Médica
do Seconci-SP alerta sobre a importância da prevenção nesta temporada
As baixas temperaturas e o
tempo seco típicos do inverno são propícios para a ocorrência de doenças
respiratórias. Aliados à poluição, que costuma ter os índices elevados no
período, criam um cenário favorável à proliferação de enfermidades como gripes,
resfriados e problemas alérgicos. Para ajudar a enfrentar a temporada sem
incômodos, a médica pneumologista do Seconci-SP
(Serviço Social da Construção), dra. Marice Ashidani, dá algumas dicas de
prevenção.
“Lavar as mãos
frequentemente e manter distância de ambientes com muitas pessoas e pouca
circulação de ar são as principais formas de evitar doenças”, diz a médica. A
especialista ressalta também a importância de manter uma boa alimentação. “A
hidratação completa não é feita só com água. Frutas, verduras, legumes e sucos
também são bem-vindos. A água contribui para fluidificar as secreções e tem
função expectorante”.
Com a imunidade mais
baixa, o que é comum nessa época, a proteção do sistema respiratório perde a
resistência e favorece o surgimento de alguns quadros infecciosos e o agravo de
condições pré-existentes. “Estresse e cansaço contribuem para a piora da saúde
como um todo e, apesar de não percebermos, o frio rigoroso e as mudanças
bruscas de temperatura também são estressantes”, explica a dra. Marice. “Nessas
situações, é muito importante manter o corpo em conforto térmico, ambiente seco
e temperatura estável”.
A seguir, a médica lista
algumas características e sintomas de doenças do sistema respiratório que têm
maior incidência durante o inverno:
Resfriado:
é mais leve, dura menos tempo e não costuma causar febre, exceto em crianças.
Os principais sintomas são coriza, tosse seca ou com secreção clara, obstrução
nasal, espirros, dor na garganta e indisposição. Costuma durar de 5 a 7 dias,
porém os sintomas podem perdurar por 2 semanas. Dificilmente evolui para um
quadro mais grave.
Tratamento: analgésicos,
inalação com soro, uso de umidificador de ar e interrupção do tabagismo, além
de ingestão hídrica em grande quantidade.
Gripe:
causa febre, normalmente acima de 38°C,
principalmente nas crianças. A pessoa fica com dor de cabeça, dores pelo corpo,
mal-estar e perde o apetite. Pode durar 2 semanas, mas o período de contágio,
em geral, perdura por 1 a 2 dias após o final da febre. É causada pelo vírus
Influenza e pode evoluir para pneumonia. Propaga-se em ambientes semifechados e
no contato com pessoas infectadas. A vacina, no caso da gripe, é a melhor forma
de prevenção.
Tratamento: repouso,
ingestão hídrica, alimentação, analgésicos, antitérmicos e antivirais.
Sinusite:
inflamação dos seios paranasais, causada por vírus, bactérias ou alérgenos
(poeira, ácaros). Caracteriza-se por dor facial, sensação de pressão na face,
congestão nasal, secreção nasal, febre, dor de cabeça.
Tratamento: suspensão do
tabagismo, inalação de vapor d´água, descongestionantes, analgésicos,
antibióticos e corticoides.
Rinite alérgica:
caracteriza-se por espirros, coriza, tosse seca, lacrimejamento, prurido nasal
e em faringe. É causada por exposição a poeira, odores fortes, fumaça e
poluição.
Tratamento: retirada dos
fatores causais, antialérgicos, descongestionantes e corticoides.
Laringites e faringites:
inflamação da laringe e da faringe que obstrui a passagem do ar pela
garganta. Pode ser causada por vírus, bactérias e alérgenos. Causa desconforto
na garganta, dificuldade para respirar/engolir, febre e tosse seca.
Tratamento:
anti-inflamatórios, analgésicos, antitérmicos e antibióticos.
Pneumonia:
infecção bacteriana aguda do parênquima pulmonar (alvéolos). Causa febre,
calafrios, dor torácica, falta de ar, tosse produtiva e mal-estar geral.
Tratamento: antibióticos
e, em alguns casos, hospitalização.
Asma:
obstrução ao fluxo de ar causada por contração dos brônquios provocada por
inflamação reativa a substâncias alergênicas. Caracteriza-se por chiado, falta
de ar, desconforto torácico e grande esforço para respirar.
Tratamento:
broncodilatadores, corticoide.
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