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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Nomeações políticas: a praga do Brasil

E OS “CHARLIES” BRASILEIROS?
Os terroristas que atacaram uma revista e um mercado judaico em Paris foram abatidos, impiedosamente, pela polícia francesa, sob aplausos de todo o mundo civilizado, especialmente pelos Presidentes da ONU e da França, bem como pela imprensa nacional francesa e internacional. Com os terroristas que atacaram a Maratona de Boston, o tratamento foi similar. Ou seja, esses países deixam claro que não hesitam em matar assassinos covardes, pouco importando a condição social de origem.
Senti falta de um personagem sempre presente em episódios como esses no Brasil: ONGs europeias de direitos humanos, sempre presentes por aqui através de suas subsidiárias ou satélites coloniais. A anistia internacional se fingiu de morta. Outras do gênero, idem.
Nenhuma dessas instituições se apressou em acusar a brutalidade desses atos com argumentos sempre presente no Brasil e utilizados para atacar nossas polícias por ONGs, políticos autodenominados “de esquerda” e jornalistas: o uso desproporcional da força pelo Estado; não se combate violência com mais violência; deveriam resolver esses conflitos com diálogo, etc, etc.
Não estou aqui defendendo direitos humanos para aqueles terroristas. Mas é bom lembrar que também temos nossos “charlies” e nossos “terroristas”. Os “charlies” brasileiros são todos os cidadãos de bem (trabalhadores, estudantes, mães e pais de família, pessoas ordeiras e produtivas que sustentam o Estado, o bem-estar da sociedade, a imprensa, etc), cuja ousadia e irreverência é viver pacificamente num país violento e mergulhado em guerra civil (ignorada pelos governantes).
E os nossos “terroristas” são os integrantes do banditismo reinante nas ruas de todo o país e no campo que agridem ou matam centenas de “charlies” todos os dias por não terem polícias tão eficientes como os franceses, além desses “charlies” terem sido proibidos de usar armas de fogo para autodefesa pelo Estado omisso e ineficiente na segurança pública.
Debochando da seriedade e da competência que a situação requer, um dos governadores mais omissos e ineficientes na segurança pública, Jaques Wagner na Bahia, mal deixou o cargo de Governador e já assumiu o Ministério da Defesa, nomeado pela Presidente Dilma. Sua defesa perante a opinião pública pelo aumento exponencial da violência na Bahia durante o seu governo foi de que a criminalidade não se resolve com polícia, mas com “políticas públicas”. Até o momento, nós baianos não vimos os efeitos positivos desta panaceia administrativa.
Como a formação ideológica do PT tem forte influência do Partido Socialista francês que elegeu o atual Presidente daquele país, seria esperado uma condenação do nosso governo petista a atuação do Estado francês no episódio. Afinal, para os petistas, não se combate violência com mais violência. Até o momento, isto não ocorreu. Será se o PT vai mudar de opinião e de ação perante a criminalidade por aqui também? Não creio.
A Operação Lava-a-Jato e outras do gênero nos informa que os governantes brasileiros não estão interessados em resolver nossos problemas, assumindo as responsabilidades e providências prometidas em palanque. Seus interesses verdadeiros e indisfarçáveis são as grandes e rentáveis negociatas, fonte de enriquecimento rápido, protegidos que estão de alcance implacável da justiça.
Quanto às ONGs de direitos humanos e à imprensa, espera-se que sejam coerentes e que militem, inarredavelmente, em favor dos “charlies” brasileiros, as vítimas da criminalidade brutal: são quase 60.000 assassinatos ao ano e outros tantos mutilados e agredidos (a maioria desses não é de classe média ou de ricos; são de pobres de periferia que trabalham ou estudam e estão sendo agredidos e assassinados por bandidos). E que enxerguem a semelhança entre os terroristas franceses e os terroristas brasileiros que atacam, impiedosa e covardemente, pessoas indefesas, matando só pra ver o tombo, muitas vezes sem qualquer reação das vítimas desarmadas. Isto, também, é terrorismo.
Se o direito à liberdade de expressão tiver o mesmo valor, no Brasil, do direito à vida (de não ser assassinado), então há motivos suficientes para que façamos uma guerra pra tirar os governantes da zona de conforto da omissão na Segurança Pública.
Roberval Guedes

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