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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Especialista alerta como os pais devem acompanhar os avanços dos filhos na web



Existe uma idade mínima para uma criança navegar na internet? Por que os novos "brinquedos" do mundo digital não vêm com classificação etária indicada para ajudar os pais na difícil tarefa de ter que dizer “não” para um filho que pede o item, insistentemente, já que todos os amigos estão usando? "A tecnologia não precisa ser vista como um mal ou um perigo. Tudo depende como ela é usada. Logo, cabe ao responsável pelos menores essa primeira orientação sobre os limites da internet", orienta a especialista em Direito Digital, Patrícia Peck Pinheiro, idealizadora do Movimento “Família mais Segura na Internet”.

Segundo ela, a melhor analogia é comparar a internet com a rua: "a web é a rua digital; se para andar sozinho e ficar na rua até mais tarde é preciso uma idade mínima, o mesmo acontece com a sua versão on line. Aquele pai que pega o filho na porta da escola, mesmo ele já estando no ensino médio, não pode deixar o filho de 6 ou 7 anos vendo vídeos no Youtube sem supervisão.”, observa a especialista. Para ela, saber o que o filho faz na internet não é invasão de privacidade, mas obrigação. "Se fechamos a porta física da família, temos que fechar também a porta digital. Quando todos se deitam, tem que desligar a internet e o wi-fi”, alerta. Menores que passam a madrugada na internet enquanto os pais dormem; smartphones nas mãos de menores de 12 anos, cujos pais não fazem ideia de com quem eles estão interagindo; e crianças que mentem a idade para estar no Facebook, que já têm WhatsApp, Instagram e Snapchat, e que já tiram foto de si mesmas e mandam para quem quiser estão entre as restrições apresentadas pela especialista, que precisam ser observadas pelos pais.

Mas será que existe uma idade mínima para ter um celular próprio ou navegar sozinho pela internet? Segundo Patrícia, essa idade está relacionada à capacidade do jovem de assumir as consequências dos seus atos. "Até os 12 anos, o menor no Brasil é totalmente incapaz. Se ele der ‘OK’ em um termo de uso de mídia social, não tem valor legal, é um ato nulo. Por isso, a maioria desses serviços exige idade mínima de 13 anos, quando ele já tem capacidade de compreender as regras aplicadas e estar submetido a elas, com a ciência dos pais”, explica. "É preciso oferecer acesso à tecnologia, respeitando a idade e a maturidade da criança. Não é porque todo mundo tem que seu filho tem que ter também. Ser um pai responsável é, sim, ficar preocupado, monitorar, vigiar, orientar e fornecer o recurso compatível com a idade", reforça a especialista. Segundo ela, com menos de 12 anos, a criança tem que ser totalmente assistida pelos pais. Com mais idade, os pais têm o dever de saber o que está acontecendo, para socorrer o jovem ao primeiro sinal de perigo.

Premiada seis anos consecutivos como uma das advogadas brasileiras mais admiradas na área de propriedade intelectual, Patricia Peck Pinheiro participa do evento itinerante “Um Dia Positivo!”, em São Paulo. Ela ministra a palestra “Cyber Security - Tecnologia, Informações e seus riscos”, nesta segunda-feira, 21 de agosto. O encontro, realizado pela Editora Positivo, reúne mais de 800 educadores de escolas conveniadas ao Sistema Positivo de Ensino, com o objetivo de debater, trocar ideias e experiências educacionais, com reflexões conduzidas por diversos especialistas, que discutem os novos caminhos da educação.





Serviço:
“Um Dia Positivo!” em São Paulo
Palestra: “Cyber Security - Tecnologia, Informações e seus riscos”, com Patrícia Peck Pinheiro
Quando: 21 de agosto, segunda-feira
Horário: A partir das 8h30
Endereço:  Blue Tree Premium Faria Lima (Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.989 - Itaim Bibi, São Paulo - SP)




 Dra. Patricia Peck Pinheiro - advogada especialista em Direito Digital, formada pela Universidade de São Paulo onde é doutoranda em Direito Internacional, e possui 17 livros publicados sobre o assunto. Premiada seis anos consecutivos como uma das advogadas brasileiras mais admiradas em propriedade intelectual, recebeu duas vezes o prêmio Security Leaders e foi condecorada com três medalhas militares pelas forças armadas. É sócia-fundadora do escritório Patricia Peck Pinheiro Advogados, da empresa de cursos Patricia Peck Pinheiro Treinamentos e do Instituto iStart de Ética Digital que conduz o Movimento Família mais Segura e que recentemente lançou o aplicativo iStartcare, criado para orientar sobre o uso ético e seguro das novas tecnologias, disponível na Google Play e na Apple Store (http://bit.ly/2cUvRxW).





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