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domingo, 29 de janeiro de 2017

Quatro em cada 10 brasileiros rechaçam transporte público e incentivam uso de veículo próprio




Estudo do projeto Comunica Que Muda - uma iniciativa da nova/sb, agência especializada em comunicação de interesse público - analisou o tema mobilidade urbana na internet por dois meses. Foram quase 400 mil menções nas principais redes sociais do país, que mostraram uma grande contradição do cidadão conectado. Apesar das reclamações sobre congestionamentos, população manifesta grande desejo de comprar um carro ou moto próprio para fugir do transporte coletivo.


As conclusões desta análise da nova/sb viraram um dossiê para subsidiar entes públicos e privados nas busca de soluções e iniciativas para a mobilidade do brasileiro.



Como será que os brasileiros se comportam na internet quando o assunto é mobilidade urbana? O que pensam sobre trânsito, multas, velocidade, ciclovia, ciclofaixa, corredor de ônibus, Uber, táxi? A equipe do projeto Comunica Que Muda, da agência nova/sb, resolveu ir atrás dessas informações e elaborou um dossiê sobre o tema. São muitas reclamações do cidadão conectado, mas aparentemente pouca disposição de mudança. Um dos principais achados da análise é que quase 44% dos usuários que tocaram nos temas da mobilidaderechaçam o uso do transporte coletivo e incentivam o transporte individual. De cada dez comentários sobre o tema, seis são de alguém manifestando desejo de comprar um veículo.

O maior problema sobre o transporte público é o da Lotação dos Ônibus, mencionada por 58% dos internautas analisados. Já Acidentes é o tema mais mencionado nas redes, no que se refere a transporte individual (60%), seguido por Congestionamentos (quase 14%) e a chamada Indústria da Multa (9%). A punição por multas, aliás, é considerada algo positivo por 60% dos internautas.

Utilizando a plataforma de monitoramento Torabit, a equipe do Comunica Que Muda analisou exatas 397.932 menções nas principais redes sociais no período de 5 de agosto e 5 de outubro de 2016. Foram observadas postagens no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Google+ e Medium; e também páginas de blogs e comentários de sites sobre os temas relacionados a transporte público, problemas estruturais, cultura do transporte individual, bicicletas e ciclovias, pedestres, entre outros.

“Trânsito lento, transporte público de péssima qualidade, ausência de formas alternativas de locomoção e falta de segurança estão entre os problemas enfrentados todos os dias por brasileiros, principalmente aqueles que vivem nas capitais e maiores centros urbanos. Com todos esses problemas, é fato que ainda há muito a avançar na mobilidade urbana. E para além das responsabilidades do poder público, desenvolvemos esse dossiê para entender como as pessoas encaram o problema e também para contribuir com a discussão sobre o assunto. E os números confirmam como a individualidade do transporte é ponto pacífico não só na cabeça do brasileiro, mas também em suas redes sociais”, afirma Bob Vieira da Costa, sócio-presidente da nova/sb.

De todo o universo qualificado, 43,7% das menções falaram em priorizar o transporte individual, em muitos casos exaltando o conforto/qualidade do automóvel e desqualificando as alternativas. O grupo de pessoas que mencionaram de forma positiva o transporte coletivo e suas alternativas somou 29,5%, porcentagem parecida com a das menções neutras (quando não há expressão de opinião sobre o assunto), com 26,8%. A diferença de 14 pontos percentuais entre os defensores do transporte individual e os advogados do coletivo/alternativo demonstra como o brasileiro tende a priorizar o transporte individual ao coletivo.


Dos temas mais falados sobre a cultura do transporte individual, o maior destaque é para o desejo do brasileiro por adquirir um veículo, ficando no topo dos assuntos mais falados, com 58,9% do universo de menções. Outro destaque do monitoramento é o medo do transporte individual, com 10,5% de pessoas que temem dirigir ou se tornar vítima de acidentes. Os outros temas tiveram opiniões divididas, com destaque para os 11,1% que citavam os serviços dos mototaxistas (seja de forma positiva, negativa ou neutra); também os 2,5% que citaram a perigosa combinação de bebida e direção. Pequenas em quantidade, mas notáveis por aparecerem no Brasil, do álcool, da gasolina e do diesel, são as menções aos carros elétricos, que somam 2,5%.

Tradição em estudos de interesse público - Este é o segundo grande estudo que a nova/sb prepara em 2016 observando o internauta brasileiro. No mês de agosto, foi lançado o Dossiê da Intolerância, um raio-x que mapeou o comportamento do cidadão conectado. Foi constatado no período que a intolerância de maior audiência no país é a política, com quase 220 mil menções; mais de quatro vezes superior à misoginia, que aparece em segundo lugar (50 mil menções); seguida por preconceitos relacionados a deficiência, aparência e raça. O Rio de Janeiro é o estado com maior volume de postagens intolerantes no país, seguido por São Paulo e Minas Gerais. Em termos relativos, na proporção com o número de habitantes, o Distrito Federal lidera o ranking.





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