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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Gestantes: gengivite, erosão do esmalte, cáries e xerostomia são alguns dos problemas bucais mais recorrentes



Fazer um pré-natal odontológico também é fundamental para garantir a saúde da mãe e o bom desenvolvimento do bebê, inclusive evitando partos prematuros, já que estudos apontam para uma ligação entre periodontites e complicações na gestação. 


A gravidez é um período na vida da mulher que requer inúmeros cuidados, inclusive com a higiene bucal, que deve ser considerada como parte do pré-natal. Isso porque existe uma relação entre doenças periodontais, parto prematuro e nascimentos de bebês com baixo peso, segundo o pesquisador da Universidade Regional de Blumenau, João Luiz Gurgel.

Estágio avançado da inflamação dos ligamentos e ossos que fixam os dentes à gengiva, a gengivite, por exemplo, é uma doença geralmente causada pela presença da placa bacteriana, que se acumula na superfície dentária quando a higiene bucal não é realizada de maneira adequada e, no caso das gestantes, acaba sendo um problema comum, pois ao realizar a escovação, muitas mulheres sentem náuseas. Nesta inflamação, as toxinas geradas podem entrar na corrente sanguínea e prejudicar a gravidez.

De acordo com o dentista, Rodrigo Tanajura, de São Paulo, SP, durante a gestação os dentes e a gengiva necessitam de cuidados especiais, por meio da higiene bucal adequada, com o uso diário do fio dental. “Alimentação equilibrada e visitas periódicas ao dentista são medidas que ajudam a reduzir os problemas que acompanham a gestação.”


Principais problemas

Durante a gravidez, além da gengivite, provinda do acúmulo de placa bacteriana que se deposita nos dentes, a erosão do esmalte é comum e também acontece pela dificuldade que algumas mulheres têm de manter uma boa higienização, especialmente por conta dos enjoos matinais. “Em conjunto com a náusea, os ácidos se deixados na boca, podem causar erosão nos dentes. Por isso, é importante enxaguar a boca com água ou fluoreto para diminuir os efeitos dos ácidos", informa.

Outro problema bastante comum neste período é a xerostomia, conhecida como boca seca, que pode provocar cáries e infecções. Para evitá-las, beber água em abundância, para permanecer hidratada, e mastigar chiclete sem açúcar, para aumentar a produção de saliva, são boas práticas. “Manter os dentes sempre limpos, especialmente na região do colo dentário, reduz significativamente o risco de gengivite durante a gravidez.”

Substituir doces por alimentos integrais, como queijo, verduras e frutas frescas também são dicas para auxiliar na saúde dos dentes.


Quando ir ao dentista?

De acordo com Tanajura é primordial informar ao dentista sobre a gravidez e fazer um acompanhamento desde o início, sendo mais confortável para a paciente realizar algum tratamento no segundo trimestre, devido à diminuição das náuseas. Além disso, nos três primeiros meses está em formação o tubo neural da criança, sendo que a anestesia e o raio-x, por exemplo, podem prejudicar o desenvolvimento. “No último trimestre da gestação, o estresse associado com a consulta pode aumentar a incidência de complicações pré-natais”, comenta. Segundo o profissional, analgésicos e antibióticos também não devem ser receitados durante os três primeiros meses, a não ser que sejam extremamente necessários. “Além disso, sentar-se na cadeira de dentista ao final da gravidez não é uma tarefa fácil.”

Em caso de emergência, avise, antes de chegar ao consultório sobre seu estado, informando qualquer tensão que estiver sofrendo, abortos naturais anteriores e medicamentos que esteja tomando. “Estas questões podem influenciar na maneira pela qual o dentista irá tratar a paciente, sendo bem provável que ele entre em contato com o obstetra antes de iniciar qualquer tratamento.”




Dr. Rodrigo Tanajura – CROSP 47918 - especialista em prótese dental e pós-graduado em reabilitação oral.

Fonte: Dental Cremer 




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