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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Pedline alerta sobre testes que devem ser feitos após o nascimento do bebê



A realização dos testes ajuda a diagnosticar correta e precocemente uma série de doenças

Quando um bebê nasce, deve ser submetido a uma série de testes que vão verificar se ele tem algum problema de saúde. Alguns deles, como o Teste do Pezinho e da Orelhinha, são obrigatórios e previstos em lei. No entanto, há outros tipos de que testes, que podem ser feitos de maneira simples, para detectar graves problemas. Com o diagnóstico precoce, é possível corrigir a maior parte dos casos. Por este motivo, o Portal Pedline, criado por pediatras para ajudar os pais com informações seguras sobre saúde na infância e adolescência, está fazendo um alerta para que as famílias dos recém-nascidos tenham conhecimento e solicitem esses testes ao pediatra.
“Em muitos casos, basta fazer um exame clínico, simples, para detectar um problema importante”, explica o coordenador do Portal Pedline, Rogério Fortunato de Barros. “Pais e pediatras precisam ter ciência do quanto esses testes são importantes e decisivos, já que o diagnóstico precoce facilita o tratamento”, afirma Barros. “Nós percebemos que muitas crianças buscam o tratamento tardio porque os pais não descobriram a doença antes”, completa.
Seguem os testes que devem ser feitos após o nascimento do bebê:
OBRIGATÓRIOS:
Teste do pezinho básico – exame oferecido pelo SUS, é capaz de identificar 6 doenças que podem interferir no desenvolvimento físico, neurológico e motor. Entre as doenças estão a  Fenilcetonúria (PKU), Hipotireoidismo Congênito (HC) Primário, Doenças Falciformes (DF) e outras Hemoglobinopatias, Fibrose Cística (FC), Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) ou Hiperplasia Congênita da Supra Renal e Deficiência de Biotinidase (DB). Este teste deve ser feito 48 horas após o nascimento do bebê até o 5º dia de vida, através da coleta de sangue do calcanhar. Os pais também podem optar pelo teste do pezinho ampliado, que também detecta deficiência de G6PD, galactosemia, leucinose e toxoplasmose congênita, ou pelo teste do pezinho Super, que é capaz de detectar até 48 patologias. Estes dois últimos, no entanto, são particulares.
Teste da orelhinha – O Teste da Orelhinha é um teste simples, que tecnicamente se chama “Teste da presença de emissões otoacústicas”. Através dele, pode-se saber se o bebê ouve, ainda que nos primeiros dias de vida. É um exame rápido e sem desconforto. O fonoaudiólogo coloca um aparelho de Emissões Otoacústicas Evocadas, que produz estímulos sonoros leves e mede o retorno desses estímulos de estruturas do ouvido interno. Caso sejam identificadas alterações, o bebê deve ser encaminhado a um especialista para que sejam feitos exames complementares.  Desde 2010, é determinado por lei que nenhuma criança saia da maternidade sem ter feito o teste, que é gratuito.
Teste da linguinha – é obrigatório desde 2014 em todos os hospitais e maternidades. É um exame padronizado, que tem como objetivo diagnosticar e indicar o tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua, causadas pela língua presa, que podem comprometer as funções de sugar, engolir, mastigar e falar. O teste é simples, basta elevar a língua do bebê para verificar o frênulo.
Tipagem sanguínea – este teste é importante para casos de emergência médica em eventuais casos de transfusão de urgência. É obrigatório e realizado gratuitamente pela rede pública.
NÃO OBRIGATÓRIOS, MAS QUE DEVEM SER SOLICITADOS:
Teste do olhinho –deve ser feito na primeira semana de vida do bebê e é importante para detectar alterações oculares, como a catarata e o glaucoma congênito. Ele é obrigatório apenas em algumas cidades. Um feixe de luz é direcionado nos olhos da criança e, se eles forem saudáveis, emitirão uma cor avermelhada e contínua.
Teste do coraçãozinho – O teste permite identificar precocemente se o bebê tem alguma doença grave no coração e, em caso positivo, o paciente é submetido ao exame de ecocardiograma para confirmar o diagnóstico. O procedimento é simples, rápido e indolor. Consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro - espécie de pulseirinha - instalado nos primeiros dias de vida no pulso e no pé. O exame deve ser realizado ainda na maternidade, antes da alta.
Teste do quadril – trata-se de um exame de prevenção realizado horas após o nascimento do bebê. Pode detectar doenças e impedir que elas se desenvolvam antes mesmo de se manifestarem os primeiros sintomas. O Teste de Ortolani, como também é chamado, tem por objetivo avaliar, por meio de flexões das perninhas das crianças, a estabilidade do quadril, mostrando se há luxação. O termo mais utilizado hoje para esta doença é: Displasia do Desenvolvimento do Quadril. Não diagnosticar precocemente pode acarretar doenças importantes na vida adulta, como a dor decorrente do encurtamento do membro e a osteoartrose precoce.
Teste da bolinha – é destinado apenas para meninos e deve ser feito nos primeiros dias de vida para detectar precocemente a criptorquidia (Posição anômala do testículo). O teste é feito através da palpação dos testículos do bebê. A detecção precoce é importante para que a cirurgia possa feita, preferencialmente, ainda no primeiro ano de vida. Se o problema não for corrigido precocemente, aumentam as chances de infertilidade e tumores no testículo não descido.


 

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