Médico do
Hospital Samaritano (Barra da Tijuca) explica como prevenir e tratar as temidas
lombalgias
Principal causa de
afastamento do trabalho, de acordo com o Ministério da Previdência Social, as
dores lombares (ou lombalgias, que ocorrem na parte inferior da coluna
vertebral) lideram o ranking de auxílios-doença por impossibilidade de
realizar atividades profissionais por mais de duas semanas. Esses problemas,
conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS), atingem mais de 80% da
população mundial. Se não forem tratadas adequadamente e não tiverem o devido
acompanhamento especializado, essas dores podem piorar e culminar até na
necessidade de realização de cirurgias de alta complexidade.
O médico Roberto Feres,
coordenador do Núcleo de Ortopedia do Hospital Samaritano (Barra da Tijuca),
explica que o surgimento das dores lombares pode estar relacionado a questões
degenerativas, como a hérnia de disco, além de alterações mecânicas ou males
decorrentes de questões posturais, estresse e traumatismos. Outras causas são
as infecções urinárias, os cálculos renais, a endometriose e o herpes-zóster.
“Os sintomas de dor na coluna impactam bastante a qualidade de vida das
pessoas. Embora sejam causados por diferentes fatores, quando não avaliados por
equipe médica, podem, inclusive, prejudicar as atividades laborais dos
pacientes”, diz.
O especialista explica que
existem algumas formas de prevenir os males de coluna e que, quanto mais cedo
essas medidas forem adotadas, menores serão as chances de surgimento de
problemas. “As recomendações envolvem o fortalecimento muscular por meio de
exercícios acompanhados por profissionais, alongamentos e controle do peso”,
diz o médico, acrescentando que, nas situações em que a dor já existe, é
preciso investigar as causas do desconforto para que a conduta assistencial
seja definida. “Poderá ser necessário o uso de medicamentos específicos, assim
como a reabilitação, com a realização de fisioterapia, infiltrações e, nos
casos mais graves, cirurgias”, alerta.
Sobre os procedimentos
cirúrgicos, Feres observa que, antes de se pensar em uma intervenção na coluna,
outras medidas são indicadas. “Até para os casos
mais críticos, a recomendação é lançar mão de todas as possibilidades de
terapia e, só em último caso, quando todas as alternativas foram esgotadas,
realizar a cirurgia”, finaliza.
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