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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Saúde hormonal ginecológica e a fertilidade da mulher



Exames em dia, ciclos regulares e índices de hormônio normais não são sinônimos de boa fertilidade. Prognóstico é dado unicamente pela idade do óvulo


A fertilização in vitro é uma opção de tratamento disponível para as mulheres que decidiram adiar a maternidade, por uma série de fatores como a busca por estabilidade financeira, amorosa ou profissional, e agora encontram dificuldades para engravidar. No entanto, as taxas de sucesso do procedimento realizado em laboratório diminuem muito com o avanço da idade, mesmo para aquelas que gozam de perfeita saúde hormonal ginecológica.

“Muitas mulheres acima dos 40 anos chegam ao consultório com a ideia de que vão engravidar facilmente por meio da Fertilização In Vitro, apenas por serem consideradas saudáveis sob o ponto de vista ginecológico. O que elas não sabem é que ter ciclos menstruais regulares e hormônios dentro dos índices considerados normais, não é fator determinante na fertilidade. O que determina a fertilidade é a idade dos óvulos, isto é, a idade da paciente”, explica Dr. João Pedro Junqueira, Presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana – SBRH.

Segundo o médico, não existe hoje exame para detectar a saúde do óvulo, o prognóstico da fertilidade é dado unicamente pela idade da mulher.   “Mulheres com menos de 30 anos têm 60% de chance de ter filhos, aos 40, o número cai para 20% e, após os 42, a fertilização in vitro com os próprios óvulos é muito pouco eficaz”, explica. Para esses casos, o aconselhável é a doação de óvulos. 

Nesse tipo de tratamento, os óvulos de uma doadora com 35 anos ou menos são fertilizados com os espermatozóides do parceiro que irá receber a doação. Após formar os embriões, eles são transferidos para o útero da receptora.


Planejamento

Mesmo se não tiver planos de engravidar na idade atual, toda mulher adulta deve conversar com seu ginecologista sobre fertilidade e, de preferência, procurar um especialista em medicina reprodutiva para fazer exames que avaliem a reserva ovariana.  “Deve-se pensar no congelamento de óvulos e realizar o procedimento entre 29 e 34 anos. A partir dos 35, a quantidade e a qualidade dos óvulos caem, diminuindo a chance de gravidez”, diz Dr. João Pedro.  Isso porque as mulheres já nascem com um estoque definitivo de óvulos, que são desperdiçados naturalmente a cada ciclo menstrual. Além disso, após os 30 anos, o risco de surgir doenças que podem levar à infertilidade, como endometriose, infecções e mioma, aumenta significativamente. 


Confira nos gráficos





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