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sexta-feira, 25 de abril de 2014


É preciso ficar atento às armadilhas na portabilidade do FGTS

Além de barganhar juros menores, clientes também precisam levar em conta despesa com cartório e taxa de administração

 A partir do mês que vem, quem quiser poderá realizar a portabilidade do FGTS, que é depositado na Caixa Econômica Federal, para outros bancos que ofereçam taxas mais atraentes. A portaria que autoriza essa migração já foi publicada no Diário Oficial da União e valerá a partir do dia 5 de maio. Na prática, será permitido ao cliente transferir a dívida para outra instituição financeira, sem ter nenhum custo por isso.

Segundo o professor do curso de Economia da Faculdade Mackenzie Rio, Marcelo Anache, quem financiou a casa com FGTS e deseja mudar de banco precisa ficar atento para não cair em armadilhas. “O primeiro passo é verificar quem oferece as melhores taxas de juros. Se a diferença for muito pequena, a portabilidade pode não ser favorável, até porque precisam ser levados em consideração dois pontos importantes: a taxa de administração, que será cobrada pelo novo banco, e as despesas com cartório, como certidão e documentos. Esse será um diferencial importante que pode pesar na conta final”, esclarece.

De acordo com ele, a concorrência entre os bancos é benéfica para o mutuário, que vai pode barganhar valores menores. “A portabilidade vai permitir ao trabalhador buscar a instituição que lhe ofereça melhores condições de financiamento. Essa operação pode aumentar a concorrência nesse tipo de crédito, já que atualmente a maior parte dos financiamentos com recursos do FGTS é feita pela Caixa Econômica Federal. Com esse movimento, a expectativa é que os bancos renegociam os juros para não perderem os clientes”, finaliza.

 

Marcelo Anache - economista, coordenador e professor do Curso de Ciências Econômicas da Faculdade Mackenzie Rio e está disponível para entrevistas.

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