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quinta-feira, 27 de julho de 2017

5 problemas de saúde mais frequentes associados à obesidade



A obesidade afeta 18,9% da população brasileira. Junto com o excesso de peso, surgem os problemas de saúde, sendo que as principais ocorrências são as doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, problemas de fígado e nas articulações. Emagrecer ajuda a reverter estes quadros e restabelecer uma condição saudável. Foi o que aconteceu com Cícera Maria Acioli, que chegou a ter infarto e AVC isquêmico por conta do sobrepeso. 


A obesidade é considerada uma doença que pode provocar vários problemas de saúde. Entre as pessoas com excesso de peso o risco de desenvolver hipertensão, por exemplo, é 2,5 vezes maior do que em pessoas com peso normal. Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade no Brasil cresceu 60% nos últimos anos, passando de 11,8% da população em 2006 para 18,9% em 2016. Entre as condições mais frequentes associadas ao acúmulo excessivo de gordura no corpo estão o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, problemas de fígado e nas articulações.

“Quando uma pessoa está acima do peso todo o seu organismo é sobrecarregado, ocasionando doenças. Além disso, alguns problemas de saúde não diretamente associados à obesidade podem se agravar. Quando a pessoa emagrece e passa a ter uma rotina saudável, se mantendo dentro do peso normal para sua estatura, muitos desses problemas deixam de ser uma condição e a pessoa retoma uma vida saudável”, explica o médico e consultor do Método de Emagrecimento 5S, Victor Sorrentino.


Retomar a saúde é possível

Cícera Maria Acioli, de 54 anos, de Linhares (ES), pesava 75,5 quilos, 12 a mais do que o ideal para sua altura, que é de 1,60 metros, e tinha um histórico de muitos problemas de saúde. Alguns dos problemas tinham origem na obesidade e outros foram agravados por ela. “Eu vivia internada. Tive infarto agudo do miocárdio em 2008 e 2009, um AVC isquêmico em 2012 e uma parada cardíaca em 2014. Tive aterosclerose coronária, angina, taquicardia e arritmia, bloqueio total do ramo esquerdo do corpo, bloqueio de 30% da artéria direita e 50% da artéria do meio. Tinha problemas ósseos, três hérnias de disco na região sacral e uma na cervical, artrose e problemas no joelho. Sem contar que tinha 10% de gordura no fígado e altas taxas de colesterol, glicose e triglicérides. Ou seja, eu não tinha outra alternativa a não ser emagrecer”, afirma Cícera.

Determinada a emagrecer, ela começou a seguir o Método de Emagrecimento 5S, que consiste em cinco estratégias para emagrecimento que aliam reeducação alimentar, suplementação de vitaminas via nutracêuticos, ômegas 3, 6 e 9, tratamentos estéticos e acompanhamento diário com nutricionista e psicólogo. “Eu já havia tentado acompanhamento com nutricionista, mas eu emagrecia e voltava a engordar depois. Com o método eu perdi 15 quilos em três meses e consegui emagrecer mais três depois de finalizar o tratamento. Um mês depois de aderir ao método, minha saúde já apresentava melhoras. As altas taxas de colesterol, glicose e triglicérides começaram a baixar, minhas artérias começaram a desobstruir e meu problema de coluna melhorou muito. 

Antes eu não conseguia correr, hoje caminho, corro e faço aulas de zumba. Sou outra Cícera”.


O médico Victor Sorrentino comenta as principais doenças associadas à obesidade. Confira:


Doenças cardiovasculares: As doenças do coração estão entre as que mais afetam os obesos, pois com o excesso de tecido adiposo branco secretando citocinas inflamatórias em grande quantidade, o tecido cardiovascular sofre diretamente. Isso pode provocar hipertrofia, que é o aumento do coração para dar conta do esforço, pode evoluir para insuficiência cardíaca e outras alterações, aumentando o risco do desenvolvimento de alterações vasculares, de infarto, de morte súbita e de AVC.


Diabetes: O diabetes em obesos costuma ser ocasionado pelo alto consumo de carboidratos, associado à exaustão pancreática com resistência insulínica. A doença é caracterizada pelo alto teor de glicose na corrente sanguínea e pela deficiência na produção de insulina para manter a glicemia adequada. A insulina é o hormônio responsável pela metabolização dos açúcares no organismo. Um sinal de alerta é o acumulo de gordura na região abdominal, além de alterações comuns como sede excessiva, excesso de vontade de urinar, sinais cutâneos e a sensação constante de fome. Algumas complicações provocadas pelo diabetes são retinopatia, obesidade, aumento no risco de câncer, infarto, entre outras.


Hipertensão: A pressão alta também é um problema de origem metabólica, que representa o aumento dos níveis tensionais na corrente sanguínea, o que dificulta a gerência deste líquido pelos vasos sanguíneos, exigindo que o coração consiga trabalhar de forma acelerada e com mais potência. Aumentos nos níveis pressóricos aumentam principalmente o risco de alterações renais e AVC.


Problemas no fígado: O fígado é o responsável pela metabolização de macro e micronutrientes. Porém, quando é exigido em excesso, o órgão não consegue executar suas funções de maneira satisfatória e pode trazer consequências metabólicas. O excesso de estímulo para a hipertrofia e aumento dos adipócitos (células de gordura), provoca uma distribuição tão dificultosa destas células pelo corpo, que seu estocamento passa a ocorrer também no próprio fígado, gerando a chamada esteatose hepática não alcoólica, que favorece o surgimento de hipertensão, diabetes, fibrose e cirrose hepática não alcoólica.


Articulações: O excesso de peso exige mais das articulações, fazendo com que elas sofram um desgaste maior. Quando as cartilagens estão desgastadas, o atrito entre os ossos provoca dores, rigidez e inchaço, sinais evidentes de inflamação, e acaba prejudicando a mobilidade do obeso. O problema mais comum que afeta as articulações é a artrose, mas outros bastante conhecidos são "bicos de papagaio" e "esporão de galo", nomes populares do osteófíto, uma pequena saliência óssea que cresce ao redor das articulações. Quadril, joelhos, tornozelos e pés são os membros mais afetados.





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