Incidência de infarto é duas
vezes maior no homem até 54 anos; números se igualam após os 55 anos
Também
chamado de ataque cardíaco, o infarto é a falta de sangue oxigenado na área do
coração, que acontece devido à obstrução de uma artéria coronária. A falta de
sangue na região faz com que o músculo entre em processo de necrose, podendo
levar o paciente à morte.
O Dr. André Feldman, cardiologista da Cardio D'Or,
serviço do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco especializado em saúde
do coração, alerta que a sobrevivência do paciente pode estar na rapidez do
atendimento médico, por isso a importância da atenção aos sintomas, que podem
variar entre homens e mulheres.
Para melhor entender, podemos separar os sintomas entre
clássicos e atípicos, onde o primeiro aparece nos homens e o segundo
normalmente é apenas apresentado pelas mulheres:
Sintomas clássicos: dor
no peito em aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, pescoço,
mandíbula, estômago e até as costas, além de náusea, vômito, suor frio e
desmaio.
Sintomas atípicos: falta
de ar, enjoo, cansaço inexplicável, desconforto no peito, arritmia e agonia.
Dados da literatura mostram que a incidência de infarto
é 2.2 vezes maior no homem até 54 anos. Após essa idade, os números se igualam.
Para o Dr. André a incidência de infarto em pessoas do
sexo feminino tem crescido nas últimas décadas devido ao aumento da proporção
de mulheres inseridas no mercado de trabalho. “A dupla jornada vivida pelas
mulheres pode estar relacionada ao crescimento dos níveis de estresse, má
alimentação, falta de atividade física, entre outros fatores de risco para
infarto, fazendo com que a incidência acompanhasse essa adesão ao mercado de
trabalho”, observa.
As mulheres devem se preocupar, ainda, com a menopausa,
que é o período em que a mulher perde a proteção vascular proporcionada pelos
hormônios da idade fértil, que ajudam na proteção da formação de placas de
gordura nas artérias coronárias.
O especialista explica que a prevenção ao infarto é
igual para ambos. “Para não fazerem parte de nenhum grupo de risco é necessário
controlarmos os indicadores do nosso corpo, como colesterol, diabetes e
hipertensão”, observa.
Para conseguir manter os índices do corpo estáveis é
preciso praticar atividade física regularmente, não fumar e ter uma alimentação
saudável. Além disso, os especialistas recomendam um check-up anual que
contemple exames do coração, como teste ergométrico, ultrassonografia do
coração e eletrocardiograma de repouso.
Hospital São Luiz
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