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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

"O pensamento enxuto em tempos de crise"



Retração no volume de vendas, de negócios efetivados, e redução na procura por alguns serviços, esse é o ônus que a crise que o Brasil atravessa deixa para vários setores. Mas será que a estagnação do mercado é mesmo causada exclusivamente pelo cenário macroeconômico? A crise acarreta inúmeros problemas, mas também é uma oportunidade para rever a forma como empresas estão gerindo seus projetos, seus funcionários e principalmente qual cultura cultivam dentro das organizações. A volubilidade obriga a revisitação a velhos - e muitas vezes nem tão bons -, costumes, o caminho é quase sempre ‘enxugar’. Enxugar gastos, enxugar fornecedores e, muitas vezes, enxugar o quadro de funcionários.

Mas, melhor do que desligar funcionários, fazer uma análise verdadeira e profunda da utilização do tempo do colaborador e da sua capacidade produtiva talvez seja o melhor caminho para resultados efetivos. Priorizar demandas com base na geração de valor, simplificação de processos, adequação da capacidade de entrega dos colaboradores e entrada de demandas no momento adequado se mostram como uma solução viável para melhoria de performance baseada em pessoas.

O método Lean Service faz isso, estimula as pessoas a serem disciplinadas e proativas, a terem mais autonomia de ação e a evidenciarem os erros cometidos em seus processos de gestão de forma aberta e sem constrangimento, o que torna viável encontrar soluções para os problemas. O foco dessa filosofia está nas pessoas. É por meio do pleno envolvimento dos colaboradores com o trabalho da empresa que é possível vislumbrar oportunidades de melhorias contínuas e ganhos sustentáveis.

Se trabalhar com os recursos certos no tempo certo é importante para empresas que não enfrentam dificuldades, incorporar um pensamento enxuto em tempos de crise parece fazer ainda mais sentido. O Lean Service tem o objetivo de melhorar o desempenho das organizações, transformando a maneira como as pessoas gerenciam e resolvem problemas.

O Lean busca, antes de mais nada mais eficiência na gestão e permite às empresas e profissionais que atuam segundo o método fazerem mais com menos, com mais qualidade, agilidade, sustentabilidade e de forma segura e adaptável. A filosofia do Lean prega a eliminação de desperdícios, fazer sempre mais e melhor. O modelo de gestão baseado nesse pensamento propõe também uma dinâmica de solução de problemas, ou seja, de melhoria contínua mirando sempre nas oportunidades e como é possível melhorar a entrega.

Com a implementação do ‘pensamento enxuto’ as empresas passam a ter mais consciência das suas atitudes e isso agiliza o processo de tomada de decisão, uma vez que eles passam a ser realizados por um método que controla a produção ou execução de tarefas, permitindo um fluxo de trabalho regular, ininterrupto, sem atrasos ou retrabalho.

Produzir a partir do pensamento Lean requer das pessoas colocarem-se no lugar do cliente, enxergarem a partir da ótica dele. Valor é o que gera valor pra ele.

 Com esse entendimento deve-se melhorar a sequência de atividades que geram valor para o cliente; depois essas atividades devem ser realizadas ininterruptamente. As demandas devem ser realizadas sempre que alguém solicita – demanda puxada e não empurrada, e de forma cada vez mais eficaz.

Fazer parte do movimento Lean não é apenas adaptar-se a novos métodos ou novas ferramentas de trabalho. É adaptar-se a uma nova cultura. Lean requer um comprometimento permanente de todos para que sejam alcançadas melhorias de processos e, acima de tudo, mudanças no comportamento das pessoas.






Nathalia Hauache - diretora da Ekantika (www.ekantika.com.br), consultoria especializada em catalisar processos de mudanças, avaliar e potencializar modelos de gestão, desenvolver e implementar soluções sob medida. Responsável pela Ekantika Academia de Performance, braço da empresa que disponibiliza às mais diferentes esferas das organizações treinamentos com conteúdos customizados, ministrados por um time de especialistas, com o objetivo de transformar o aprendizado em resultados para o negócio, Nathalia tem uma carreira construída em grandes companhias do varejo financeiro, como Itaú e HSBC, além de empresas de consultoria de negócios. Além da Academia de Performance, a profissional dirige na Ekantika projetos de Estratégia, Cultura, Change Management, Transformação Digital, Governança e Six Sigma.





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