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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Um alfabeto no copo



A variedade de rótulos de cervejas reflete a diversidade de sabores do Brasil e do mundo. De A a Z, conheça diferentes ingredientes utilizados na produção da bebida que permitem que os mestres-cervejeiros exercitem toda sua criatividade. Porque o que importa é que ela seja de qualidade. E ela pode conter trigo, milho, gengibre, rapadura e até formiga e orégano.



Água: sem exagero, é o ingrediente mais importante na produção da cerveja, seja por causa da quantidade, seja pela qualidade. Responde por, aproximadamente, 90% da bebida. E graças às tecnologias de tratamento da água utilizadas na indústria cervejeira atualmente, é possível obter a água ideal para a produção dos diferentes estilos. 


Banana: fabricada pela cervejaria inglesa Charles Wells, a Banana Bread Beer é uma cerveja Ale com teor alcoólico de 5,2%. Com a adição de banana durante a fermentação, a bebida ganha notas intensas da fruta nos aromas e no paladar.


Cevada: seus grãos são a alma da cerveja e serão transformados em malte, que contribuirá para algumas características da bebida. Por exemplo, a cor, o corpo e os aromas. Quando uma cerveja se diz “puro malte”, quer dizer que é feita com “puro malte de cevada”.


Damasco: As cervejas do tipo Saison são um verdadeiro parque de diversões para os mestres-cervejeiros. Leves, frutadas e refrescantes, essas Ale surgidas na Bélgica podem possuir frutas entre os ingredientes. A Dádiva Saison Printemps, uma cerveja de edição limitada feita no interior de São Paulo, por exemplo, recebe a adição de damasco na produção.


Especiarias: A “escola belga” de produção de cervejas se caracteriza há vários séculos pela criatividade e a diversidade no uso de ingredientes. Por sua diminuta área territorial e localização estratégica – no meio da rota entre Holanda, França e Reino Unido - o país se beneficiou historicamente de produtos comercializados ali, como frutas e especiarias. É por isso que em vários tipos de cerveja belga estão presentes sementes de cominho, cravo e de coentro, que conferem aromas e sabores à bebida


Formiga: Acredite, até formiga já foi parar na receita de uma cerveja brasileira. Em 2013, foi lançada em São Paulo a Saúva, uma Saison caseira e de produção limitada, em cuja receita foram utilizados figo, tucupi e formigas saúvas.


Gengibre: Lançada em 2015 em uma edição limitada de 2.000 litros, a Wäls Saison D´Alliance foi produzida em Belo Horizonte, para celebrar a parceria entre a Wäls e a cervejaria Ambev. Em sua composição foram usados gengibre, sálvia e hortelã. 


Hortelã: Assim como a Wäls Saison D´Alliance, outra cerveja brasileira feita com essa erva é a Profeta Weiss, elaborada com trigo e hortelã. 


Iogurte: Uma microcervejaria da Nova Zelândia e duas americanas testaram o uso de iogurte, no lugar de outras leveduras, na produção de suas “sour beers” (cervejas azedas) com o objetivo de reduzir o tempo de fermentação que, nesses estilo, é longo.


Jasmim: A microcervejaria Elysian, de Washington (EUA), elabora a IPA Avatar Jasmine, uma cerveja de corpo médio e 6,3% de álcool, em que flores secas de jasmim são adicionadas na produção.


Lúpulo: Essa flor da família das canabidáceas – a mesma da maconha, mas que não tem efeito entorpecente – é responsável pelo aroma e amargor da cerveja. Sua maior ou menor quantidade na produção irá definir se uma cerveja é mais ou menos amarga.


Milho: É um cereal amplamente utilizado na produção de cerveja há centenas de anos, no mundo todo. Ele deixa a cerveja mais leve e refrescante, e está presente nas marcas mais vendidas no mundo, entre elas Skol e Brahma (Brasil), e Corona (México). 


Noz-moscada: Os monges que fabricam as cervejas do tipo Trapista (nos monastérios da Bélgica) utilizam em suas cervejas supercultuadas ingredientes alternativos como coentro, pimenta e até mesmo pitadas de noz-moscada.


Orégano: Produzida nos EUA, a Mamma Mia Pizza Beer se apresenta como uma “cerveja de pizza”. A receita inclui farinha, molho de tomate, alho, manjericão e orégano. 


Priprioca: A microcervejaria Amazon Beer, de Belém (PA), produz cervejas com ingredientes típicos da Amazônia. Uma delas é a Red Ale feita com priprioca, uma erva aromática muito usada na indústria de cosméticos. Na composição da cerveja é utilizada a raiz, da qual é extraído um óleo.


Quinoa: Cereal típico do Peru e da Bolívia, e conhecido pelos Incas, é usado pela comunidade indígena Aymara na produção de cervejas locais. 


Rapadura: A cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, produz a Colorado Indica, ganhadora de vários prêmios – uma IPA inspirada na escola inglesa, lupulada e alcoólica –, em que lança mão de rapadura entre os ingredientes.


Sorgo: Pouco conhecido no Brasil, o sorgo é um grão largamente utilizado na África, tanto para a alimentação humana como para ração animal, devido à sua resistência às condições severas de clima – no caso, calor e escassez hídrica. Para a produção de cerveja, é utilizado in natura ou malteado. 


Trigo: O trigo é a base das cervejas do tipo Weiss, da escola alemã. São leves, refrescantes e têm aroma de cravo e de frutas Entre as marcas mais conhecidas está a tradicional Franziskaner (desde o século 14).

Uva: Na Serra Gaúcha, principal região produtora de vinhos no Brasil, a cervejaria Petronius Beverage lançou em 2015 a Schatz Muskat, uma cerveja elaborado com uvas moscato.

 

Viagra: Em 2011, a cervejaria escocesa BrewDog apresentou a Royal Virility Performance, uma cerveja de edição limitada, produzida com o que chamou de “viagra herbáceo”, entre outros supostos afrodisíacos.
 

Xarope: Produzida no estado do Oregon (EUA), a Rogue Voodoo Doughnut Bacon Maple Ale mistura bacon e xarope de bordo (o tradicional maple syrup, usado nas panquecas doces americanas). 


Zimbro: Original da Finlândia, o Sathi é um estilo de cerveja que mescla cereais malteados e não-malteados, entre eles cevada, centeio, trigo e aveia. Para incrementar o aroma, costuma-se acrescentar bagas de zimbro na receita.





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