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terça-feira, 29 de novembro de 2016

ABORTO NO BRASIL? PESQUISA APONTA QUE 34% DOS BRASILEIROS NÃO CONHECEM A LEGISLAÇÃO SOBRE O TEMA




Além disso, 29% dos participantes do levantamento realizado pelo Opinion Box mencionaram conhecer alguém que já praticou aborto


A legalização do aborto é um dos temas mais polêmicos da atualidade no Brasil e no mundo. São diversos os pontos de vista e argumentações relacionadas ao assunto. Por isso, o Opinion Box (www.opinionbox.com), empresa pioneira em soluções digitais para pesquisas de mercado e de opinião, resolveu abordar a questão em uma pesquisa exclusiva.

1814 internautas brasileiros de ambos os sexos, todas as faixas etárias, classes sociais e regiões do país, foram entrevistados. Considerado crime contra a vida pela legislação brasileira, o aborto só é permitido em situações específicas no país: quando há risco de vida para a mulher causado pela gravidez, quando a gestação é resultado de um estupro ou se o embrião for identificado como anencéfalo (sem formação do cérebro e cerebelo). Diante disso, a primeira pergunta feita pela pesquisa realizada pelo Opinion Box foi sobre o conhecimento das pessoas a respeito da atual legislação. Quando questionados sobre o assunto, 34% afirmaram não ter conhecimento da lei sobre aborto no Brasil. O número é um pouco menor entre mulheres (32%) do que entre homens (37%). Analisando os dados por classe social, a diferença fica um pouco mais evidente: na classe AB, 71% têm conhecimento sobre a lei, na classe C são 67%, enquanto nas classes DE o índice cai para 60%.

As pessoas também foram questionadas se conheciam alguém que já havia feito um aborto clandestino. 29% afirmam conhecer pessoas que fizeram abortos ilegais. Em 3% das respostas, foi a própria respondente ou a parceira do entrevistado quem passou pelo aborto.

Para ampliar a discussão sobre a legalização do aborto no Brasil, a pesquisa questionou os respondentes quanto às situações em que a interrupção da gravidez poderia ser legalizada no Brasil. Entre os favoráveis ao aborto, o estupro foi a causa apontada por mais entrevistados: 91%. Em seguida vieram riscos de vida para a mãe (85%), fetos anencéfalos (82%), e outros casos de má-formação grave (74%). O diagnóstico de microcefalia, problema que teve muitos casos identificados no Brasil no último ano, foi indicado por 29% dos respondentes. Com menor aceitação vieram as hipóteses de quando a mãe não tem condições financeiras para criar o filho (16%), gravidez indesejada (6%) e caso os pais sejam menores de idade (3%). Outros 2% afirmaram outros motivos, como sistema nervoso ainda não formado no feto, mãe com HIV e até Síndrome de Down detectada no bebê.

A pesquisa do Opinion Box também questionou os internautas brasileiros quanto ao que eles acham que aconteceria se o aborto fosse legalizado. 62% acreditam que o número de abortos aumentaria no país, sendo que 44% acham que aumentaria muito. 15% acreditam, por outro lado, que o número poderia cair. Os 23% restantes acham que os abortos realizados, legal ou ilegalmente, se manteriam na mesma quantidade.

Por fim, como o debate político tem batido bastante de frente com a questão da legalização do aborto, os entrevistados foram questionados se a posição de um político em relação ao aborto influencia os respondentes na hora de votar. Dos 1814 entrevistados, 51% disseram que sim. Outros 24% são indiferentes à questão e os 25% restantes afirmaram que não.

Para finalizar, o Opinion Box perguntou aos participantes da pesquisa o que as pessoas acham que deveria ser realizado pelo SUS em um cenário hipotético de legalização do aborto. 45% dos entrevistados acreditam que deveriam ser mantidos apenas os procedimentos que já são realizados atualmente; 25% acreditam que todos os casos deveriam ser atendidos pelo SUS; 20% julgam que nenhum procedimento deveria ser realizado, enquanto outros 10% não souberam ou preferiram não opinar.

A margem de erro da pesquisa é de 2,3 pp e o intervalo de confiança é de 95%.



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