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domingo, 23 de julho de 2017

Doenças sexualmente transmissíveis podem afetar a fertilidade



  • O ginecologista e especialista em Reprodução Assistida, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor clínico da Fertivitro, alerta sobre a importância do uso de preservativo para evitar infertilidade, aborto, fetos com malformações e a transmissão do vírus HIV

Não é só em época de Carnaval que é necessário lembrar da importância do uso de preservativo. Prevenir-se das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), em homens e mulheres, é essencial para preservar a fertilidade e até mesmo a vida. 

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 10 milhões de brasileiros já apresentaram algum sinal ou sintoma de DST. A maior preocupação da saúde pública é que a DST pode aumentar em até 18 vezes a possibilidade de transmissão do vírus HIV da AIDS.

As principais DSTs, também conhecidas como doenças venéreas, são: clamídia, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), gonorreia, hepatite B, herpes genital, HIV, HPV e sífilis. “Em muitas situações, os pacientes nem sabem que foram contaminados e que a doença está em um estágio que pode vir a causar um prejuízo para a fertilidade, daí a importância do uso de preservativo para pessoas que apresentam uma vida sexual ativa”, alerta o ginecologista e especialista em Reprodução Assistida, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro. 

A DST é uma infecção que afeta diretamente os órgãos reprodutores femininos - ovários, trompas e útero, e os masculinos - próstata, uretra e testículos. “A disseminação da DST está relacionada ao comportamento das pessoas, que não se previnem durante a relação sexual com o uso de preservativo. E a doença pode ser irreversível para a fertilidade do homem e da mulher”, destaca Dr. Luiz, da Fertivitro.   

No aparelho reprodutor feminino, algumas DSTs podem provocar lesões nas trompas, podendo causar gravidez ectópica (fora do útero) ou infertilidade definitiva. Quando a DST acomete uma gestante, por ser uma doença infecciosa, pode atravessar a barreira da placenta resultando em um aborto ou em outras doenças relacionadas ao desenvolvimento fetal.

Já no homem, pode haver ausência de produção de espermatozoides ou queda da qualidade seminal, se a infecção causar lesão testicular, inflamação na próstata e vesículas seminais e infecção na uretra. Em alguns casos, ocorre obstrução no canal de passagem dos espermatozoides, o que resulta na ausência de espermatozoide na ejaculação. 

Os sintomas variam de acordo com cada DST, mas, em geral, causam dores abdominais, corrimento, febre e sangramento irregular nas mulheres. Nos homens, dificilmente os sintomas são aparentes, porém, a dor no trato genital é a principal manifestação da doença.


Tratamentos 

Geralmente, o tratamento das DSTs é realizado com a administração de antibióticos ou antirretrovirais, por um período bastante extenso e, algumas vezes, pode ser necessário remover algumas lesões, como no caso do HPV. Medidas complementares também são indicadas, como higiene genital e bucal, cuidados com infecções genitais e abstenção sexual durante o tratamento. 

No caso da AIDS, não há cura, mas pode ser controlada na maioria dos casos com fármacos. A hepatite B, se não tratada corretamente, pode tornar-se crônica e levar à insuficiência hepática. 

Quando a doença for irreversível e tanto o homem quanto a mulher apresentarem indícios de infertilidade, é indicado tratamentos de reprodução assistida. 

Existem três tipos de tratamentos para a infertilidade: coito programado, cuja relação sexual é programada no período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.





Dr. Luiz Eduardo Albuquerque -diretor clínico da Fertivitro, é ginecologista, especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ), possui o TEGO - Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, certificado pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and Embriology (ESHRE), na Bélgica. O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana. Foi médico do setor de Reprodução Humana da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.  


Fertivitro — Centro de Reprodução Humana




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