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sexta-feira, 26 de maio de 2017

Queda do número de fumantes reflete maior conscientização dos jovens



Pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que fumantes diários no País passaram de 29% para 12% entre homens e de 19% para 8% entre mulheres. Para a pneumologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Denise Onodera, essa queda é reflexo de uma sociedade mais preocupada com a saúde e em controlar fatores de risco. 

“No geral, as pessoas estão mais conscientes, inclusive os jovens, com relação aos males à saúde provocados pelo cigarro, como enfisema pulmonar, problemas cardiovasculares e inúmeros tipos de câncer”. 

Mesmo com a redução, a pneumologista destaca que o Brasil ainda ocupa o oitavo lugar no ranking de número absoluto de fumantes, sendo mais de 7 milhões de mulheres e 11 milhões de homens. A dependência também é responsável por 1 em cada 10 mortes no mundo. 

Para quem deseja parar com cigarro, a médica aconselha planejamento, empenho e muita motivação. E lembra que atualmente existem medicamentos que contribuem para minimizar os sintomas da síndrome de abstinência da nicotina. “Evitar situações que possam levar a recaídas, como ficar perto de pessoas que estão fumando, também facilita o processo”. 

Grande parte das pessoas que param de fumar apresentam sintomas de ansiedade, dificuldade de concentração, irritação e dores de cabeça. O nível do desconforto varia de pessoa a pessoa, mas passa com o tempo, em torno de 30 dias, por isso, é fundamental o apoio de familiares e amigos. 

“Nunca exija que alguém pare com o cigarro, isso pode ter efeito contrário. Mesmo em pessoas que estejam motivadas, isso não é bom, pois elas se sentem na obrigação de parar de fumar de qualquer jeito e não podem fracassar”, aconselha. 

A pneumologista ressalta que o cuidado com a alimentação nesse período deve ser redobrado, já que muitos tendem a ganhar peso ao parar de fumar. O ideal é aproveitar o espírito de mudança para adotar hábitos de vida mais saudáveis, como alimentação equilibrada e atividades físicas. 

Denise Onodera destaca que quando a pessoa está no processo de parar de fumar, a mudança no corpo é evidente e a saúde vai se estabilizando aos poucos. “O sistema cardiovascular dos indivíduos que interrompem o tabagismo reduz em 50% o risco de eventos coronários até o segundo ano. Acidente vascular cerebral torna-se igual ao dos não fumantes em, pelo menos, 20 anos. 

A função pulmonar melhora aproximadamente 5% em alguns meses”, revela. 

Ficar longe do cigarro também melhora os índices de sobrevida em pacientes com câncer. A magnitude da diminuição do risco de câncer aumenta com a duração da abstinência, por exemplo, depois de 10 anos o risco diminui de 30 a 50%. Entretanto, tipos de câncer, como boca, esôfago, pâncreas e bexiga, continuam mais altos se comparado com não fumantes, mesmo depois de décadas.



Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
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