Pesquisar no Blog

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Que país teremos nos próximos anos? Uma visão macroeconômica do futuro brasileiro




Economistas acreditam nos ajustes necessários e na recuperação da economia
A décima primeira sessão, realizada no congresso ABVCAP 2015, sobre que país teremos nos próximos anos deu início com ponto de vista unânime entre os panelistas: trata-se de questão de confiança.
Segundo a mediadora Denise Pavarina, presidente da Anbima, "Para retomar o crescimento no país é preciso confiança, pois estamos vivendo um momento muito complexo". E para se retomar a confiança, dependemos de dois fatores: o primeiro é clareza de objetivos e a segunda é execução. "Pra mim parece muito evidente que a nova equipe econômica, não só Ministério da Fazenda, mas o Ministério do Planejamento e Banco Central tenham uma clareza muito grande de objetivos, ainda que isso custe um pouco de insatisfação da população, o objetivo é tornar o Brasil mais competitivo e eu tenho visto essa equipe muito focada em relação a isso. Eles querem deixar a economia funcionar. Essa clareza já é um passo muito grande sobre a retomada de confiança", complementa David Becker Jordan, Economista-Chefe, Bank of America Merril Lynch.
De acordo com ponto de vista de Jordan, "não basta ter planejamentos, é fundamental termos uma entrega, ter execução. E para isso, temos que ter persistência.  É necessário uma equipe econômica obstinada a cumprir metas, desenvolver o mercado de capitais e obstinada em fazer a infraestrutura acontecer. Vemos que as pessoas estão qualificadas para isso. Então, ainda que no curto prazo a confiança seja pouca, pois estamos vivendo o pior momento da nossa história, existe uma chance e os empresários e investidores apostam nisso. Eu ousaria a dizer que estamos deixando o fundo do poço pra trás. É arriscado, pode soar como uma provocação, mas estamos tendo uma visão um pouco mais construtiva".
Já o palestrante Fernando Honorato, Economista-Chefe, Bradesco Asset Management, acredita que existe uma melhora de expectativa e de confiança na margem e defende a ideia de que existe a diferença da foto e o filme. "A foto é horrível. Uma foto de desaceleração, de ajustes e todo ajuste tem um custo, mas o que deixa a gente mais confortável é que a tendência do filme é melhorar. Se olharmos o PIB brasileiro nos últimos 60 anos, veremos que nossos períodos de menor crescimento, ou crise, são de curta duração, de no máximo 3 anos, e que nossa economia se recupera muito rapidamente depois ", exemplifica Honorato.
Para Honorato, a questão do cenário externo é fundamental, apesar de acreditar que em parte, o câmbio mais depreciado torna alguns ativos mais atrativos.
Daniel Lavarda, economista do Credit Suisse, o fato do governo não conseguir entregar uma meta de 2% não é relevante para vir um downgrade.  "Mas isso não vai acontecer tão breve. Se acontecer vai ser por volta de 2017. Por isso o sentimento de pessimismo, que vem especialmente da atividade econômica e o do aumento do índice de desemprego, ou seja, crescimento negativo da massa salarial desde 2003.", comenta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados