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domingo, 18 de janeiro de 2015

Os problemas de pele mais comuns no verão




Férias, sol e praia. Quem não gosta? Está é a combinação perfeita do verão, época de descanso e também de cuidados redobrados com a pele, pois alguns problemas costumam aparecer com frequência nessa época do ano. Dra. Carolina Marçon, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia explica que "as temperaturas elevadas contribuem para o surgimento de micoses e outros incômodos na pele, por isso o verão exige cuidados específicos para prevenir algumas doenças e garantir que a diversão não termine mais cedo."
Segundo a especialista, uma das micoses mais comuns é a pitiríase versicolor, que ao contrário do que se pensa, não é adquirida na praia ou piscina. O fungo causador da doença habita a pele de todas as pessoas e, em algumas delas, é capaz de se desenvolver provocando as manchas. "Muitas vezes, a doença é percebida poucos dias após a exposição da pele ao sol, porque nas áreas da pele afetadas pela micose, a pele não se bronzeia. Com o bronzeamento ao redor, ficam perceptíveis as áreas mais claras onde está a doença e a pessoa acha que pegou a micose na praia ou piscina. Entretanto, o sol apenas mostrou onde a micose estava."
Outra doença de pele típica da estação mais quente do ano é o bicho geográfico, que é causado por parasitas intestinais do cão e do gato que ao defecarem na terra ou areia, deixam os ovos nas fezes que se transformam em larvas e que irão penetrar na pele. "Por estar na pele humana, a larva não consegue se aprofundar para atingir o intestino (o que ocorreria no animal) e caminha sob a pele formando um túnel tortuoso e avermelhado.  É mais comum em crianças e as lesões são geralmente acompanhadas de muita coceira. Os locais mais tingidos são os pés e as nádegas, por isso deve-se evitar andar descalço em locais frequentados por animais", afirma Dra. Carolina.

Bastante comum no verão, a herpes labial também pode incomodar mais. Causada por um virus, a infecção ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época. "A reativação do vírus pode ocorrer devido a diversos fatores desencadeantes, como exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam a resistência orgânica. Os sintomas geralmente aparecem na primeira ou nas duas primeiras semanas. As lesões podem aparecer na gengiva, na boca, na garganta ou no rosto", comenta a médica.
Dra. Carolina adverte também sobre a fitofotomelanose, uma manifestação alérgica na pele causada pela exposição ao sol após contato com plantas ou suco de algumas frutas, principalmente limão, laranja e tangerina. "A doença se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras nas áreas afetadas. O formato das manchas depende da exposição da pele às substâncias, sendo frequente lesões pontilhadas causadas por respingos de limão espremido. Outros produtos como perfumes e refrigerantes também podem causar a reação, sendo neste caso uma fotomelanose". A dermatologista explica que o desaparecimento das manchas ocorre de forma espontânea e gradativa, devendo-se proteger a pele da exposição ao sol com filtros solares potentes.
Outro problema que costuma aparecer com mais frequência no period de temperaturas elevadas é a melanose solar, provocada pelo sol que danifica a pele ao longo dos anos. "As melanoses solares são mais comuns em pessoas de idade, daí o nome 'mancha senil'. O dano solar acumulado ao longo do anos induz o aumento do número de melanócitos e de sua atividade, produzindo mais melanina e escurecendo a pele. As manchas surgem apenas nas áreas que ficam muito expostas ao sol, como a face, o dorso das mãos e dos braços, o colo e os ombros.”

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