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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Depressão: 11,5 milhões de brasileiros sofrem com a doença



De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 322 milhões de pessoas no mundo sofrem com a depressão. E estima-se que 11,5 milhões de brasileiros, 5,8% da população, sejam afetados pela doença. Até 2020 pode ser a primeira causa de afastamento do trabalho no mundo.

“A doença pode ser bastante incapacitante e atrapalhar a rotina. Os sintomas variam bastante, mas geralmente a pessoa sente uma tristeza profunda, com desinteresse em atividades que gostava. Pode também apresentar alterações no sono, diminuição do desejo sexual ou pensamentos negativos que podem envolver morte, automutilação ou suicídio”, afirma Dr. Rafael Brandes Lourenço, especialista em psiquiatria, psicogeriatria e medicina do sono pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

O médico destaca que campanhas de prevenção à depressão são importantes para aumentar a discussão sobre a saúde mental. “A depressão tem tratamento e a avaliação do especialista é essencial para obtermos um diagnóstico correto.  É preciso verificar se os sintomas são realmente compatíveis com a depressão, já que existem dezenas de condições que imitam a doença, como o hipotireoidismo por exemplo”, explica o Dr. Rafael.

De acordo com o especialista, o tratamento pode incluir medicamentos como os antidepressivos, a psicoterapia e tratamentos biológicos como a estimulação magnética transcraniana (EMT) ou eletroconvulsoterapia (ECT). Nas primeiras fases do tratamento há um risco mais alto dos retornos dos sintomas depressivos. Por isso, existe a orientação de manter o uso de antidepressivo por aproximadamente um ano após a remissão do quadro. “O correto é que sejam reduzidos de forma gradual e suspensos com supervisão médica, para diminuir o risco de recorrência“, diz o médico. 

Como a depressão traz um sofrimento mental muito grande, a psicoterapia acaba por fornecer um apoio importante, principalmente numa fase crucial, que é a de ajuste medicamentoso. “A psicoterapia pode ainda auxiliar a identificar e modificar pensamentos e atitudes que contribuem com a doença”, completa Dr. Rafael.






Dr. Rafael Brandes Lourenço – é psiquiatra pelo Hospital do Servidor Público Estadual e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Psicogeriatra e médico do sono pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). 




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