Quatro em cada dez
brasileiros estão com as contas atrasadas; educador financeiro dá dicas de como
começar a quitar os débitos
Segundo
dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL), 58 milhões de brasileiros estão com dívidas em
atraso e, só em abril, 500 mil consumidores entraram para a lista de devedores
e negativados. Isso representa quatro em cada dez adultos com nome na lista de
inadimplentes. "A inadimplência atingiu seu ápice. Não dá mais para
remediar a situação, é hora de controlar de vez o orçamento", preocupa-se
o educador financeiro Pedro Braggio.
As contas bancárias são as que mais
registram pagamentos atrasados, porém, cada vez mais, contas como de energia
elétrica e água estão ficando pendentes. O educador aconselha que para
renegociar as dívidas com os bancos é importante avaliar condições de taxas e
juros dos concorrentes e, sobretudo, fazer cálculos realistas. “O inadimplente
deve se comprometer apenas com o que realmente poderá ser pago. Por outro lado,
parcelamentos muito longos devem ser evitados”, indica.
Pedro ainda aconselha que o acordo seja
feito sempre pessoalmente e não ocorra exatamente na primeira visita ao
gerente, por pressão ou desespero. “Ao negociar e começar a pagar sua dívida,
não caia novamente no descontrole a ponto de não cumprir o combinado. Se isso
ocorrer, as taxas para renegociação são ainda maiores. Prometeu pagar, pague”,
alerta.
Com relação à prioridade das contas,
comece por aquelas que possuem juros mais altos. Deixar o cartão de crédito em
casa e esquecer a possibilidade de um novo empréstimo também são formas de se
evitar novas contas. “Só com educação financeira podemos alcançar felicidade na
nossa relação com o dinheiro e isso inclui renúncia e disciplina”, finaliza
Pedro Braggio.
Pedro Braggio - Há 20 anos, atende famílias e empresas
ajudando-os a cuidar das finanças por meio de palestras, cursos, encontros
individuais e grupos de apoio financeiro. É graduado em Ciências Contábeis e
especialista em Finanças. Desde criança, Pedro enfrentou dificuldades
financeiras na família e assumiu o controle do orçamento doméstico aos 9 anos.
O talento natural o impulsionou a auxiliar mais pessoas no equilíbrio da saúde
financeira.
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