Quando se fala
em hidratação, boa parte das pessoas logo pensa em verão, sol e calor. E é aí
que mora o perigo. Em estações como inverno e outono, épocas mais frias do ano,
é mais fácil se esquecer de ingerir líquidos. "O nosso organismo é
composto por cerca de 70% de água e a perdemos, naturalmente, por meio da
transpiração, da urina, das fezes e até da respiração, precisando a repor
sempre", explica Cintya Bassi, nutricionista do Hospital e Maternidade São
Cristóvão.
Por isso, a
hidratação vai além da estação do ano. "A falta de ingestão de água e
isotônicos naturais podem levar à desidratação grave, causando tontura, desmaios,
confusão mental e até o comprometimento no transporte de vitaminas e minerais
no organismo", alerta a especialista.
De acordo com
a profissional, diariamente o organismo humano necessita de aproximadamente 1
litro a cada 35 kgs, variando conforme o clima do dia e idade da pessoa.
"Melhora até mesmo a aparência da pele, diminuindo a ocorrência de
celulites e rugas, sem contar que beneficiam as fibras de colágeno que
sustentam a pele e precisam de água para se renovarem", comenta.
A ingestão de
líquido no decorrer do dia é imprescindível, tanto por meio de alimentos,
quanto bebidas. "Os alimentos que mais contém água são legumes, frutas,
leite e carnes. Porém, essa não deve ser a única forma de hidratação, também
devendo ingeri-la em sua forma pura, sucos e água de coco", orienta.
Uma dúvida que
as pessoas costumam ter é se a água com gás também é considerada saudável. A
profissional explica que, assim como a mineral, a com gás é uma importante
aliada à hidratação. "A diferença entre as duas é o fato da água com gás
ter adição de dióxido de carbono, o qual se consumido em grandes quantidades
pode causar irritação gástrica", esclarece.
Mesmo quando
estamos sem sede, é aconselhável beber água. "Em condições normais, a sede
é um bom lembrete da necessidade de bebê-la. Porém, em situações especiais,
como transpiração excessiva ou clima quente, a sensação de sede pode não
acompanhar a necessidade", comenta. Quando a ingestão de água é
insuficiente, o organismo pode apresentar sintomas de desidratação, como boca e
pele seca, olhos fundos, cansaço, dor de cabeça, tontura, entre outros. Em
casos graves, pode até evoluir para queda de pressão arterial, perda de
consciência, convulsão, coma, falência dos órgãos e morte.
"O
organismo não é capaz de armazenar água, por isso a quantidade de líquido no
corpo precisa ser constantemente reposta. Lembrando que, depois do oxigênio, a
falta de água é o que mais afeta o organismo, que só suporta ficar sem água
até, no máximo, dois ou três dias". Segundo Cintya, a água só é limitada
em caso de hiponatremia - nível baixo de sódio no sangue, o qual é diluído
ainda mais na presença de água em excesso - insuficiência renal ou cardíaca.
Também durante as refeições o ideal é ingerir pouco líquido, pois, se
consumirmos mais de um copo, pode dilatar o estômago.
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