O envelhecimento pode ser
muito mais tranquilo quando há o acompanhamento do especialista correto
A média de expectativa de vida dos
brasileiros subiu de 62,5 anos em 1980 para 73 em 2010, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para que seja possível
atingir essa desejada longevidade com qualidade de vida, a busca por um
profissional geriatra deve ser a mais precoce possível. Dúvidas como: “que tipo
de médico devo procurar para tratar este sintoma?”, “não aguento mais ir
a tantos médicos, será que não há um médico que resolva a maior parte dos meus
problemas?”, podem ser solucionadas por esse especialista que, ao contrário do que
a maioria das pessoas pensam, não precisa ser procurado a partir de uma idade
exata.
Segunda Aline Thomaz, geriatra da Rede de
Hospitais São Camilo de São Paulo, embora haja aumento da expectativa de vida,
homens e mulheres vivem boa parte desses anos com incapacidades importantes e
ainda há o preconceito em relação ao processo natural do envelhecimento, que
faz com que uma parte das pessoas considere que só devem ir a um especialista
quando se sentem mais velhas. “O geriatra está habilitado a tratar de situações
complexas do processo de envelhecimento. Isso significa que ele irá avaliar
aspectos físicos, mentais e psicossociais, com o objetivo de detectar as
incapacidades, fazer o planejamento terapêutico e a reabilitação, focalizando
não só no diagnóstico e tratamento de doenças específicas, mas principalmente
na manutenção e recuperação da capacidade funcional.”
Com conhecimento em todas as áreas do corpo
humano – desde o cérebro até as unhas do pé - o geriatra trata de doenças
clínicas como: hipertensão arterial, diabetes, osteoporose, Alzheimer, acidente
vascular encefálico, incontinência urinária, tonturas, quedas e tudo que possa
interferir na qualidade de vida da pessoa idosa, atuando também no campo dos
cuidados paliativos, com foco no bem-estar dos portadores de doenças sem
possibilidade de cura.
Aline explica que é comum que as pessoas
tenham muitas dúvidas sobre o momento exato de procurar o geriatra, mas que é
necessário dar atenção a pequenos sinais do corpo que podem aparecer antes dos
60 anos. “Postergar a ida ao especialista pode ser, sim, um problema,
especialmente quando muitas coisas são consideradas “naturais do processo de
envelhecimento” e, na verdade, não são. Como, por exemplo: lapsos de memória
frequentes, perda de urina de forma involuntária, quedas, idas frequentes ao
pronto-socorro, isolamento em casa, entre outras”.
Por outro lado, muitas pessoas não apresentam os sintomas comuns do
envelhecimento, mas chegam à vida idosa com muitas doenças que podem
incapacitar e dificultar a qualidade de vida. “Quando o idoso apresenta três ou
mais doenças crônicas instaladas, recomenda-se centrar o seu cuidado com um
geriatra. É recomendável também que seja realizada uma Avaliação Geriátrica
Ampla (AGA), onde o paciente será avaliado globalmente, seus órgãos e sistemas
serão vistos de forma integrada, juntamente com a sua capacidade funcional e
aspectos sociais, psicológicos e culturais.”
Nas unidades da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, os pacientes
são atendidos dentro das melhores práticas, fazendo com que ele tenha o
acompanhamento do geriatra desde a sua entrada até o recebimento da alta,
realizando a Avaliação Geriátrica Ampla. Dessa forma, o médico fica responsável
pelos encaminhamentos e análises necessárias para o paciente, possibilitando a
visão global de cada caso e diminuindo o período de tratamento dentro do
Hospital. Em casos de internação, uma equipe multidisciplinar empenhada em sua
recuperação e restabelecimento da sua saúde fica à disposição do paciente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário