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segunda-feira, 31 de março de 2014


HOJE, 31 DE MARÇO, É O DIA MUNDIAL DO BACKUP

A véspera do 1º de abril, o “Dia da Mentira”, quando a internet é invadida por um turbilhão de notícias falsas, hoje, 31 de março, será comemorado o Dia Mundial do Backup, data que propõe uma mobilização para que realizemos cópias de segurança de nossos dados e documentos, independente de sermos pessoas físicas ou jurídicas. Hoje, para praticamente todas os projetos e atividades que desenvolvemos, precisamos de computadores, notebooks ou dispositivos móveis. Esse aumento do uso da tecnologia acaba ampliando também os riscos aos quais estamos expostos em relação à perda de informações.  

Um arquivo de computador ou servidor pode sofrer danos ou até mesmo se perder por completo por causa de vírus, piques de energia, problemas de hardware, falhas físicas ou humanas. Se para uma pessoa já é um grande transtorno perder os dados salvos em seu celular, imagine só para uma empresa, independente do porte ou segmento? 

Devemos lembrar que a informação possui um valor altamente significativo para quem a possui. Este bem precioso está diretamente integrado com processos, pessoas e tecnologias. Dessa forma, podemos caracterizar a informação como um ativo que, como qualquer outro ativo importante nos negócios, tem um valor extremamente significativo para a organização e consequentemente precisa ser protegido.  

Para evitar perdas de dados, a IOB Folhamatic EBS, uma empresa do Grupo Sage, resolveu comemorar o Dia Mundial do Backup oferecendo alguns preciosos conselhos para quem quer – e precisa – manter suas informações a salvo. Neste sentido, a primeira dica é fazer uma análise das informações que realmente precisam de backups. Na sequência é importante adotar os meios de armazenamento adequados – CD, DVD, Blu-Ray, pen drive, disco rígido, armazenamento USB ou na nuvem – internet; e, por último, realizar os backups com frequência. 

O backup existe como forma de prevenir que os arquivos sejam apagados acidentalmente, seja por falha física ou humana, garantindo a integridade dos dados, das configurações e arquivos de usuários. A prática da segurança da informação torna o ambiente onde essa informação está sendo gerada mais seguro e traz maior controle de segurança e preservação da vida útil do documento digital. É preciso deixar claro que os benefícios do backup não são apenas para a empresa, mas também para todos envolvidos no processo, como clientes e parceiros. 

A ausência de backup e preservação dos documentos digitais representa a carência de conhecimentos sobre a importância da preservação digital. O fator cultural influência na questão da mudança de processos e consecutivamente, de comportamento, onde antes o documento era o papel. Agora é tudo digital. Devemos encarar essa realidade. Aqueles que não dão o devido valor ao backup não sabem o risco que correm e a tendência é aprender isso da forma mais amarga e difícil com a perda de dados importantes.

 

Juliane Borsato Beckedorff Pinto - coordenadora de serviços da IOB Folhamatic EBS, uma empresa do Grupo Sage

 

Dia da Saúde e Nutrição: Na corrida pelo corpo perfeito, saiba como evitar lesões na coluna

No Dia da Saúde e Nutrição (31/3), fisioterapeuta alerta para a importância da consulta de profissionais da saúde antes e durante a prática de exercícios físicos

 No início do ano, as academias ficam mais movimentadas e a procura por resultados rápidos, à base de dietas milagrosas e exercícios exagerados, coloca em risco a saúde de jovens e adultos. No Dia da Saúde e Nutrição (31/3), fisioterapeuta alerta aos riscos de lesões na coluna, principalmente, para quem malha por conta própria, em playgrounds e academias públicas. Uma boa dica para cuidar do corpo e fortalecer a musculatura é o Pilates Terapêutico, muito indicado para aumentar a performance esportiva de atletas.

De acordo com a fisioterapeuta Angela Lepesquer, diretoria da Associação Brasileira de Reabilitação da Coluna e do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral do Distrito Federal, o acompanhamento profissional é extremamente importante antes e durante a prática de atividade física. “Os exercícios devem ser indicados e orientados considerando o perfil de cada um dos ‘malhadores de verão’. Acompanhar o peso da pessoa e qual o melhor calçado para a prática do exercício a ser realizado podem evitar sérios problemas na coluna, como hérnias de disco”, explica a especialista em Coluna Vertebral. 

Segundo Angela, o acompanhamento postural durante a prática de exercícios também faz a diferença na performance esportiva. Uma sugestão de exercício completo nesse sentido é o Pilates Terapêutico, que trabalha condicionamento físico, resistência, concentração, fortalecimento de músculos e estabilização da coluna. A modalidade também é indicada para  introduzir esportes de maiores impactos como corrida de rua, futebol, natação, entre outros. 

“A quantidade de esforço feito durante esses esportes pode ocasionar um desgaste na coluna, quando feitos inadequadamente. Em muitos casos, o atleta não se senta corretamente, ou força a coluna para pegar um peso acima do que é o indicado para ele. O aumento da força durante a atividade física, é um fator importante, mas, em alguns casos, pode prejudicar e muito a coluna, gerando problemas que terão repercussão após anos de uso incorreto das estruturas envolvidas”, alerta Angela.

 

Teste genético estima idade biológica X cronológica e avalia hábitos de vida e riscos de doenças

 

Disponível no Delboni Auriemo, exame permite calcular a pontuação do paciente, representada no laudo de forma gráfica

 

Um teste que revela a associação entre o encurtamento dos telômeros (sequências repetitivas de DNA que existem nas extremidades de todos os cromossomos humanos), os hábitos de vida do paciente e o risco para várias doenças - como as cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer, já está disponível no Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica.

 

Com a função de proteger e separar os cromossomos, os telômeros são semelhantes à capa plástica de cadarços de sapato, que impedem que o cadarço desfie, estrague e perca sua função. Em cada célula humana existem 23 pares de cromossomos, e, portanto, 92 telômeros (um em cada extremidade de 46 cromossomos no total).

 

“Cada vez que uma célula se divide, o telômero fica um pouco mais curto”, explica o Dr. Rafael Munerato, diretor clínico do Delboni. Segundo ele, o encurtamento faz parte do ciclo natural da vida e está relacionado aos hábitos adotados durante os anos. “Porém, telômeros curtos podem ser responsáveis por algumas das mudanças que associamos ao envelhecimento normal e não impedir a divisão descontrolada das células (câncer). Por isso é importante medi-los e mantê-los dentro dos níveis considerados normais”, afirma o médico.

 

O Teste para Medição dos Telômeros é realizado por meio de uma coleta simples de sangue, assim como um hemograma. Ele pode ser requisitado por especialistas das áreas de geriatria, nutrologia, endocrinologia, dermatologia, entre outras. “A partir do sangue, se extrai a célula (glóbulos brancos nucleados – Linfócitos T) para estudo do cromossomo e é possível analisar a extensão dos telômeros por uma metodologia de alta sensibilidade e última geração”, revela o Dr. Munerato.

 

Como resultado, é revelada uma pontuação ou índice do paciente. Baseado no cálculo do comprimento dos telômeros, o exame permite calcular a pontuação do paciente, representada no laudo de forma gráfica. De acordo com o especialista, no exame, o índice de telômeros de um paciente é comparado ao índice médio de telômeros de uma população da mesma faixa etária. Se a medição estiver normal ou acima da média, o médico terá uma determinada conduta. Se estiver abaixo, a orientação será outra.

 

Com o laudo em mãos ainda é possível verificar se o paciente, além das características genéticas, está fazendo as escolhas corretas e aconselhá-lo para uma maior prática de exercícios físicos, mudança em sua dieta e outras questões. O médico pode optar pela administração de suplementos que podem ajudar na manutenção dos telômeros ou a reversão do processo de encurtamento.

 

Segundo o especialista, o teste também tem função indireta para a estética, pois reflete na melhoria da qualidade de vida e pode retardar o processo de envelhecimento. “Com o auxílio do resultado, os especialistas podem sugerir medidas preventivas para ajudar as pessoas a lidarem com o estresse, por exemplo, e aumentarem sua qualidade de vida e bem estar”, finaliza.

 

O Teste para Medição dos Telômeros só pode ser realizado por meio de pedido médico, já que o laudo necessita da interpretação e acompanhamento de um especialista.

 

O que o exame pode revelar?

 

·         Bom índice de telômeros, bom estilo de vida: é a confirmação de que as ações escolhidas e hábitos de vida adotados estão funcionando;

 

·         Índice de telômeros insatisfatório, estilo de vida insatisfatório: indica a necessidade de mudanças nos hábitos de vida e evidencia o envelhecimento interno antes do surgimento de doenças externas;

 

·         Índice de telômeros insatisfatório, bom estilo de vida: neste caso, é necessário verificar com atenção o estilo de vida adotado (qualidade dos alimentos ingeridos, excesso de exercícios, estresse, entre outros) e fazer um diagnóstico mais profundo (há deficiências nutricionais subclínicas? Existe sensibilidade alimentar? É necessário iniciar algum tipo de terapia de reposição hormonal?).

 

 

Delboni Medicina Diagnóstica: www.delboniauriemo.com.br

Semana Mundial da Alergia

De 07 a 13 de abril

A Anafilaxia é o tema definido pela World Allergy Organization (WAO) para a Semana Mundial de Alergia, que este ano acontece entre os dias 7 e 13 de abril.

Estima-se que no Brasil a incidência de Anafilaxia varie entre 10 a 20 pessoas para cada 100.000 habitantes. A demora no reconhecimento de uma crise e o retardo no tratamento, que na maioria das vezes é feito pela administração de adrenalina autoinjetável, aumentam as chances de complicações graves.

 

Dados sobre Anafilaxia

Insetos: 

Não existe levantamento sobre o percentual de pessoas alérgicas a insetos.

A pessoa nunca apresenta reação alérgica já na primeira ferroada, mas a partir da segunda já pode acontecer.

Abelhas, formigas e vespas são os insetos que mais causam alergias.

 

Alimentos:

Entre 8% e 10% da população brasileira sofre de alergia alimentar. Estudos conduzidos em 2009 pela Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do HC-FMUSP mostraram que 39,5% das reações alérgicas foram relacionadas aos erros na leitura de rótulos.

Apesar de qualquer alimento poder desencadear um quadro de anafilaxia, os principais alimentos envolvidos são: leite e ovo nas crianças e peixe, castanhas e crustáceos nos adultos. Esses alimentos podem estar presentes em receitas sem uma identificação explícita ou mesmo contaminando outro alimento durante sua preparação, quando utensílios como facas e colheres são usados para o preparo de duas receitas diferentes.

 

Látex:

Incidência de alergia ao látex na população é menor que 1%, mas em grupos de risco, como profissionais da área de saúde, pessoas que passaram por muitas cirurgias e que utilizam frequentemente produtos com látex (luvas, por exemplo) a incidência pode chegar a 70%.

O látex (borracha natural) é usado em vários produtos hospitalares e também no ambiente doméstico. É interessante citar que portadores de alergia ao látex podem também desenvolver alergia alimentar, principalmente por frutas e legumes.

 

Medicamentos:

Dentre os medicamentos, os anti-inflamatórios e os antibióticos são os principais causadores de anafilaxia. Os primeiros são medicamentos usados para dor e inflamação e que, na sua grande maioria, podem ser comprados sem prescrição médica, o que facilita o acesso e o risco de reações adversas ocorrerem. Os principais representantes desse grupo são: dipirona, ácido acetil salicílico (AAS) e o diclofenaco. Apesar de qualquer antibiótico poder causar reação alérgica, os mais comuns são os da classe das penicilinas, como amoxacilina e penicilina benzatina (Benzetacil®). Os anestésicos também podem causar reações alérgicas. Eles são classificados em locais, geralmente usados em procedimentos dentários e suturas na pele, ou sistêmicos, aqueles usados por via inalatória ou injetável nas cirurgias.

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Twitter: @asbai_alergia - Facebook: Asbai Alergia - www.asbai.org.br

sexta-feira, 28 de março de 2014


Nova sinalização turística para pedestre começa a ser instalada em São Paulo

Implantação das placas começou nesta quinta e é uma das ações da cidade para receber a Copa do Mundo

 
 

Começou nesta quinta-feira, 27 de março, a instalação das placas de sinalização turística para pedestre no centro da capital paulista. Este tipo de placa ajudará o turista que visita a cidade a localizar os atrativos turísticos, a traçar o caminho ao destino seguinte e também a obter mais informações e curiosidades sobre cada local. A implantação das placas é uma das medidas da São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos) para melhorar a estruturação do turismo na cidade, visando também a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014.

"O projeto visa orientar e estimular a visitação dos turistas e também aos paulistanos, oferecendo mais informações sobre nossa cidade. Ao todo, o plano prevê a sinalização de 72 atrativos", afirma o secretário municipal para Assuntos de Turismo e presidente da SPTuris, Wilson Poit.

Serão três tipos de placas: a direcional, que mostrará com setas a direção dos pontos turísticos; a placa interpretativa externa de monumento, que ficará em frente aos atrativos e trará texto sobre a história do local; e a interpretativa de região, com o mapa da área e a localização dos pontos de interesse turístico próximos. As placas serão trilingues e as duas últimas terão QRCode: quando o visitante apontar seu smartphone para a imagem usando o aplicativo necessário, será direcionado para uma página eletrônica com mais informações sobre os pontos turísticos.

As primeiras placas implantadas são as interpretativas externas de monumento. Com este modelo, já foram sinalizados os seguintes monumentos: Igreja Santa Ifigênia, Mercado Municipal, Mosteiro São Bento, Beco do Pinto e Viaduto Santa Ifigênia. Na sequência, serão instaladas as placas interpretativas de região e, por último, a direcional. O término da instalação está previsto para maio.

Os modelos de placas

Placa direcional
Ao todo 244 placas orientarão o turista quanto a indicação de sentido das rotas turísticas. Ficarão em logradouros públicos e em locais com movimentação intensa de turistas.

Placa interpretativa externa de monumento
Fixada em um suporte à frente do atrativo, ou diretamente na fachada do imóvel, apresentará informações básicas sobre o bem em português, inglês e espanhol. A placa também terá um QR Code, que direciona facilmente os usuários de tablets e smartphones a uma página específica para cada atrativo, elaborada pela São Paulo Turismo, contendo mais informações e curiosidades sobre o atrativo. Com este modelo, serão contemplados 53 equipamentos turísticos.

Placa interpretativa de região
Sua implantação será em áreas abertas, de grande circulação de turistas, tais como praças. Também terá o conteúdo em português, inglês e espanhol, situando a região ou local no contexto urbano, histórico e turístico, indicando os atrativos no mapa e informando as distâncias entre os bens culturais próximos àquela área. Com informações na frente e no verso, as placas de região também apresentarão o QR Code, e serão instaladas em 19 pontos do centro da cidade de São Paulo.

Envolvidos
O projeto é uma parceria entre o Ministério do Turismo e a Prefeitura de São Paulo, por meio da São Paulo Turismo, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Departamento do Patrimônio Histórico, Conpresp - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Outras ações para a Copa
Além da sinalização turística para pedestres até a data do mundial, a São Paulo Turismo ainda vai concluir a implantação de outras medidas que irão melhorar a recepção aos turistas em São Paulo. Uma delas é a entrega de novas Centrais de Informação Turística, sendo oito móveis, para uso durante os jogos e Fan Fests, e duas fixas, sendo uma no Terminal Tietê e uma no Aeroporto de Congonhas.

A SPTuris também está auxiliando o MTur a realizar os programas de capacitação profissional na cidade por meio do Pronatec Copa. Mais de 1.150 paulistanos que trabalham da cadeia produtiva do turismo foram matriculados e novas turmas serão formadas em abril.

A SPTuris ainda está participando de uma série de iniciativas, como o treinamento de atendentes de centrais telefônicas para a Copa, o desenvolvimento de um site oficial de turismo para o mundial, auxílio no Programa Brasil Voluntário do Governo Federal, produção e distribuição de guias turísticos, promoção internacional da cidade em feiras de turismo fora do país, organização de press trips e um programa de sensibilização para a Copa junto aos principais profissionais de turismo da capital paulista, além de auxiliar a Secretaria Municipal de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida no programa "Capacitação para o atendimento e a Prestação de Serviços às Pessoas com Deficiência para a Copa do Mundo e outros eventos". A proposta do curso é a difusão de práticas de atendimento direcionadas às pessoas com deficiência e otimização da acessibilidade.

quinta-feira, 27 de março de 2014


Dia da Saúde e Nutrição: apenas 22% da população brasileira têm alimentação saudável

Recomendação da OMS é consumir cinco porções diárias de frutas, legumes e verduras

Em 31 de março comemora-se o Dia Nacional da Saúde e Nutrição, data importante para refletir e avaliar como anda a alimentação. Pesquisa divulgada anualmente pelo Ministério da Saúde apontou, em 2013, que apenas 22,7% da população brasileira consomem a quantidade diária de frutas, legumes e verduras recomendada pela Organização Mundial de Saúde: cinco porções ou 400 gramas.

Esse dado aliado às facilidades do dia a dia – era do carro, do controle remoto, da internet e da comida pronta industrializada – e ao crescimento do sedentarismo tem contribuído para o aumento da obesidade, transformando-a em epidemia mundial.

A doença já é reconhecida como sério problema de saúde pública, pois afeta, em todo o mundo, um número crescente de pessoas, acarretando graves problemas sociais e de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade já atinge mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Dados do Ministério da Saúde mostram que a obesidade atinge 17% da população brasileira. Em 2006, esse dado era de 11%.

Segundo o cirurgião do Núcleo de Gastroenterologia do Hospital Samaritano de São Paulo, Sizenando Ernesto Lima, a obesidade está ligada a um desequilíbrio na alimentação e no consumo excessivo de comida. “Além do fator genético, existe o comportamental. Sempre que as pessoas aumentam a ingestão de alimentos e diminuem a atividade física, engordam. O correto é fazer as três principais refeições do dia – café da manhã, almoço e jantar –, intercaladas com pequenas porções de frutas”, orienta.

O médico explica que a obesidade pode ser classificada como leve (IMC entre 30 e 35 kg/m²), moderada (entre 35 e 40kg/m²) e mórbida (acima de 40 kg/m²). Mais perigosa, a mórbida está, na maioria das vezes, associada à hipertensão arterial, diabetes e doenças respiratórias.

Cirurgia bariátrica - Para esses pacientes, que atingiram o grau de obesidade mórbida, a única alternativa para não correr riscos de morte e voltar a ter uma qualidade de
vida é a cirurgia. Atualmente, são realizados no Brasil 80 mil procedimentos por ano.

O preparo para a intervenção leva de dois a seis meses. O especialista explica que devido à alta complexidade, diversos profissionais devem atuar em conjunto antes, durante e depois do procedimento.

O nível de glicemia tem de estar regulado, em caso de diabetes, e muitos pacientes precisam perder 10% do peso antes da cirurgia.  A recuperação da cirurgia passa por um período de total aprendizagem. No primeiro mês, o paciente se alimenta exclusivamente de líquidos – água, sucos, gelatina, chá e  isotônicos.

Depois, entra a alimentação pastosa que evolui gradativamente para uma consistência cada vez mais próxima do normal. Em cerca de 90 dias o paciente poderá comer praticamente de tudo, devagar e em pequenas porções. Alimentos doces devem ser suprimidos porque provocam dumping – mal-estar acompanhado de náuseas, suor frio e tremedeira – e para evitar ganho de peso.

Mesmo recuperado e se alimentando normalmente, o paciente precisa de acompanhamento para não ter recaídas, com recuperação do peso – além das visitas ao cirurgião, deve participar de reuniões periódicas de apoio com equipe multiprofissional. O objetivo é buscar o bem-estar físico e emocional, através da seleção dos alimentos que contenham os nutrientes mais saudáveis e adequados às necessidades de cada indivíduo, para que a rápida perda de peso não leve à desnutrição. Diariamente, e para sempre, o operado tem de tomar um complexo vitamínico e ingerir 100 gramas de carne, para evitar anemia.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Mantenha cães e gatos longe do coelhinho nesta Páscoa!






Chocolate é tóxico para os pets



A Páscoa se aproxima e nunca é demais lembrar que ovos de chocolate não devem ser compartilhados com os animais de estimação. Olhares, apelos, resmungos, súplicas, birras, chantagens e todas as tentativas de cães e gatos para chamar a atenção e ganhar a guloseima devem ser ignoradas pelos donos. Maldade? Não, cuidado!

Entre os alimentos tóxicos para os animais de estimação, o chocolate é um dos maiores vilões, segundo explica a médica veterinária especialista em nutrição Keila Regina de Godoy, da PremieR pet (www.premierpet.com.br).  Isso porque o fígado dos pets não metaboliza direito uma substância presente no chocolate, chamada teobromina, que está relacionada com o teor de gordura do chocolate.

“Quanto menos gordura, mais teobromina a guloseima contém, o que significa que quanto mais amargo e escuro o chocolate, mais tóxico ao animal ele é.  A substância age intensamente no organismo, podendo provocar o aumento de contrações musculares, excitação nervosa, micção em excesso, elevação da temperatura corporal, respiração acelerada, taquicardia, vômitos e diarreia”, alerta a veterinária.

A intoxicação por teobromina geralmente ocorre em animais pequenos e jovens, por serem menos seletivos e devido à quantidade de toxina em relação ao peso. “Se a quantidade ingerida for muito grande, de acordo com o porte do animal, o chocolate pode até levá-lo à morte por parada cardíaca ou respiratória”, alerta Keila.

Portanto, é importante ficar atento e não deixar ovos e bombons em locais acessíveis a cães e gatos. Eles podem se sentir atraídos pelo cheiro, pela embalagem e “roubar” sem que os donos percebam. Também é importante orientar as crianças para que não ofereçam a guloseima. Em caso de ingestão acidental, o animal deve ser avaliado por um médico veterinário.




Estudo revela que poucas meninas recebem as 3 doses de vacina contra o HPV

A vacina HPV pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas

Segundo uma nova pesquisa, apenas um terço das meninas adolescentes nos EUA recebeu as três doses da vacina contra o papilomavírus humano (HPV). O estudo, apresentado em uma reunião da Associação Americana de Pesquisa do Câncer, revelou também que a maioria das pessoas para quem a vacina contra o HPV é relevante (ou seja, pessoas entre 9 e 26 anos, ou alguém que tenha um membro da família nessa faixa etária) desconhece a eficácia da vacina.

Esta incerteza, alegam os cientistas, pode influenciar a tomada de decisão sobre vacinar ou não o jovem, o que dificulta a capacidade de reduzir a incidência de câncer de colo uterino e a mortalidade provocada por este tipo de câncer.

Para realizar o estudo, os pesquisadores analisaram dados de 3.551 adultos. Desse total, 1.417 deveriam tomar a vacina contra o HPV. Apenas 33% das meninas adolescentes receberam as três doses da vacina. Mulheres negras, hispânicas e de baixa renda foram as menos propensas a receber a vacina.

70% dos pesquisados disseram que não tinham certeza sobre a eficácia da vacina na prevenção do colo do útero e apenas 25% disseram que haviam tido uma conversa com seus médicos sobre a vacina.

Os resultados sugerem que a comunicação sobre a vacinação do HPV e as mensagens precisam de refinamento para destacar claramente a eficácia da vacina e podem ser necessárias estratégias direcionadas para atingir pessoas com diferentes níveis educacionais.

 

Tanto lá como aqui...

 

“Desde o dia 10 de março estamos com uma campanha de vacinação pública visando vacinar meninas entre 11-13 anos contra o HPV. Considerando que o HPV é conhecido por causar câncer cervical anal e vulvar, a disponibilização dessa vacina na rede pública de saúde é de extrema importância”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

 

Conversamos com o médico sobre o tema e a importância da vacina para as adolescentes. Confiram:

 

01)  No Brasil existem dois tipos de vacina HPV. Qual a diferença entre elas?

 

Moises Chencinski - Até o momento foram desenvolvidas e registradas duas vacinas HPV. A vacina quadrivalente recombinante, que confere proteção contra HPV tipos 6, 11, 16 e 18, e a vacina bivalente que confere proteção contra HPV tipos 16 e 18. A vacina quadrivalente está aprovada no Brasil para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero, de vulva e de vagina em mulheres, e anal em ambos os sexos, relacionadas aos HPV 16 e 18, e verrugas genitais em mulheres e homens, relacionadas aos HPV 6 e 11.  A vacina bivalente está aprovada para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero em mulheres, relacionadas aos HPV 16 e 18. Essas vacinas têm cobertura para faixas etárias distintas. A vacina quadrivalente tem indicação para mulheres e homens entre 9 e 26 anos de idade. A vacina bivalente tem indicação para mulheres a partir de 9 anos, sem restrição de idade.

 

02) Como a vacina HPV funciona?

 

Moises Chencinski - Estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença desses anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período.

 

03) A vacina HPV pode causar infecção pelo vírus? Como ela é feita?

 

Moises Chencinski - Não. No desenvolvimento da vacina quadrivalente conseguiu-se identificar a parte principal do DNA do HPV que o codifica para a fabricação do capsídeo viral (parte que envolve o genoma do vírus). Depois, usando-se um fungo (Sacaromices cerevisiae), obteve-se apenas a “capa” do vírus, que em testes preliminares mostrou induzir fortemente a produção de anticorpos quando administrada em humanos. Essa “capa” viral, sem qualquer genoma em seu interior, é chamada de partícula semelhante a vírus (em inglês, vírus like particle – VLP). O passo seguinte foi estabelecer a melhor quantidade de VLP e testá-la em humanos, na prevenção de lesões induzidas por HPV. No caso das VLP, elas imitam o HPV, fazendo com que o organismo identifique tal estrutura como um invasor e produza contra ele um mecanismo de proteção.

 

04) Por que o Ministério da Saúde estabeleceu a faixa etária de 9 a 13 anos para a vacinação?

 

Moises Chencinski - Nas meninas entre 9 e 13 anos não expostas aos tipos de HPV 6, 11 16 e 18, a vacina é altamente eficaz, induzindo a produção de anticorpos em quantidade dez vezes maior do que a encontrada em infecção naturalmente adquirida em um prazo de dois anos. A época mais favorável para a vacinação é nesta faixa etária, de preferência antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao vírus. Estudos também verificaram que nesta faixa etária a vacina quadrivalente induz melhor resposta quando comparada em adultos jovens, e que meninas vacinadas sem contato prévio com HPV têm maiores chances de proteção contra lesões que podem provocar o câncer uterino.

 

05) Quantas doses são necessárias para a imunização?

 

Moises Chencinski - O esquema completo de vacinação é composto de três doses. O esquema normal da vacina (0, 2 e 6 meses) é 1ª dose, 2ª dose após dois meses e 3ª dose após seis meses. No entanto, o Ministério da Saúde adotará o esquema estendido (0, 6 e 60 meses): 1ª dose, 2ª dose seis meses depois, e 3ª dose cinco anos após a 1ª dose

 

06) A vacina é administrada por via oral ou é injeção?

 

Moises Chencinski - É administrada por via intramuscular: injeção de apenas 0,5 ml em cada dose.

 

07) Meninas que já tiveram diagnóstico de HPV podem se vacinar?

 

Moises Chencinski - Sim. Existem estudos com evidências promissoras de que a vacina previne a reinfecção ou a reativação da doença relacionada ao vírus nela contido.

 

08) É necessário fazer o exame para pesquisa de HPV antes de tomar a vacina?

 

Moises Chencinski - Não. A realização dos testes de HPV não é condição prévia ou exigência para a vacinação.

 

09) A proteção da vacinação dura a vida toda?

 

Moises Chencinski - A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no mundo (2007). Até o momento, só se tem convicção de próximo de 9 anos de proteção. Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso aguardar o resultado dos estudos em andamento em mais de 20 países para delimitar qual é o seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer do colo de útero, bem como fornecer mais dados sobre a duração da proteção e necessidade de dose(s) de reforço.

 

10)  A vacinação contra HPV substituirá o exame de Papanicolau?

 

Moises Chencinski - Não. É importante lembrar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e não substitui o rastreamento do câncer do colo de útero em mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos. Assim, as meninas vacinadas só terão recomendação para o rastreamento quando alcançarem a faixa etária preconizada para o exame Papanicolau e já tiverem vida sexual ativa. É imprescindível manter a realização do exame preventivo (exame de Papanicolau), pois as vacinas protegem apenas contra dois tipos oncogênicos (causadores de câncer) de HPV, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo de útero. Ou seja, 30% dos casos de câncer causados pelos outros tipos oncogênicos de HPV vão continuar ocorrendo se não for realizada a prevenção secundária, ou seja, pelo rastreamento (exame Papanicolau).

 

11)  Mesmo vacinada, será necessário utilizar preservativo durante a relação sexual?

 

Moises Chencinski - Sim, pois é imprescindível manter a prevenção contra outras doenças transmitidas por via sexual, tais como HIV, sífilis, hepatite B, C, etc. Uma pessoa vacinada ficará protegida contra alguns tipos de HPV contidos na vacina: na vacina bivalente contra os HPV 16 e 18 e na vacina quadrivalente contra os HPV 6, 11, 16 e 18. No entanto, existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais 40 podem infectar o trato genital. Destes, 12 são de alto risco e podem provocar câncer e outros podem causar verrugas genitais. Além disso, vale lembrar que não é necessário haver o ato sexual para que haja a transmissão do papilomavírus. O contato genital (pele) pode ser responsável pela transmissão também em cerca de 5 a 10% dos casos.

 

12)  A vacina HPV pode ser administrada concomitantemente com outra vacina?

 

Moises Chencinski - A vacina HPV pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas. Quando a vacinação simultânea for necessária, devem ser utilizadas agulhas, seringas e regiões anatômicas distintas.

 

13)  A vacina HPV provoca algum efeito colateral (evento adverso)?

 

Moises Chencinski - A vacina HPV é uma vacina muito segura, desenvolvida por engenharia genética, com a ocorrência de eventos adversos leves como dor no local da aplicação, inchaço e eritema. Em casos raros, pode ocasionar dor de cabeça, febre de 38°C ou mais e síncope (ou desmaios). A síncope mais frequente em adolescentes e adultos jovens é a síncope vasovagal, particularmente comum em pessoas com alguma particularidade emocional. Geralmente, há algum estímulo desencadeante como dor intensa, expectativa de dor ou um choque emocional súbito. Vários fatores, tais como jejum prolongado, medo da injeção, locais quentes ou superlotados, permanência de pé por longo tempo e fadiga podem aumentar a probabilidade de sua ocorrência. É importante ressaltar que a ocorrência de desmaios durante a vacinação contra HPV não está relacionada à vacina especificamente, mas sim ao processo de vacinação, que pode acontecer com a aplicação de qualquer produto injetável (ou injeção).

 

14) Qual a composição da vacina HPV?

15)   

Moises Chencinski - A vacina recombinante é composta pelos tipos HPV 6, 11, 16 e 18, tendo como adjuvante o sulfato de hidroxifosfato de alumínio amorfo. Não contém conservantes, nem antibióticos.

 

16) Quantos países no mundo já introduziram a vacina HPV?

 

Moises Chencinski - Segundo dados da OMS, até maio de 2013 a vacina HPV havia sido introduzida em 51 países como estratégia de saúde pública. Neste grupo, destacam-se a Antiga República Jugoslava da Macedónia, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Butão, Brasil*, Brunei, Canadá, Colômbia, Darussalam, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Fiji, França, Grécia, Ilhas Cook, Holanda, Ilhas Marshall, Irlanda, Irlanda do Norte, Islândia, Israel, Itália, Japão, Kiribati*, Letónia, Lesoto, Luxemburgo, Malásia, México, Micronésia (Estados Federados da), Nova Zelândia, Noruega, Palau, Panamá, Paraguai, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha, República Checa, Ruanda, San Marino, Singapura, Suécia, Suíça, Trinidad e Tobago, Uganda*, Uruguai.

 

*Introdução parcial.

 

17)  Caso alguma adolescente inicie o esquema na rede pública, mas decida tomar a segunda dose aos dois meses na rede privada, ela poderá tomar a terceira dose aos seis meses na rede pública?

 

Moises Chencinski - Sim, a adolescente poderá tomar até duas doses na rede pública, no intervalo de até um ano.

 

18)  Se a adolescente tiver feito a primeira dose na rede privada antes da campanha ela pode completar o esquema na rede pública?

 

Moises Chencinski - Sim, a adolescente poderá tomar até duas doses na rede pública, no intervalo de até um ano.

 

19) As adolescentes podem tomar a vacina sem a autorização dos pais?

 

Moises Chencinski - Em toda a atenção à saúde de adolescentes devem ser levados em consideração os fundamentos da ética, privacidade, confidencialidade e sigilo. Esses princípios reconhecem os adolescentes (na faixa etária de 10 a 17 anos de idade) como sujeitos capazes de tomarem decisões de forma responsável. Sendo assim, não há necessidade de autorização dos pais ou responsáveis para receber qualquer vacina nos postos de saúde. No entanto, por se tratar de uma importante ação de saúde pública e ter como estratégia a vacinação nas escolas, aqueles pais que se recusarem a permitir que seus filhos sejam vacinados nas escolas deverão preencher o Termo de Recusa de vacinação contra HPV e enviar para a escola durante o período em que ocorrer a vacinação nestas localidades. Os pais devem receber uma comunicação da escola e da secretaria de saúde municipal informando sobre os dias em que será realizada a vacinação no local em que o seu filho estuda.

 

 


Moises Chencinski: http://www.drmoises.com.br - Email: fale_comigo@doutormoises.com.br -


segunda-feira, 24 de março de 2014


GRAVIDEZ E PARTO: MULHERES BRASILEIRAS CONTINUAM MORRENDO SEM ATENDIMENTO

Doze anos depois, família de Alyne da Silva Pimentel será indenizada, mas baixa qualidade dos serviços mantém o Brasil na liderança das mortes maternas na América Latina

Nesta terça-feira, dia 25 de março, às 15h, na Secretaria de Direitos Humanos, em Brasília (DF), o Estado brasileiro cumprirá parte de seus compromissos perante o Comitê para Eliminação de todas as Formas de Discriminação Contra Mulheres (CEDAW/ONU) e fará o pagamento da reparação à mãe de Alyne, reconhecendo o direito a uma maternidade segura e sua responsabilidade pela morte de Alyne e, em consequência, pelos óbitos de centenas de outras mulheres por morte materna no país a cada ano. Mulheres brasileiras grávidas, especialmente as de renda mais baixa, continuam morrendo por falta de atendimento adequado na rede pública de saúde brasileira da mesma forma como aconteceu com Alyne da Silva Pimentel há mais de uma década.

“Diante do acordo firmado entre o governo do Brasil e o Comitê CEDAW, cabe perguntar: a morte de Alyne teria sido em vão? O que o Estado brasileiro está realmente fazendo para garantir que mais mulheres em idade reprodutiva, em particular as negras, pobres e que vivem longe dos grandes centros urbanos tenham acesso aos serviços de saúde de qualidade que garantam sua integridade durante a gravidez, parto e pós-parto?”, questionou Beatriz Galli, Relatora Nacional do Direito Humano a Saúde Sexual e Reprodutiva da Plataforma Dhesca Brasil.

Em sua decisão final, o Comitê CEDAW/ONU fez recomendações firmes ao Estado brasileiro: garantir o direito das mulheres à maternidade segura e ao acesso à assistência médica emergencial adequada, proporcionar formação profissional adequada para os trabalhadores da área de saúde, especialmente sobre os direitos reprodutivos das mulheres e assegurar o acesso a medidas eficazes nos casos em que os direitos das mulheres à saúde reprodutiva tenham sido violados, que as instalações de assistência médica privada satisfaçam as normas nacionais e internacionais em saúde reprodutiva, que as sanções adequadas sejam impostas a profissionais de saúde que violem os direitos de saúde reprodutiva das mulheres além de reduzir as mortes maternas evitáveis implementando o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna nos níveis estadual e municipal.

“O caso de Alyne jogou luz sobre as violações sistemáticas dos direitos humanos fundamentais das mulheres que afetam desproporcionalmente as mulheres mais pobres e de minorias” disse Mónica Arango, diretora regional para a América Latina e o Caribe do Centro de Direitos Reprodutivos. “O Estado brasileiro está dando um passo importante ao reconhecer que o sistema de saúde falhou com a Alyne, mas deve agir rapidamente para que sejam pagas as reparações financeiras à filha de Alyne e para que sejam criadas políticas públicas que melhorem os serviços de saúde materna para todas as mulheres e uma vez por todas”, destacou. 

Porque elas morrem

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 800 mulheres morrem todos os dias em decorrência de complicações causadas pela gravidez em todo o mundo. Dados do DataSUS de 2012 mostram que, enquanto a redução na razão de mortalidade materna mundial foi de 3,6% por ano, no Brasil o ritmo de queda foi de apenas 0,6%. Isto situa o país atrás da meta a ser cumprida no quinto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Outras estatísticas também são alarmantes: um quarto de todas as mortes maternas da América Latina acontece no Brasil, 90% delas poderiam ser evitadas com cuidados no pré-natal. As principais causas da mortalidade materna são a hipertensão arterial, a hemorragia, as complicações decorrentes do aborto realizado em condições inseguras, a infecção pós-parto e as doenças do aparelho respiratório. O risco de morte materna está diretamente relacionado ao nível socioeconômico e os dados mostram que há discriminação racial e de gênero na assistência. Mulheres negras, pobres e que vivem nas regiões rurais e longe dos centros urbanos são as que mais morrem.

Caso Alyne

Há doze anos, a família de Alyne da Silva Pimentel espera por justiça. Ela foi vítima da falta de atendimento médico na rede pública e conveniada de saúde do Rio de Janeiro, em 2002. Mulher negra, com 28 anos, casada e grávida de seis meses do seu segundo filho, ela deu entrada sentindo náuseas, na Casa de Saúde N. S. da Glória, uma maternidade contratada pelo SUS do município de Belford Roxo como prestadora de serviços de atenção ao parto. Embora já naquele momento ela apresentasse sinais de gravidez de alto risco, recebeu alta e foi orientada a retornar para fazer exames adicionais, sendo medicada apenas com remédios para náuseas, cremes vaginais e vitaminas. Dois dias depois, Alyne voltaria à mesma clínica, já bastante debilitada e com vômitos. Na ultrassonografia, o veredito: o feto estava morto. Foi feita uma indução de parto e cinco horas depois veio à luz o natimorto. Somente 14 horas após o parto foi feita a cirurgia de curetagem para retirada de restos de placenta. Neste momento Alyne já tinha hemorragia extrema, vômito com sangue, pressão sanguínea baixa, desorientação prolongada e fraqueza física aguda com incapacidade para ingerir. Mesmo assim passaram-se oito horas sem cuidados adequados, antes que uma ambulância  removesse Alyne para o Hospital Geral de Nova Iguaçu (conhecido como Hospital da Posse), onde poderia receber uma transfusão de sangue, procedimento não disponível no hospital em que estava internada. Ela foi transportada sem a ficha médica e sua via crucis continuou na emergência do Hospital da Posse, já que não havia leito disponível. Alyne entrou em coma e morreu, cinco dias depois de procurar o primeiro atendimento médico.

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