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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Abinpet incentiva pais a avaliarem prós e contras de presentear as crianças com um pet



São muitos os benefícios de ter um animal de estimação para as crianças, mas é necessário que os responsáveis tomem essa decisão após ponderações

Qual criança nunca pediu um bichinho de estimação? A presença de um mascote, seja um peixinho, um passarinho, pequenos roedores, gatos ou cachorros, muda a rotina de uma casa e também do ambiente, mas é uma mudança benéfica. Estudos comprovam que a convivência com animais de estimação desde cedo traz benefícios tanto para a  saúde física quanto emocional, ao estimular a criança a desenvolver noções de responsabilidade com o outro, tornando-as mais afetuosas, altruístas, sensíveis e sociáveis, comportamentos que permanecem na vida adulta. A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) consultou especialistas para ajudar as famílias a entenderem o momento certo de adquirir um pet.

A psicóloga, mestre em psicologia da Saúde e doutora em psicologia clínica, Déria Oliveira, explica que o contato com animais ajuda no processo de desenvolvimento da criança.  “Os pequenos ampliam suas habilidade sociais, apresentam um melhor desenvolvimento motor, aprendem valores como cuidar e amar incondicionalmente, além de ter ganhos na autoestima”.

Para colher os bons frutos dessa relação, é preciso considerar que o mascote ideal requer atenções especiais, e vale inserir a criança nessa rotina, dividindo responsabilidade nos cuidados conforme a idade. A partir dos 3 anos, elas podem ajudar em tarefas simples, como participar da hora da alimentação e, conforme o amadurecimento, os pais podem e devem passar outros tipos de responsabilidades.  “É importante perceber que a decisão real não é sobre ter um pet, mas sim ensinar a criança a ter empatia, já que ela aprende muito sobre si mesma por espelhamento. Reconhecer o animalzinho como outro ser com necessidades diferentes, mas que assim como ela sente fome, frio, alegria, solidão, é fundamental para seu desenvolvimento”, explica Luciana Kie, psicóloga e psicanalista.

Com a proximidade do Dia das Crianças, presentear os pequenos com um pet pode ser uma opção, se houver, na família, um consenso sobre a aquisição após avaliar se há condições afetivas, de tempo e financeiras para receber esse novo membro. “Não existem prós e contras a se pesar em relação à perspectiva da criança, mas é preciso que haja uma plena concordância dos responsáveis. Se esse animal de estimação for para estimular o desenvolvimento sócio afetivo da criança e for bem acolhido, sem dúvida é um ótimo presente. Mas se esse animal for para alguma barganha, como qualquer outro presente que não deveria ser dado, é melhor repensar” orienta a psicóloga Patrícia Serra Cypriano.

Vale lembrar que, após datas comemorativas, o número de animais abandonados costuma aumentar. “A posse responsável é muito importante, já que os animais não são brinquedos descartáveis”, lembra Sophia Porto Kalaf, voluntária da ONG Vira-Lata é Dez. Graduanda em psicologia, Sophia endossa o coro sobre a importância do convívio das crianças com animais, mas resalta que a decisão de adotar um amiguinho é uma responsabilidade que pode durar, em média, 12 anos, e cabe aos pais decidir se a criança está preparada para ter um bichinho ou não, e que eles não devem atender o desejo do filho de ter um pet caso não estejam de total acordo.

Segundo Déria Oliveira, optar por ter um pet é uma decisão que precisa ser bem pensada. “O tutor precisa gostar do animal, porque ele levará um tempo para se adaptar à residência e à dinâmica familiar. Requererá afeto e muitos cuidados com alimentação adequada, vacinação, consultas veterinárias, passeios - dependendo da espécie do animal, entre outros. No entanto aqueles que gostam e os possuem têm fiéis companheiros e compreendem o significado do termo amor incondicional”.





Sobre a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação
A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) representa a indústria Pet, que congrega os segmentos Pet Food (alimento e ingredientes), Pet Vet (medicamentos veterinários) e Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza). A entidade fortalece o setor por meio de ações que contribuem para o desenvolvimento de seus associados e também para aumentar a percepção de que os benefícios da relação entre seres humanos e animais de estimação se estendem a toda a sociedade.
A Abinpet desenvolveu a ferramenta de coleta de dados mais confiável do mercado: o Painel Pet, que é mantido atualizado por dados e informações enviados pelos integrantes do setor. Em 2015, o faturamento da Indústria Pet chegou aos R$ 18 bilhões. É cada vez maior a participação desse setor na economia nacional e, por isso, é parte relevante do agronegócio: cerca de 67,3% do faturamento de 2015 veio dos produtos para nutrição animal, cuja composição é 95% agropecuária, com ingredientes como milho, soja, arroz, trigo e carnes de aves, bovinos e peixes.
Todos os produtos da indústria de alimentos e medicamentos veterinários são fiscalizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na Secretaria de Defesa Agropecuária (DFIP, DIPOA e Vigiagro).
A Associação é referência técnica para o setor e publica há nove anos o Manual Pet Food Brasil, adotado pelas principais fabricantes de alimento como guia de boas práticas. O Manual contém informações sobre os padrões técnicos e de qualidade de matérias-primas, parâmetros nutricionais, metodologias analíticas aplicáveis e condições ideais de produção para garantir alimentos seguros aos mercados nacional e internacional. Sua atualização ocorre a cada dois anos, considerando o desenvolvimento do setor.



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