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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Portaria para a inclusão do Implante Baha e Implante Coclear Bilateral é aprovada pelo SUS





Foi aprovada em dezembro, a portaria que prevê a inclusão do implante Baha e implante coclear bilateral pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - com a regulamentação de novos centros de implantes e indicações, implante coclear bilateral, próteses ativas de ancoragem ao osso e a cobertura da manutenção dos processadores do IC (implante coclear) e BAHA. 
A equipe da UNICAMP apresentou em 2008 o pedido para a inclusão da tecnologia BAHA (Aparelho Auditivo de Ancoragem Óssea, em tradução livre) no Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de oferecer tratamento aos pacientes que nascem com microtia, atresia de conduto auditivo externo e patologias congênitas que afetem transmissão por via condutiva, possibilitando, desta forma, mais uma maneira de reabilitar a perda auditiva aos usuários da rede pública. Além disso, a portaria inclui o implante coclear bilateral.
O projeto teve de passar por várias etapas necessárias para a confirmação da eficácia deste tratamento até ser aprovado. “A ideia é que alguns centros do SUS credenciados para realização de implante coclear possam incluir este tratamento em seu portfólio”, afirma o otorrinolaringologista Dr. Arthur Castilho, um dos responsáveis pelo projeto.

Os implantes cocleares estão disponíveis tanto em clínicas e consultórios particulares como pelo SUS. Também é possível ressaltar que muitos já conseguiram seus implantes cocleares pelos convênios, e seguros de saúde, mediante indicação e relatório médico específico.

Sobre o Sistema Baha:
O Sistema Baha utiliza o processo denominado condução óssea direta: um pequeno pino de titânio é implantado no crânio, atrás da orelha. A cirurgia é simples e pode ser realizada, na maioria dos casos, com uma anestesia local. Após ocorrer a osseointegração do pino de titânio ao crânio, em aproximadamente 4 meses, um processador de som é conectado ao pino. O processador de som pode ser utilizado e retirado a qualquer momento. O processador capta os sons e transfere diretamente pelo osso à cóclea sem passar pelas áreas afetadas. A qualidade do som é muito melhorada quando comparada aos vibradores ósseos e o processador de som Baha é confortável e discreto.

É indicado também para perdas unilaterais. O processador de som Baha é colocado no ouvido surdo. O aparelho captura o som e o transfere à cóclea da outra orelha através da condução óssea direta. Isso resulta na sensação de audição na orelha surda. Os pacientes relatam que, através do processador de som Baha, eles conseguem distinguir os sons recebidos do lado surdo dos sons recebidos diretamente da orelhado outro ouvido. Também pode ser utilizado para quem tem perda mista (quando a perda condutiva ocorre junto com a perda neurossensorial).

Sobre o Implante Coclear:
Trata-se de uma prótese eletrônica que é introduzida cirurgicamente, e que substitui totalmente o ouvido das pessoas que têm surdez total ou quase total. Ele é capaz de realizar as funções das células ciliadas lesadas ou ausentes da cóclea, por meio do estímulo elétrico das fibras remanescentes no nervo auditivo, a fim de ser decodificado pelo córtex cerebral. Seu funcionamento difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) – um dos mais comuns – por fornecer impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário a capacidade de perceber o som, enquanto que o AASI só amplifica o som. O implante é recomendado para paciente que tem perda auditiva bilateral e que a recuperação de parcial da audição não seja possível com aparelhos convencionais.

Dr. Arthur Castilho - Possui graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (1996), Residência Médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1998-2000) e Doutorado em Otorrinolaringologia pela Universidade de São Paulo (2006). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Otorrinolaringologia - Otologia. Realizou estágio de complementação especializada em Cirurgia Otológica e da Base do Crânio (FMUSP/2003-2005). Médico assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Título de especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial. Concentração na área de cirurgia da reabilitação da audição: Implante Coclear.

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