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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito busca conscientizar população




  shutterstock
OMS recomenda limite de 50 km/h para reduzir mortes no trânsito


O Dia em Memória das Vítimas de Acidente de Trânsito (DMMVT) foi criado em 1993, no Reino Unido, e, desde 1995, é comemorado no terceiro domingo de novembro. Neste ano, a data foi lembrada no último dia 19. O objetivo principal é conscientizar a sociedade sobre a importância da redução do número de vítimas do trânsito. 

O portal oficial do DMMVT numerou as seis maiores causas de mortes no trânsito, que devem ser tomadas como base para prevenção. São elas: excesso de velocidade, associação de bebida alcóolica e direção, falta do uso de cinto de segurança, falta de equipamento de segurança para as crianças, falta do uso do capacete e uso do celular ao volante. 

O excesso de velocidade, a primeira causa elencada, pode ser combatida com a conscientização dos motoristas e também com a implantação de equipamentos de fiscalização eletrônica de trânsito. Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons, empresa especializada em gestão de trânsito e inventora da lombada eletrônica, conta que os radares, como são de modo geral conhecidos, acabam por inibir o condutor a praticar altas velocidades, induzindo-os a respeitar o limite imposto em cada via. Isto evita, consideravelmente, os números de acidentes e vítimas de trânsito. Além disso, muitos desses dispositivos possuem outras funções, como registrar avanço de sinal vermelho, circulação em faixa exclusiva e conversões proibidas. “A aplicação dessa inteligência multifuncional torna o trânsito mais seguro e democrático”, pondera. 


Tecnologia em favor da vida
 
Adotada hoje em larga escala - e extrapolando as fronteiras do território nacional, estando em países como Peru, Equador e Colômbia -, a lombada eletrônica evitou, conforme estudo do Ibmec/RJ, mais de mil mortes e de 12 mil acidentes nas rodovias federais brasileiras somente no ano 2004. 

O mesmo estudo aponta que a cada equipamento de fiscalização instalado são evitados cerca de três óbitos e 34 acidentes por ano.  “Por essa base podemos estimar que, até 2016, nossa atividade poupou cerca de 70 mil vidas no Brasil. São números que nos deixam muito satisfeitos e nos fazem ter a certeza de estarmos contribuindo para que cada vez menos pessoas sejam lembradas em datas como essa, do Dia em Memória das Vítimas de Acidente de Trânsito”, afirma o diretor da Perkons. 


Velocidade segura x vítimas do trânsito
 
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a velocidade excessiva ou inapropriada é responsável por um em cada três óbitos por acidentes de trânsito no mundo - são 1,25 milhão de mortes por ano. O levantamento ainda apontou que 40 a 50% dos motoristas ultrapassam os limites de velocidade impostos.

50km/h é a velocidade recomendada pela OMS como segura no trânsito. Um estudo do Departamento de Tráfego Britânico demonstra que em um acidente a 32km/h, 5% dos pedestres atingidos morrem, 65% sofrem lesões e 30% saem ilesos. Já num acidente em que a velocidade é de 64km/h, 85% dos pedestres morrem e os outros 15% sofrem lesões. 

Aqui no Brasil, no primeiro semestre de 2017, o número total de indenizações por acidentes de trânsito caiu 9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram 18.147 indenizações a menos. Os dados são da Seguradora Líder-DPVAT, responsável pela operação do Seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). Mas, em compensação, as indenizações por morte aumentaram 27% no mesmo período. No total, foram 19.367 pagas para herdeiros de vítimas fatais. 

“A ONU afirma que se não houver medidas para mudar esta realidade, os acidentes de trânsito devem se tornar a 7ª causa de morte no mundo em 2030. Todos precisam se conscientizar e fazer a sua parte. Todos os esforços são necessários. É urgente tornar o trânsito mais humano e mais seguro”, finaliza Luiz Gustavo. 




Giovana Chiquim




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