uma situação ainda mais preocupante em relação à saúde do homem. “De modo geral, foi possível perceber que o homem brasileiro hoje só se preocupa minimamente com a próstata e não tem nenhuma iniciativa preventiva em relação a outros tipos de câncer de alta incidência, como pulmão, ânus e estômago”, afirma Soares.




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