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quarta-feira, 29 de abril de 2015

América Latina




Estudo do PageGroup traça perspectiva econômica para região na visão de quase 1800 executivos
Juros, inflação e a cotação do dólar preocupam as empresas. Investimentos devem ser manter estáveis


O ano de 2015 deve ser desafiador não apenas para o Brasil, mas para os principais países da América Latina. É o que revela o Mapa de Perspectivas Econômicas e Profissionais 2015, desenvolvido pelo PageGroup, consultoria líder mundial em recrutamento executivo especializado, que opera com as marcas Michael Page, Page Personnel e Page Executive na região. Ao todo, participaram do levantamento 1773 executivos que ocupam altos cargos de gestão no Brasil (518), Argentina (154), Chile (432) Colômbia (159) e México (518).

Dos profissionais consultados na pesquisa - 57% de empresas multinacionais e 43% de companhias locais -  ocupam postos de observação privilegiados. 41% atuam em companhias com faturamento superior a US$ 1 bilhão, 27% em empresas com faturamento até US$ 1 bilhão, 14% em empresas com faturamento de até US$ 500 milhões e, por fim, 18% estão alocados em empresas com faturamento até US$ 100 milhões.

Hierarquicamente estão divididos em CEO ou Diretor Geral (11%), Vice-Presidentes (8%), Diretores (22%), Gerentes Executivos (18%, Gerentes (25%) e outros cargos (16%). 29% do total de profissionais ocupam posição estratégica no RH das empresas, os demais estão divididos em Finanças (18%), Vendas (14%), Operações (11%), Tecnologia (6%), Marketing (4%), Logística (3%), Jurídico (1%) e outras áreas (14%).



Cenário Macroeconômico


Juros

Para 49% dos executivos latino-americanos a taxa de juros irá aumentar em 2015. O Brasil, neste aspecto, se mostra o país mais pessimista.


No Brasil, 77% dos profissionais acreditam que a taxa básica de juros aumentará neste ano, enquanto que no ano passado apenas 60% apostavam em aumento. 50% dos Colombianos e 49% dos Mexicanos também acreditam em aumento. Os Chilenos, porém, são os mais otimistas, 31% dos profissionais acreditam em queda na taxa, enquanto que na Argentina a expectativa é de manutenção, crença compartilhada por 52% dos executivos que atuam no país.


 Inflação

A inflação deve aumentar na região em 2105 na visão de 47% do total de profissionais que participaram do levantamento do PageGroup. Neste quesito, os mexicanos são os mais pessimistas: 60% acredita no aumento da inflação no país, seguidos pelos brasileiros (48%) e argentinos (45%). Entre chilenos e colombianos, somente 40% acreditam em aumento de preços.

O ponto fora da curva neste aspecto do estudo é a visão de 28% dos chilenos que acreditam em diminuição da inflação, em contraste com 8% dos brasileiros, 7% dos argentinos e 5% de mexicanos e colombianos.



PIB


Para 45% dos executivos consultados no estudo, o PIB, que mede a taxa de crescimento da economia, deverá se manter estável. Os colombianos são os que apresentaram visão mais favorável, sendo que 30% acreditam em crescimento. Para 24% dos mexicanos a economia também deve crescer em 2015, enquanto que para 20% dos chilenos o crescimento também deverá marcar o desempenho econômico do país neste ano. 


Os argentinos, por sua vez, se mostraram descrentes quanto ao crescimento do país e 61% dos profissionais ouvidos acreditam em redução do PIB. Os brasileiros, em sua maioria, apostam predominantemente na estabilidade, 55% apostam na manutenção do cenário atual de baixo ou quase nada de crescimento, mas sem recessão.




Dólar

Para 75% dos executivos consultados o dólar deverá aumentar seu valor em relação às moedas locais em 2015. Os argentinos são os mais crentes neste sentido: 82% acreditam na valorização da moeda americana, enquanto que 79% dos colombianos também apostam na mesma direção, seguidos por mexicanos (78%), brasileiros (75%) e chilenos (64%). O país andino, porém, chama atenção pelo alto grau de confiança quanto ao dólar: 27% acreditam na manutenção do valor da moeda americana.

 

Desemprego 

Para 54% dos profissionais entrevistados o desemprego também deverá aumentar em 2015. Na argentina, porém, a expectativa do fechamento de postos de trabalho é uma preocupação para 69% dos profissionais entrevistados. Chile e Brasil também compartilham visões negativas a respeito do emprego, 68% dos chilenos e 64% dos brasileiros acreditam no aumento da taxa. Colombianos e mexicanos são os mais otimistas, 54% e 39%, respectivamente, acreditam em estabilidade neste indicador. 



Investimentos

A visão dos executivos latino-americanos sobre os investimentos que a região deverá receber ao longo do ano de 2015 está dividida e bastante equilibrada. Para 33% dos profissionais eles deverão aumentar em relação ao ano passado, enquanto que para 32% devem diminuir. 36% acreditam que ficarão estáveis.

Colômbia e México são os países com melhores expectativas de investimentos, na visão dos executivos. Para 50% e 38%, respectivamente, estes deverão ser maiores, enquanto 30% dos brasileiros acreditam que o país receberá mais investimentos em relação ao ano passado. No Chile, 27% creem em aumento de investimentos, enquanto na Argentina, apenas 16% apostam em mais recursos de fora para estimular a economia do país.

O Chile lidera nas expectativas pessimistas. Para 42% dos entrevistados o país deverá receber menos investimentos que no ano passado, enquanto no Brasil apenas 32% são pessimistas, seguido de 31% de argentinos.








Investimentos Corporativos

As empresas da região estão decididas a investir no aumento da produtividade. É o que aponta o levantamento do PageGroup. O perfeito equilíbrio entre produção e rentabilidade, além da maximização do potencial dos canais de venda foram apontamentos prioritários pelos profissionais ouvidos no estudo.




Investimentos em ações para ganho de produtividade, procedimento muito comum em cenários econômicos desafiadores estão acima da média geral em países como Argentina, brasil e Chile. Já a expansão de capacidade operacional e planos fabris, consequência de economias em expansão, superam a média geral na Colômbia e no México.






 Contratações mais estratégicas

Mesmo com a expectativa de um cenário desafiador em 2015, 43% das empresas devem aumentar seu quadro de funcionários em 2015 na América Latina.  As áreas operacionais (43%) e de vendas (35%) ganharam prioridade por parte das empresas que pretendem contratar na região, comprovando que as companhias estão mesmo focadas em ganho de produtividade e rentabilidade. Tecnologia entra em terceiro lugar na escala de prioridades de contratação (6%).
Áreas prioritárias por país:


Brasil
Operações
46%
Vendas
33%
TI
9%
México
Operações
44%
Vendas
37%
Finaças
4%
Colômbia
Operações
43%
Vendas
27%
TI
6%
Chile
Operações
45%
Vendas
35%
TI
8%
Argentina
Vendas
32%
Operações
30%
TI
14%



Plano de Carreira 2015

O estudo também avaliou os objetivos destes profissionais em relação ás suas carreiras ao longo de 2015. Para a maioria dos profissionais (34%), acumular experiência na mesma empresa e posição atual é a prioridade, enquanto que 21% estão em busca de outras oportunidades, em setores diferentes dos que atuam. 20% buscam oportunidades no mesmo setor e 13% esperam conseguir se movimentar internamente em sua empresa. Para 12%, porém, a prioridade é investir em aperfeiçoamento acadêmico.  

Confira o que é prioridade em cada país analisado pelo estudo:






Obstáculos ao crescimento

Por fim, o Mapa de Perspectivas Econômicas e Profissionais do PageGroup procurou identificar, na visão dos 1773 executivos entrevistados, os principais problemas apresentados para o desenvolvimento econômico na região.

A burocracia lidera a lista de reclamações na Argentina, Chile e México, ficando em segundo lugar no Brasil e na Colômbia. A alta carga tributária é apontada como um grande problema na maior parte dos países, com exceção do Chile, que vê a baixa produtividade de seus profissionais como um problema mais grave.

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