ossiê
inédito da agência nova/sb traça panorama de como o tema vem sendo
tratado nas redes sociais. Setembro Amarelo é o mês de conscientização
sobre a importância de abordar a questão do suicídio
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Os
números são angustiantes. De acordo com dados da Organização Mundial de
Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil, ou uma a cada 45
minutos, o que faz do país o oitavo com mais suicídios do planeta. Mas o
problema é bem maior, por conta do silêncio da sociedade em torno do
tema. Se em alguns dos países com maior incidência de suicídio a taxa
está estável, no Brasil ela tem crescido.
Confira a íntegra do dossiê no: http://dossie.comunicaquemuda.com.br/suicidio No geral, o jogo Baleia Azul estava na maior parte das menções, com 59,9%. A série 13 Reasons Why, ficou com 26,6%. As menções sobre depressão somaram 7,7%, enquanto os comentários intolerantes em relação ao suicídio ficaram com 4,1%. Outros assuntos somaram 1,7%. O estado que concentrou a maior parte das menções nos dois meses da pesquisa foi o Rio de Janeiro, com 27,5% do total. Na sequência, São Paulo, com 17,9%, e Minas Gerais, com 9,9%. Também tiveram destaque o Pará (5,6%), o Rio Grande do Sul (5,5%) e Santa Catarina (4,8%). "As redes sociais surgiram há pouco tempo, mas entraram no cenário social com um forte chute na porta. Em poucos anos, tomaram conta de muitas horas gastas na web. Depois delas, mudamos muito a maneira com que nos relacionamos, e até como vemos a importância das nossas relações. Apesar de mais conectados, observamos que a abordagem sobre o suicídio ainda é muito superficial. Se de um lado, menos de 30% dos internautas que comentaram o assunto demonstraram alguma conscientização, por outro quase 20% do conteúdo das redes são de mensagens preconceituosas, que reforçam o tabu, incentivam o comportamento autodestrutivo ou impedem o socorro por quem passa esse problema", destacou a coordenadora-geral do Comunica Que Muda, Bia Pereira. Faixa etária – No Brasil, os idosos apresentam as maiores taxas, com oito suicídios para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Mapa da Violência. A causa mais comum, com aproximadamente 70% dos suicídios nessa fase, é a depressão, muitas vezes não diagnosticada ou tratada inadequadamente. Psicoses e abuso de drogas, principalmente o álcool, também estão entre os motivos mais frequentes. "Entretanto, é entre os jovens que as taxas apresentaram o maior crescimento, de 2002 a 2012, o que preocupa bastante. Ninguém é culpado por um suicídio. Ele não é previsível, mas pode ser prevenido. O suicídio tem sido tabu por um longo tempo e as taxas continuam crescendo. Não falar não está ajudando. Não tratar um problema não faz com que ele desapareça. Ao contrário, apenas permite que cresça no escuro. Por isso, precisamos derrubar esse tabu. Esta inclusive é a orientação dos especialistas e da própria Organização Mundial de Saúde (OMS)", destaca Bia Pereira, da nova/sb. Outros dados - Segundo o Mapa da Violência, entre 2002 e 2012, o total de suicídios passou de 7.726 para 10.321, um aumento de 33,6%, o triplo da taxa de crescimento da população, que ficou em 11,1%. São 5,3 casos para cada 100 mil habitantes. O índice fica acima do de outras formas de mortes violentas no mesmo período, como homicídios (2,1%) e acidentes de trânsito (24,5%). Coisa da nova/sb - Entre as maiores agências de publicidade do País, ganhou um Leão no Festival de Cannes, com a campanha #SonsdaConquista para a CAIXA. Em maio deste ano, também foi premiada com três Clio Awards, o Globo de Ouro da publicidade mundial. Em 2016, foi eleita a Agência do Ano pelos Colunistas Brasil e recebeu o Prêmio Pró-Ética do Ministério da Transparência e do Instituto Ethos, sendo a única do setor a contar com tal chancela. Conta com escritórios em São Paulo, Brasília, Cuiabá e Rio de Janeiro, somando mais de 180 profissionais. É responsável pela iniciativa de Comunicação de Interesse Público, o Comunica Que Muda, que tem aprofundado a discussão sobre temas polêmicos e de grande impacto. Os temas são: descriminalização da maconha, suicídio, lixo, uso do carro e intolerância. O CQM tem uma forte presença digital, com blog (www.comunicaquemuda.com.br) e redes sociais (Youtube, Twitter, Facebook, Instagram e Pinterest). Esta iniciativa segue tradição pioneira iniciada em 2006 pela agência de contribuir com os debates e transformações sociais. |
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quinta-feira, 21 de setembro de 2017
Suicídio: tabu na mídia tradicional bomba na internet
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