Segundo
a psicóloga e franqueada da Tutores, Ádrinne Uchôa, é de suma importância o
diálogo dos pais com os filhos ao inseri-los na escola ou em qualquer atividade
que requer dedicação
As
aulas começaram. Chegou o tão sonhado dia para algumas crianças que não veem a
hora de começar ou retomar os estudos. Será possível essa afirmativa? Na
realidade, o primeiro dia para alguns pais é bem difícil. É aquela correria,
crianças dando trabalho para acordar, fazendo “corpo mole” para se vestir, um
verdadeiro sufoco. Tirar os filhos da cama e convencer de que vai ser legal e
importante esse primeiro momento é uma tarefa árdua, mas necessária e é de suma
importância o diálogo dos pais com os filhos ao inseri-los na escola ou em
qualquer atividade que requer dedicação.
O
“volta às aulas” deve ser o cenário de um dia que oferta novas possibilidades e
oportunidades, e não um sacrifício, que é o que muitas crianças acabam achando.
Para a psicóloga e franqueada da Tutores em São José dos Campos, Ádrinne Uchôa
Dias, este momento está relacionado à maneira com a qual os pais repassam as
informações para os seus filhos e dá algumas dicas de como eles podem se
preparar para o retorno das aulas.
Para
aquela criança que está indo à escola pela primeira vez, é interessante a mãe
manter-se confiante e passar essa segurança para o filho, a fim de atravessar a
fase de adaptação da melhor maneira possível. Percorrer o caminho até a escola
com a criança antes do início das aulas pode ser uma boa ideia, assim como
deixar algumas horas reservadas para ir se adaptando com o novo local. O mesmo
conselho é válido para aquela criança que precisou mudar de escola e não tem
nenhum amiguinho ainda aguardando por sua chegada. Nesse momento, a criança
precisa ser acolhida e sentir-se segura.
Não
basta estar por perto apenas no “volta às aulas”
Acompanhar
o desenvolvimento escolar do filho é outra tarefa que precisa ser feita
constantemente. Alguns pais se limitam em ensinar os filhos quando eles
apresentam dificuldades escolares, e tais limitações podem estar relacionadas à
questões emocionais (se desgastam ao tentar ensiná-los) e com a falta de
conhecimento.
Porém,
é imprescindível fazer o acompanhamento, pois são nesses momentos que a criança
pode apresentar uma dificuldade de aprendizagem e alguns fatores biológicos e
psicológicos podem contribuir com esse processo.
É
importante que os pais saibam o momento certo para buscar uma ajuda profissional.
Uma dica é não esperar o filho ficar para recuperação em determinadas
disciplinas - e somente depois saírem correndo em busca de aulas particulares
ou de reforço para sanar as dificuldades, mas sim recorrer a profissionais
habilitados para ajudar o seu filho no crescimento e desenvolvimento durante o
ano letivo, quando este sinalizar as primeiras dificuldades.
Respeitar
o tempo da criança também é muito importante. Toda criança precisa ter o tempo
de estudar e brincar e, de acordo com o psicanalista Winnicott, é no brincar
que a criança expressa sua criatividade. Alguns pais, nas melhores das
intenções, enchem seus filhos de atividades extracurriculares, mas nem sempre é
o ideal.
Praticar
alguns esportes é muito bom, estudar inglês é excelente, mas deve-se ter o
cuidado para não sobrecarregar o filho com várias atividades no dia a dia.
Ofertar
cursos extracurriculares que ajudem no desenvolvimento e mantenha uma agenda
organizada com algumas atividades, mas sempre priorizando e acompanhando o
processo de ensino aprendizagem da criança é recomendável, pois é na fase da
infância, que a criança assimila e acomoda o conhecimento. As estruturas operatórias da inteligência não são inatas.
Tutores
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