A transgêneridade vem
ganhando destaque na mídia e nos debates entre as pessoas. A novela global “A
Força do Querer”, escrita por Glória Perez, vem mostrando o conflito de Ivana,
vivida pela atriz Carol Duarte, que não se identifica no corpo feminino. A
angustia da jovem de não entender o que esta acontecendo e o estranhamento de
familiares e amigos em relação à postura de Ivana é um enredo fictício, mas, é
bem mais comum do que se imagina! Segundo a Organização Mundial da Saúde, entre
2% e 5% da população adulta, entre 17 e 65 anos, é formado por transgêneros.
Entre esses casos estão o de Shiloh, filha de Angelina Jolie e Brad Pitt. Desde
a infância, ela pediu aos pais para não a vestirem como uma menina.
A médica e psicanalista
Soraya Hissa de Carvalho explica que o transgênero é uma pessoa que não se
identifica com o sexo de nascimento. “Para ficar mais simples o entendimento,
quando falamos em gênero, muitas pessoas pensam em homem e mulher e o
comportamento está primordialmente ligado ao sexo biológico. O transgênero é
aquele que não se expressa conforme o gênero sexual de nascimento”, diz Soraya.
Segundo a psicanalista, a
identidade de gênero não deve ser confundida com a orientação sexual. O
individuo transgênero, seja homem ou mulher, pode ter qualquer orientação
sexual. Ou seja, pode ser homossexual, heterossexual ou bissexual.
Apoio de um
especialista
Casos como o de Angelina
Jolie e Brad Pitt, que identificaram a necessidade de expressar de Shiloh a
respeito de sua identidade são raros. apesar da insatisfação com o corpo e sexo
biológico se manifestarem ainda nos primeiros anos de idade de uma criança. Por
isso, Soraya Hissa orienta sempre o apoio psicológico, não só para o individuo
que está se descobrindo, mas, para os familiares.
“O respeito deve vir sempre
em primeiro lugar. Sabemos que na sociedade em que vivemos a realidade de um
transgênero é vista como algo incomum e com preconceito, mas, a felicidade e o
conforto em ser quem é jamais pode ser diminuídos por isso. Os pais passam por
um momento de medo e insegurança, e o auxílio psicológico de toda a família é
necessário para que a etapa de descoberta e aceitação, que vem junto a
sentimentos conflitantes, seja o menos doloroso e natural possível”, finaliza a
psicanalista.
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