Exame também é útil para descartar causas mais graves
A enxaqueca é uma das
doenças mais incapacitantes no mundo. No Brasil, afeta 30 milhões de pessoas.
Além de dor de cabeça, os sintomas mais comuns incluem náuseas, sensibilidade à
luz e ao barulho, além de prostração. Como existem mais de 300 subtipos de dor
de cabeça (cefaleia), sabe-se que 90% da população mundial entrará em contato
com essa dor em algum momento da vida. Para identificar e evitar os gatilhos da
enxaqueca, que vão desde pular uma refeição até picos de estresse e variações
hormonais, é importante contar com exames de imagem – principalmente a
ressonância magnética (RM) – para descartar outras tantas doenças, como
sinusite, meningite, aneurisma, tumor cerebral, distúrbios circulatórios e
metabólicos, entre outros.
De
acordo com Flávia Cevasco, médica radiologista do CDB Medicina
Diagnóstica, em São Paulo, a ressonância magnética é indicada se o paciente
iniciar crises novas de enxaqueca ou se houver uma mudança no padrão dessas
crises, como aumento da frequência, da intensidade ou do padrão da dor. Esse
exame permite uma avaliação mais detalhada do parênquima encefálico, podendo-se
adicionar estudos angiográficos arteriais e venosos durante sua realização. “O
exame de ressonância produz imagens muito claras do cérebro sem o uso de
radiação, como é o caso da tomografia, e fornece informações sobre a estrutura
e a vascularização encefálicas”.
Especialista
em neuroimagem, Flávia diz que a importância da ressonância magnética na
enxaqueca se dá principalmente pela exclusão de outras causas em que a dor de
cabeça é um sintoma secundário a doenças mais graves. “Em determinados casos, é
importante o uso de contraste para afastar suspeitas de tumores, aneurisma e
infecções, por exemplo. A ressonância magnética é o exame de escolha para
muitos especialistas devido à sua característica não-invasiva e por ser o
melhor exame na avaliação anatômica do encéfalo”.
Em média, o
exame dura entre 20 e 30 minutos. Quem usa marca-passo, clipes de aneurisma ou
determinados tipos de próteses metálicas não pode se submeter à ressonância
magnética, por conta do alto campo magnético que se forma. Além disso, nenhum
metal como relógio, cartões com tarjas magnéticas e joias devem ser carregados
para a sala do exame. “Quanto mais bem-informado o paciente estiver sobre o
exame, mais à vontade se sentirá, facilitando o procedimento. Isso certamente
contribui para o sucesso desse método tão importante para o diagnóstico por
imagem de muitas doenças”, diz Flavia Cevasco.
Fonte: Dra. Flavia Cevasco - médica
radiologista, especialista em neuroimagem do CDB Medicina Diagnóstica,
em São Paulo – www.cdb.com.br
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